domingo, 15 de dezembro de 2013

De Jesus Cristo à Luta.



Direto eu vejo altas músicas, textos, quadrinhos, filmes em que, desmagificadas, pessoas deixam de ver na religião - em especial, a cristã - uma fonte de consciência de humanidade, amor ou solidariedade. Mas é justo dizer que elas estão erradas? Ora, é bem possível conectar a Igreja Cristã às maiores atrocidades da história do ser humano: cruzadas, perseguições aos racionalistas da era medieval, colonialismo, nazismo e até mesmo o capitalismo e os Estados Unidos da América (eu considero esse último uma atrocidade tremendona.) têm fortes laços com a religião cristã. O cristianismo teve o dedo metido nos maiores atos de terrorismo da história, e é do direito de cada um achar que a fé nisso vale a pena ou não.

Os cristãos, em suma, também são altamente conservadores com relação à temas ligados à sexualidade. Sexo só deve ser praticado com um parceiro conjugal e com a única função de encher a Terra com criancinhas. Homossexualidade, sodomia, amor livre são coisas profanas para qualquer um que pregue em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A Bíblia, também, justifica a colonização dos povos e sua cultura, quanto também justifica a escravização e servidão. Por isto, os teóricos do socialismo, comunismo, anarquismo, ou seja, da esquerda política, costumam ser prontamente contrários à religião. Ao cristianismo, já que, sendo a religião hegemônica, este é quase sempre referência empírica quando estes teóricos abordam o tema.

Este texto propõe uma outra alternativa ao pensar o cristianismo. Querendo ou não, existem semelhanças práticas entre as correntes revolucionárias de esquerda e o cristianismo. Também não é possível uma correlação lá tão grande, uma vez que estas correntes políticas surgiram em um contexto um tanto diferente do contexto em que se deu o cristianismo, portanto, abordagens dos temas mais analíticos socialmente, como Estado, economia, política não poderão ser feitas sem ponderações que... eu realmente não tô afim de fazer agora. Me atenho aos temas citados acima, que são do espírto. Portanto, falarei brevemente das noções compartilhadas que as teorias revolucionárias de esquerda e o cristianismo possuem ao falar de humanidade, amor e solidariedade. Ao falar de cristianismo, me refiro aos Mandamentos, que são as regras da prática cristã, especialmente aos mandamentos referentes à relação dos indivíduos entre si¹. Não quero abordar a relação do indivíduo com o divino, pois este é um mérito que não cabe a mim abordar.

Estas teorias revolucionárias vêem a sociedade como um conjunto de indivíduos que podem sim conviver economicamente, politicamente, respeitosamente numa coletividade que não tenha a exploração e a opressão como bases fundadoras das relações sociais. Uma sociedade onde as pessoas tenham consciência social para não praticarem má fé - tal como os teóricos franceses da administração pública pensam este termo - uns com os outros. Um lugar onde todos sejam, socialmente, iguais. O cristianismo pensa a coletividade da mesma forma, ou seja, um conjunto de indivíduos engajados num bem maior que seja de bom grado para todos. Uma sociedade sem quaisquer tipos de segregação, onde as ações sejam em prol da própria felicidade, mas também em prol da felicidade do próximo.

Com relação ao amor, o que penso ser o tema que mais causa divergência entre estes sujeitos de concepção de mundo, compreendo que a Igreja, como instituição da representação espacial do cristianismo, não ajuda nem um fucking pouco. As diversas proibições aos corpos e às vontades sexuais já geraram os mais diversos tipos de confrontos, em todas as esferas sociais possíveis, onde de um lado está a Igreja gritando repressão aos LGBTTs, apoiadores do aborto, usuários de anticoncepcionais e sei lá mais o que. Isto, por mais que os cristãos não percebam com clareza, é um pecado. Um pecado que fere no cerne de toda orientação dada pelo próprio Deus à Moisés lá no topo da montanha. Esta parte do "ame o próximo como você ama a si mesmo" está mais explícita no quinto mandamento, "não matarás". Esse "não matarás" não é somente uma versão ano x a.C. do não mete bala no fulado ou nada de facada no bucho do colega, mas sim uma espécie de não desrespeite, não prejudique o próximo, ou mesmo - para usar o verbo - um não mate as vontades do próximo, não mate os desejos, as liberdades do próximo. Mais uma vez, similitudes entre as teorias revolucionárias e a religião cristã são evidenciadas.

Por último, a solidariedade. Esta, que é a base da relação de produção de todas as teorias revolucionárias, está no cristianismo também. Mas foi traduzida historicamente de uma maneira em que trai todo o ideal da prática cristã: caridade. Essa palavra não condiz em nada com os preceitos da cristandade, pois ela supõe desigualdade social entre pessoas e, para piorar, a legitima. Tal como o anarquismo, comunismo, socialismo, o cristianismo também quer que as pessoas desfrutem de uma vida confortável, porém igual para todos os vivos, e a ideia de ceder uma parte de suas posses para que o outro viva com menos miséria do que vivia antes, por um curto período de tempo, é simplesmente ir contra a igualdade social, contra a confortabilidade universal dos indivíduos. Mas, mais uma vez, assim como em alguns movimentos de esquerda, as coisas deram errado na hora de por em prática a doutrina cristã. É preciso ressaltar que a Igreja, e a Bíblia também, são ferramentas muito fortes de controle social e podemos ver que historicamente foram configuradas para atender à ações prejudiciais para os humanos, nem sempre aqueles crentes no Deus, no Jesus. E é aqui que o cristão deve agir, de maneira revolucionária, para colocar esta coletividade no caminho certo, de amor à Deus e também ao próximo. Desvinculada da ganância e poder historicamente adquiridos, e agir tal como a escritura manda.

Ó, eu escrevi isso aqui para mostra que é possível sim ser combativo, revolucionário, sem largar do caminho de Deus. Mas, claro, assim como ser um universitário que gosta de frequentar cinemas, esta merda é difícil de se fazer acontecer, pois é preciso muita vontade de fazer a linha torta - esta escrita pela própria mão do homem - se retificar. O que dá mais razão para o cristão ter uma posição de crítica dentro da sociedade e dentro da Igreja. Nem sempre é preciso dizer adeus a Deus para que se faça a revolução. Para que se acredite que as coisas também podem vir da terra, e não somente do céu.

FALOU! o/


__________________________________________
¹Os mandamentos referentes à comunhão são: honrar teu pai e tua mãe, não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho contra teu próximo, não cobiçarás, encontrados nos Dez Mandamentos dados à Moisés; e os mandamento encontrado em Mateus 22:39, "ame os outros como você ama a você mesmo", que como Jesus disse, de acordo com o evangelho, é, junto com "amar a Deus sobre todas as outras coisas" (MATEUS 22:37), base dos Dez Mandamentos.

domingo, 20 de outubro de 2013

O trânsito entre os mundos.



Do coração

As que transitam entre os mundos não conseguem ser bem sucedidas em nenhum. Por transitarem entre os mundos, quando a vida fica desconfortável, monótona em alguns casos, estas simplesmente vão embora. Mesmo assim, toda pessoa tem um lugar pra chamar de casa. Um lugar onde reconhece seu lugar no mundo. No caso dos indivíduos tratados aqui, nos mundos. No caso das que transitam entre os mundos, o problema é que o corpo pode estar num mundo, o coração no outro. A amargura de ser corpo sem coração, em que não se tem concretude sem sentimento; de ser coração sem corpo, onde se encontra notas, sorrisos, verbos, olhares que não podem ser. Isso é o necessário para que as pessoas do mundo vivam de forma alegre, usem o óculos verde. As que transitam entre os mundos, incapazes de ver tudo verde sem ter a dúvida de que existe azul no mundo, possuem a consciência de que nada é de uma coisa só para ser um, mas elas não podem ser um pois em cada mundo são um, que no final não conseguem se juntar.

Da mente

As que transitam entre os mundos não conseguem compactuar com nenhum. Multifacetadas como são, pensam o melhor das coisas com muito mais propriedade do que aquelas que, incapazes de transitarem entre os mundos, tentam cogitar. Essa dialética aponta para uma solução calcada e objetivando somente o real positivo. Mas é sabido - se tu não sabe por quem, ninguém liga - que as soluções para os problemas do mundo devem partir do próprio mundo. As que transitam entre os mundos não são de mundo algum. E se são, são de mais de um. Carregam mais de um mundo consigo. Estragam o acordo vigente e, avulsos às coisas dos mundos podem muito bem sair fora quando o seu intrometimento sair pela culatra. Quando não isso, quando decidem não interferir nas coisas dos mundos, conscientes de que, por serem capazes de transitar por aí, trazem consigo ideias impuras, caem no abismo verdadeiro. Estão largados na não-matéria, porém largados no vazio onde possui gravidade. Este vazio dotado de gravidade é proposital: ele serve para que as que transitam entre os mundos tenham ciência de sua queda e os forcem a querer voar, querer procurar um mundo com chão para parar a queda, para andar.

Do ser

As que transitam entre os mundos são, portanto, não aquelas que não conseguem se misturar. São capazes sim de fazer parte das coisas, interagir com os mais diversos mundos. Elas são as que não conseguem pertencer. As que, por fazerem parte dos mais diversos mundos, não conseguem tomar pra si um lugar só, que comparam sempre, porque veem demais. Estão demais nas realidades. De tanto pertencerem as coisas, não pertencem a nada. De tanto pertencerem aos outros, não pertencem a ninguém.


domingo, 15 de setembro de 2013

Geladeira



Abre.
-Cara, o que eu vou fazer mesmo? Tenho que ler esse livro, escrever sobre os Rituais, tem bacon, não posso jantar essa carne, vou tomar café,  acho que vou fazer isso e depois vou ver TV, mas hoje nem deve estar passando um filme bom, eu gostava da outra TV, tem amedoim aqui, será que eu pego o queijo? Orkut falava sobre isso, cara, muita coisa pra fazer, acho que vou esperar essa grana chegar pra chamar essa mina e tal, muita grana né? Dava pra ir pra Goiânia, podia ir pra Pirenópolis ficar um final de semana por lá, beber naquela rua legal vendo o movimento passar,ah mas na real tava querendo aquela camiseta, e essa menina que volta de 2010 pra me atrapalhar, e ela? Salada de ontem não, cadê todo mundo? Cara a ideia do Mark Wahlberg, queria ter mais filme pra ver, e essa TV que não ajuda tô puto, por que você não lê .mkv, merda? Semana que vem tem mais dessa violência, fiquei impressionado, queria ver esse filme agora, mas se eu ver sozinho vão me encher o saco depois, nem quero, acho que vou pegar esse queijo com torrada, mas vai dar um trabalhão usar a frigideira, não vou lavar isso depois, tenho que lavar os sapatos, calças, ela gostou da foto, já sei: vou comer vendo O Homem Que Copiava até a galera chegar.
Fecha.
Abre.
Pega o leite.
Fecha.
FALOU!o/

sábado, 3 de agosto de 2013

O valor da referência e a validade do discurso.

 


Toda a vez que comunicamos ideias, posturas, achismos, devemos nos certificar que os interlocutores possuam o mesmo nível de comunicação. Que possuam os mesmos valores, cultura e erudição - conjunto que chamarei aqui de bagagem racional - para que se estabeleça uma ponte entre eles. Quando isso acontece, tudo flui com mais facilidade, não se perde tempo e energia com desconfianças. A conversa acontece.
   Mas o problema é quando o background dos interlocutores são destoantes. Pois, no jogo de refutações e postulados, é preciso saber se o que é dito se sustenta por si. Isso parte de todos os lados da conversa. Mas, nesse bate-e-rebate sofista, a conversa se torna debate, e debate é disputa. Portanto, nesse pequeno texto quero revelar o que penso ser o how to não se ferrar num debate.
   Primeiramente, é preciso ressaltar as naturezas de um debate. Ao meu ver, existem duas, bem simples. A primeira seria algo que quero chamar de debate de construção. Nessa modalidade de debate, as pessoas - que não necessariamente devem possuir uma bagagem racional distintas umas das outras - argumentam visando uma resolução sobre algo ou iluminação acerca da única coisa que a maioria, ou todos, discordam entre si. A segunda modalidade de debate seria o debate de desconstrução, o que estamos mais acostumados a ver ou procurar saber. Aqui, os participantes do debate não procuram, em primeira instância, promover algo em prol do consenso ou coisa assim, mas sim impor a força de seu discurso sobre o outro. Desconstruir o que o outro tem pra falar. É o tipo que se procura ver ou saber mais, pois é "briga"!
   Existem diversas maneiras para desconstruir a argumentação dos outros: pode-se apelar para o emocional, fazendo com que a resposta à sua argumentação seja tomada por um viés que a corrompe;  pode-se também se apossar de uma oratória carismática convincente o bastante para tomar a razão para si; e pode-se simplesmente apresentar lógica argumentativa mais convincente que a contraposta. As formas para executar uma destas? As mais diversas possíveis. Entretanto, para melhor explicação da construção do debate, é possível reunir as maneiras para desconstruir a argumentação dos outros em dois grandes grupos. O primeiro grande grupo para tal é o que chamo de desconstrução por destruição. Este tipo de desconstrução se apresenta no argumento que tem o propósito de acabar com seu contra-argumento, demoli-lo. Os meios para tal são aqueles mais ofensivos, que sempre partem da negação total à validade do argumento contraposto. Reconhecê-lo como infundado, jocoso, insuficiente são exemplos de como podemos destruir. Porém, nem sempre é viável se utilizar de uma abordagem destrutiva num debate, pois é bem provável que surja uma situação desagradável decorrente disto. Como alternativa, pode-se optar por outro grande grupo que incorpora a desconstrução do debate. E este seria a desconstrução por desmontagem. Este tipo de desconstrução, por mais que pareça mais sutil, tem as mesmas chances de funcionar que a desconstrução por destruição. pode-se imaginar este debate como dois planos de construtos, um em comparação ao outro, em que seus planejadores estão com o plano adversário, a fim de corrigir o que está errado no plano do outro tanto para demonstrar a inviabilidade do construto quanto para afirmar a superioridade do seu próprio construto. Fugindo um pouco da anedota, é quando se pega as teses opostas e as reformula, desmontando destas quaisquer partes argumentativas ou premissas, deixando estar ou colocando outras, com a finalidade de mostrar a insuficiência do argumento adversário.

Olha, agora eu vou terminar esse texto porque ele tá pra sair desde o meio do mês passado e se eu enrolar mais perderei a vontade de faze-lo.

   Agora que já está explicada a natureza do debate, pode-se presumir três elementos básicos para não se ferrar num debate. Primeiro de tudo: seja confiante. Não adianta muito se mostrar completamente plausível no discurso mas se portar como se estivesse duvidando de si. Se nem o dono do discurso bota fé no que fala, quem mais iria faze-lo?! Segundo de tudo: pareça estar certo. Também não adianta estar confiante e falar coisas absurdas crente que está indo bem. É preciso estar - ou pelo menos parecer estar - coerente ao argumentar, e a verdade pouco importa se a mentira puder funcionar de forma saudável num plano filosófico (isso pode parecer maléfico, mas é só porque pessoas maléficas costumam parecer certas para convencer os outros da certeza moral de seus atos maléficos). E terceiro de tudo: sorte. Afinal, o adversário pode ser melhor que você. E é sempre bom ter sorte.

FALOU! O/

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Protesto



O protesto, é o que há de melhor na democracia, na indignação do povo perante o sistema que este está submetido. Parece que o passado chegou para ficar, os preços estão subindo, os banqueiros não sabem se as coisas vão melhorar. Mas o jovem não liga pra isso, ou por não possuir interesse no que foi último dragão que esse Brasil viu ou por nunca ter visto nos olhos do velho que já viu de tudo um opaco tenebroso, só de pensar na possibilidade deste terror nos visitar novamente.
Não, o jovem está mais interessado na revolução, na ação solidária para com seus semelhantes. Isso é passado também. Um passado marcado por bacias que trancavam sonhos de liberdade, só os soltando para o pós-morte. Um passado marcado por filosofia germânica e vermelho para todo lado.
Mas o jovem não sabe o que faz.

Protesto, revolução, manifestação não é somente juntar com os amigos e ir para espaços públicos populares. Revolução é luta, é saber o motivo das coisas, é ler entre as linhas turvas do jogo da dominação, é organização. Portanto, revolução é leitura, estudar sobre a situação do que se quer destruir ou salvar, estudar soluções para os problemas que se enfrenta para vencer.
Aqui em Brasília isso não aconteceu
Pelo contrário, corações melancólicos se aproveitaram da situação político-econômica do Brasil e do mundo para, numa tentativa imbecil, viver momentos de glória uma vez já vividos por nossos pais, tios, foda-se. Mas como ressuscitar tal espírito, se a preocupação máxima é ficar bonito na foto, se produzir, se uniformizar, se encher de paixões e poesias que só fortalecem o inimigo que se quer combater?? Burgueses se dirigiram à luta como se fossem para baladas, carregados de vodka e energético nas mãos, pensamentos homofóbicos, racistas, machistas, que não condizem com a concepção de mundo por trás do protesto. Não tinham reivindicações - quiçá um país sem corrupção -, mas quem não quer isso??
E como essa massa de ignóbeis era majoritária no ato de hoje, os que tinham consciência do que deveria ter sido feito foram taxados de vândalos, baderneiros, coisas assim. Mal sabem os ignóbeis que são estes os indivíduos que realmente sabiam o porquê estavam lá. Pois o governo, espertão como é, vai dobrar ao povo. E este povo, em suma os jovens que tiram fotos maquiados no protesto e seus pais, tios, primos, irão subitamente se desencantar com a revolução, e os vândalos simplesmente irão continuar protegendo, na medida do possível, os índios, os negros, os LGBT, as mulheres, uma corrente de pensamento que não é baseada na conquista e submissão de outrem.

Você, subversivo-burguês escroto que destrói toda a história de revolução construída por aqueles que você condena também, é o pior. Você é aquele que mata, bate, rouba, estupra, odeia. Quando esse fogo da revolução apagar, essa bandeira do Brasil sair da sua cara virtual, voltarás a viver a vida boa que tinha antes de se preocupar demais. Esse Protesto é contra você. Você é o meu inimigo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Essa Nova Onda da Política Brasileira.



Gostaria de escrever um pouco sobre isso que as pessoas estão chamando de Jesuscracia.
Só um pouco mesmo.
Pela pouca informação que consegui tirar da internet nestes últimos minutos, realmente não dá pra saber se a ideologia contida no conceito partiu de manobras partidárias, de cristãos fervorosos ou até mesmo de um grupo contra a influência religiosa na política, que com isto procura "dar a real" do que está acontecendo e causar revolta no coração dos diversos adoradores de Odin. Aqui me refiro aos ateus que creêm no panteão nórdico para sacanear qualquer tipo de doutrina cristã.
Mas já que deram nome para o que está acontecendo, de alguma forma o pensamento está cristalizado na sociedade. É preciso que reflitamos sobre a fim de entender o fenômeno e, à partir disto, agir da forma que cada indivíduo achar certo agir.
Já que o Brasil é regido sob um regime democrático, devemos pensar na representação igualitária dentro dos meios de deliberação e controle do poder. É preciso pensar em como uma maioria cristã dentro do jogo político influência a vida daqueles que são crédulos na religião africana, chinesa, escandinava, judia, jedi, tolkiana, nos que acreditam em algo e em nada. É preciso recorrer à história da civilização humana e consultar o retrato que temos de países que têm ou tiveram regimes políticos calcados em ideologias religiosas e responder este questionamento: é isso que eu quero para o meu país?
Dando um exemplo de resposta: Eu, como luterano (se não sabe o que é isso vai pesquisar), sou totalmente contra um Estado ideologicamente religioso. Cristão, judeu, jedi
Por mais que eu seja fã de Star Wars.
Tal concepção de Estado não condiz com a própria noção de Estado urbano-capitalista comtemporâneo. Isso dá em desigualdades quem sabe maior ainda do que a que vemos hoje no nosso querido Estado "l a i c o", o que traz revolta e guerra.
Guerra forte!
E na real, é muito cristão defender o Estado laico. Jesus já deu o caminho e vocês tão sabendo disso. Só não se ligaram ainda.
FALOU!o/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Bleach




If everything but rain is what you have to say to me I think it's done.
We're just memories in the rain then I can be  free and by now you should be gone.

The dark side of the universe is made by the fire and by the lust
And if you wanna bring the light you kill the shadows
lessons to be learnt.

Princess and the dragon they are no here in this world. They never did.
I call it end of hypnosis
 now you free to reality.

End of bond, end of the bond, end of all bonds
 is there nothing tying you here?
Welcome to our execution, free of all illusions
 what you do from here?

You blame your conquistadores
 blame them for the mala suerte you got.
perhaps you should not pray for predators
Death is the only thing they got.

The dark beat says to my heart they are planning to come here and take our life.
The burnour Inferno is not bright or hot. It is cold and it is dark.

But the rescuer in the dark, rescuer in the deep dark will save us again
We must do a countdown to the end
and he will bring the evil death and strawberry.

sábado, 27 de abril de 2013

Naquele dia em que eu estava em 2012, sabe??



Ó, tava mexendo nos meus cadernos da Universidade e acabei vendo um texto que escrevi durante as aulas (provavelmente uma de ICP porque elas sempre eram uma bosta). É daqueles bem idiotinhas que eu costumo escrever de vez em quando. Ó:

Aqui não.

No que eu achei que era o começo de algo, vejo somente frustração
E realmente me arrependo de ter criado tal ilusão
De uma hora pra outra você some
E de ontem pra hoje já nem lembra do meu nome
E deixo registrado nesse diário aberto
Que numa próxima vez você não chegue tão perto
Já deixei de  usar há muito tempo esse tal de coração
E deixo claro para você e toda a tempestade que podes causar: aqui não.

Como é que não me lembro dessa bad?? (risos)

sábado, 20 de abril de 2013

Mas Como É Triste!



Não fazemos arte pura. Não nos cabe tal beleza. Porém, não deixamos de fazer arte. A capacidade sistematizada de percepção misturada com interpretação da realidade nos proporciona visão por demais bela. Sim, bela. Uái! Mas quem dera só isso fosse preciso para o retrato do que queremos mostrar. Infelizmente a parte mais difícil do ofício é a que o qualifica como arte, e nos qualifica como artistas ao fazê-lo. A revolução do pensamento convencional nos é necessária e crucial para a invenção. Sem esta, toda a beleza proporcionada pela compreensão se esvai. Rápido. É preciso que o artista se tome de um estado de ruptura bruta do que se tomou como consenso anteriormente a fim de causar admiração e revolta nessa nossa comunidade.
Nós não fazemos arte pura. Por mais que nossa história ressalte essa pretensão, não somos tautológicos. Não somos terapêuticos também. A paradigmática nos tirou esse adjetivo há muito tempo. Mas somos "paralaxados" de um modo que conseguimos performar toda uma progressão existencial sem de fato nos transformar em alguém que não somos. E isso reflete em nosso artesanato.
Complexo, certo? Na verdade mostrei nossa situação de maneira simples, pois a mente não me permite mostrar mais. Mesmo não parando de refletir sobre.
E então Ednardo ecoa na minha cabeça.

sábado, 6 de abril de 2013

Os Batutas




Quando menores, os batutas eram incríveis! Viviam essa vida de modo que nem seus pais tiveram a capacidade de pensar que uma vida poderia ser vivida de tal forma. Foi um tempo bom, descontraído, esse que eles viveram.
Mas não se enganem! os batutas, quando menores, eram sérios e organizados quando era preciso. Esses meninos tinham uma esperteza de órgão governamental para tratar de assuntos que eram reservados aos seus; desde políticas públicas à guerras. Os batutas eram crianças realmente sapecas! Criaram um código capaz de protegê-los dos perigos e de incentivá-los a aprontar criancices de modo que só um roteirista muito perspicaz poderia fazê-lo. De fato, já chegaram a pensar: o quê pode ser capaz de acabar com esses meninos? Não existe!
Pois bem, devo-lhe dizer que aquele ou aquela que desconsiderou o tempo certamente não poderia achar a fraqueza desses batutas e foi extremamente estúpido ou estúpida por não considerá-lo. O tempo foi um fator crucial para a revolução que ocorreu nesta organização criada por pequenos batutas. Com o tempo, cada batuta começou a mudar até que todos deixaram de ser pequenos ou crianças. Portanto, suas necessidades mudaram, e portanto, seu código mudou logo após. Os batutas, agora não tão pequenos ou crianças, começaram a não brincar tanto fora de casa com faziam, nem travavam tantas guerras com seus rivais como antes. Aliás, o inimigo era outro agora.
Esse inimigo sempre esteve presente, era conhecido dos batutas. Seres extremamente nojentos e limpos! Com frequência esse inimigo se apresentava perto de ou com coisas rosas, ursos e gatos ou outros animais. Nunca foram muito brutais entre si, esse inimigo e os batutas, mas com o tempo, veio o desejo de ser amigo do inimigo. Isso surgiu dos dois lados. Entre os batutas, foi um de seus membros fundadores o primeiro a sofrer com o mal do tempo. Esse membro fundador foi, de certa forma, o responsável pela maior ruptura brusca de sistema na história destes. E, penso eu, responsável pela destruição dos pequenos batutas; mas isso é pessoal. Os fatos são: após as ações desse membro em especial, toda a situação sugeriu que esse inimigo poderia ser um aliado bastante especial. E com certeza foi bom por um certo tempo.
E por um certo período de tempo foi bom mesmo. Mas - com o salve de Alda Judith Alves - as pessoas dizem: tudo que começa, acaba. E a inimizade que se tornou amizade deixou de ser amizade para ser algo diferente ou simplesmente regrediu ao estado de inimizade. A partir daqui, nossos pequenos batutas se tornaram batutas. Batutas somente. Se por acaso pareceu que culpo o membro que iniciou tudo isso, essa cadeia de mudanças radicais no padrão de realidade compartilhado por esses meninos não mais tão pequenos, parece que o/a induzi ao erro. Nada fica o mesmo, e nem estes meninos deveriam ficar. A adaptação é necessária, é natural. Porém, todos nós gostamos de lembrar dos tempos bons. Da vida simples que uma vez tivemos. E isso não é errado, ensina os seres humanos a almejarem algo, seja a simplicidade ou a complexidade. Os nossos batutas, por exemplo, é certo que uns adorariam voltar ao tempo em que eram criancinhas, outros não. É a vida.

domingo, 31 de março de 2013

Lulu Santos: O dia antes do ciclo recomeçar.



Confesso que estou viciado. Em você. Tudo que eu faço, leio, escuto, ou seja, tudo que passa por mim, sinto que deve ser passado para você. Pode ser só uma música, um livro, um programa de TV; e pode ser uma angústia, uma raiva ou medo. Me vejo um soldado que tem o dever de reportar ao oficial comandante tudo que ocorre em seu turno. Estou dependente de tua presença na minha vida.
Sabe, eu não fui feito para ser assim. Costumo sair tarde da noite só porque é mais perigoso. Porra! eu fui direto para uma ameaça terrorista e sobrevivi. Eu sou um guerreiro. Estou sempre em guerra. Mas, exepcionalmente agora, estou perdendo batalhas. Todos os dias passam e me sinto um subordinado, o soldado. E isso me é muito estranho, porque eu sempre fui o líder, sempre o comandante. Pode perguntar para todo mundo!
Acho (mas só acho) que é por isso que estou sendo esse babaca inseguro para o qual tu escreves todo dia. Concordei em te deixar liderar isso que a gente tem sem lembrar ou até mesmo considerar como eu ficaria, sendo direcionado por aí. Não sendo aquele que mostra o caminho.
Mas não reclamo, só relato. Mesmo sendo da minha natureza guiar, tenho a compreensão que nós devemos fazer isso que temos desse jeito, por você. Eu nem sei se isso tudo vai funcionar a meu favor, mas é uma aposta que estou disposto a fazer.

24/3/13

 Confesso que me reabilitei. Eu sou um guerreiro, treino a cada dia e faço com que as dificuldades trabalharem a meu favor. Eu nem sinto tanto a sua falta. Mas ainda sinto. Ainda tenho aquela vontade de te dizer das músicas e livros que leio, ou das raivas que tive no dia, mas sabe? Comecei a pensar. Tu tens teu deus da razão e eu tenho o meu. Qual é a realidade causal disso que me faz querer te incluir aqui? Percebi que a resposta não é racional, mas a ação sim. Então, por mais que eu queira, não vou cair em tentação e te mandar cartas ou pombos correios do século XXI. Mas não se engane, a resposta não é racional e não mudou - o tempo e o espaço são constantes no decorrer da criação e da não-criação - ainda.
Te vejo quando o ciclo começar.

31/03/13

terça-feira, 26 de março de 2013

Combustível



Ela é meu combustível. Sempre que me vejo numa situação onde só a minha vontade não é suficiente, é nela que encontro forças para fazer o que deve ser feito. É meio religioso, eu sei, mas só meio. Infelizmente a fé não me dá o que eu preciso (ou pelo menos acho que preciso) ter para fazer certos tipos de coisas.
Também tem o lance de eu sempre prefirir ser o bad boy. Nunca consegui ser um verdadeiro, creio que tenho muita música romântica na veia e muita nerdice no coração para ser mal. Só que isso nunca me impediu de tentar. E de vez em quando eu consigo não ser o coração partido da situação.
Mas por mais que ela seja meu combustível, ela é nociva para mim. Se deixa-la acumulando por aqui posso acabar causando um desastre. Então sempre tento queimá-la, para que com isso eu consiga ficar mais em paz comigo. Eu sou um carro velho para o meu combustível, bebo muito dele. E assim, mesmo sendo carro, sou meu motorista também, e como todo mortal, nem sempre consigo gastar todo o combustível que tenho de uma vez.

fearg ar mo breosla!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Deus Le Volt!




A hierarquia, a propriedade privada, a economia, a política são formas de garantir poder ao indivíduo. É da natureza humana, principalmente agora nesses tempos capitalistas e globalizados, o desejo de possuir: objetos, relações, sentimentos, forças das mais diversas definições. A antropologia nos mostra como, nas mais diversas situações de aglomeração de pessoas, a vontade inerente ao homem de possuir sentidos é forte e como esta é força motriz para o funcionamento das comunidades. O ser é característico, e o ser humano tem a consciência do valor social que as características possuem. Vale lembrar que a consciência valorativa é mutável, portanto, cada época da história e pré-história humana possui todo um pacote de sentidos sociais que devem ser levados em consideração para a boa compreensão da função que as instituições sociais exercem no período dado. E tendo essa consciência do valor possuído pelas características, a pessoa sente a necessidade de possuir o conjunto de características mais bem-vistas ou mais consideradas em seu meio. É demandado do comerciante um nível de administração suficiente para gerir seu negócio, do chefe do morro é esperada certa lealdade e colhões para manter seu domínio na favela. E estes profissionais têm a vocação e o incentivo para alcançar as características que são atribuídas aos seus respectivos ofícios: ao militante, lealdade à causa, ao comerciante, a administração, ao médico, a habilidade de tratamento de enfermidades. Os exemplos se estendem a imaginação.

O ser humano também possui outra habilidade que os estudiosos e entusiastas das ciências biológicas gostam de chamar de instinto de autopreservação. E para se auto preservar o homem primitivo e seus familiares se juntaram a outro homem primitivo e seus familiares e assim por diante, dando início ao homem tribal. E para evitar crítica de Alda Judith Alves à desnecessária análise arqueológica, digo que esse instinto levou a sociedade a essa série de relações e ações que fazem a coisa social acontecer. Para viver, o ser humano precisa do outro. Até pelo fato do ser humano ser o animal que mais causa a morte do ser humano. É preciso ter garantias que uma pessoa não mate a outra. É preciso que algo faça o homem ver que, apesar de um indivíduo ser capaz de se proteger e prover quase todas as suas necessidades sozinho, em grupo é mais vantajoso.

O cristianismo, assim como outras religiões, viu essa situação explicitada acima como sagrada. Vou tratar especificamente do cristianismo por esse texto ser, de fato, uma análise da situação da Igreja cristã. A propósito, Deus Le Volt! (algo como “Deus quis assim”), é parte do discurso que iniciou as Cruzadas, uma das maiores atrocidades humanas que se tem notícia. Voltando ao raciocínio, o cristianismo elevou ao sagrado a vocação, a necessidade interna, do agrupamento entre homens. Como esse agrupamento se dá? Isso depende dos valores regionais e típicos da época em que estes acontecem. Os Dez Mandamentos são um exemplo escrachado desse upgrade dado às leis de convivência pré-estabelecidas que garantem o bom funcionamento da vida em comunidade. Eles são leis de convivência social baseadas no amor incondicional de uma pessoa à outra.

A cultura tem como pilar essencial a educação. Sem ela, cultura não seria o que é por definição. O aprendizado das leis de Cristo, em sua época feito através de parlatórios e oratórias, com o tempo se tornou impraticável. O crescimento do rebanho de Deus demandou espaços específicos para o culto. A partir daí o conceito de Igreja, dado na Bíblia mais ou menos como “onde dois ou mais se encontram em Meu (Jesus e/ou Deus e/ou Espírito Santo) nome”, se confundiu com uma definição de lugar onde os rituais cristãos são realizados. Não questiono aqui a necessidade de espaços capazes de abrigar todos os crentes de maneira que estes possam praticar sua crença do jeito que a tradição manda. O que questiono é essa distorção causada pelo raciocínio causal desprovido de embasamento de saberes da doutrina cristã. A Igreja foi, com o tempo, tomando características não advindas das Escrituras, se tornando uma instituição cada vez mais política e burocratizada, como é visto na história entre a criação da Igreja Católica até os dias atuais.

Ninguém é perfeito nesse mundo. Todos nós temos ideais de conduta, mas somos tanta coisa ao mesmo tempo – marxista, empreiteiro, namorado, filho, mexicano, vogal – que acabamos de um modo ou de outro, saindo à regra do padrão idealizado do que somos em determinado momento. Acabamos por confundir coisas que somos com lugares em que deveríamos ser outras coisas. Futebol é bastante similar à guerra, entretanto, não é aceitável jogadores usando de violência ganhar a partida. Já na guerra, o soldado é obrigado e incentivado a ser violento contra o inimigo. Habilidade é bônus aqui. O objetivo é matar muito e matar rápido. No futebol, é golear.

Devido a cargos que ocupei ao longo da minha vida, vi a semelhança que a Igreja, lugar onde os rituais cristãos são realizados, possui com a instituição de cunho político. Assim, como um Tribunal, a Igreja possui hierarquias e departamentos com tarefas definidas, devidamente planejadas e que seguem um plano político estabelecido pelo órgão superior. Assim como no Senado, existem forças políticas na Igreja que brigam entre si pelo monopólio do uso do poder atribuído aos cargos ou postos. O Pastor, o Presidente da comunidade, o Líder da Banda são figuras com diferentes alcances políticos, mas todos estes têm duas características em comum: poder e status. São status diferentes em níveis e poderes distintos em significados e níveis, mas todos possuem tais características, que trabalham em seus determinados espaços de atuação, partilhando de um mesmo propósito: guiar a comunidade aos moldes da doutrina cristã.

Agora, mais do nunca nesse texto, irei me atribuir do texto Política Como Vocação, de Max Weber, para explicar o erro que é a mistura de Comunhão em Cristo e política. A política é esse jogo de poder entre as pessoas políticas. Poder é algo bastante significativo e desejado pela sociedade, portanto, relembrando a necessidade humana de se colecionar características bem-valorizadas aos determinados papeis sociais exercidos por cada membro da coisa social, é esperado que as pessoas almejem poder. E, visto a similaridade entre Igreja e instituição política, as chances da aplicabilidade do raciocínio político na Casa de Deus são altas. Altíssimas, se José Dias me permite o uso de superlativo! E é isso que vemos atualmente. As padarias e mercados são e sempre serão lucro certo, mas se eles estão falindo e dando lugar a igrejas, é porque esse “negócio” é bastante rentável também. Podemos ver nos meios de comunicação a dimensão que a instituição cristã tomou. Camisas, bíblias, adesivos, e os mais diversos e inusitados produtos são comercializados com o pretexto de pregação da Palavra. Hoje não podemos mais desligar o político do econômico um do outro, como não podemos desligar nível financeiro e nível educacional, por exemplo. Essas variáveis são causais entre si e devem ser analisadas em conjunto. A Igreja a muito deixou de ser um lugar onde praticam rituais cristãos. Hoje, a Igreja é uma empresa. Ela pode falir, pode abrir uma nova filial no Brasil, gera lucro e prejuízo além do âmbito político-econômico. E, além disso tudo, é um lugar onde são praticados rituais cristãos. Aqueles que buscam o caminho de Deus ou se perdem no jogo de poder valendo os meios e status necessários para fazer Sua vontade, ou abandonam a Igreja, enojados com o rumo que toda a instituição tomou.

Não julgo aqueles que são políticos dentro da Igreja, mas sim lhes advirto: vossos motivos não são cristãos. A política e o Cristianismo querem coisas diferentes: um, deseja o máximo de poder possível, o status mais importante, tem em seu espírito a ambição de possuir força capaz de fazer o que lhe for possível fazer, como achar devido; outro deseja apenas servir ao Senhor e, por mais que lhe sejam atribuídos as mais diversas importâncias, não se interessa por elas, sendo somente sua preocupação estar dentro dos ensinamentos do Filho do Homem. Mas sem extremismos. É possível achar equilíbrio entre essas potências intrínsecas ao homem religioso. Não vejo exemplo melhor que a existência dos cargos de Pastor e Presidente da Comunidade vista na Igreja Luterana. Ao Pastor cabe direcionar seu rebanho de acordo com a vontade de Deus. Cabe a ele, sendo autoridade nos ensinamentos cristãos dentro de determinada comunidade, ensinar como se devem trabalhar os diversos âmbitos da interação social dentro dos limites do Cristianismo. Já ao Presidente, cabe administrar a comunidade. Viabilizar de modos juridicamente e economicamente legais as práticas cristãs. Termino o texto como comecei este último parágrafo: Não julgo aqueles que são políticos dentro da Igreja, mas lhes advirto: vossos motivos não são cristãos. A reflexão e a oração são ferramentas poderosíssimas para a resolução de problemas de conduta moral. Cabe ao indivíduo político e religioso usa-las para que se descubra sua verdadeira vocação.

Precisava tirar a indignação da cabeça.

terça-feira, 19 de março de 2013

125



You wanna write someone out
You wanna put someone in a page
Wish I know if it is me you're talking about

Well, I can't care much now
We don't have the past enough for that
Wish I have so I could calm my soul in a better way

I wanna say, but I won't sure if you wanna hear
So I just wait, untill you write me down so I can read me

I wanna write some sadness
But I am to proud and angry to do it
Wish I could sometimes to be the guy that I ain't

Well, I just don't care
you tell your life to me and I hear
Wish I didn't know that the guy you wirte and think isn't me

I wanna scream, but I afraid to wake you in the morning
And I wait here, so when you wake up you hear me calling

I wanna say, but I won't sure if you wanna hear
So I just wait, untill you write me down so I can read me

Untill you write me down so I can read me
But I ain't the guy you're talking about
I ain't the guy you're talking about

segunda-feira, 18 de março de 2013

Taturana-Estrela: Reflexões Sobre O Modo de Amar



Taturana-Estrela é um cara muito gentil. Claro que tem seus defeitos e tudo mais - por exemplo: chato pra cacete, fala alto e quer ser mais que todo mundo, mesmo sendo imbecil como uma porta - que as pessoas têm. Isso não exclui o fato de Taturana-Estrela ser um cara muito gentil.
Acompanhando a vida dele, o vi se entregar ao espiritual de uma maneira muito linda., coisa que eu gostaria de pelo menos fazer uma vez. A certeza que Taturana-Estrela tem na obscuridade da religião é coisa de outro mundo. Vejo que o mesmo defeituoso de antes agora é um novo defeituoso! A religião trouxe ao Taturana-Estrela uma certa bagagem positiva de valores e adjetivos que são um tanto respeitados e incentivados pelo mundo que nos rodeia.
Só que a religião também trouxe coisas um tanto negativas também. Taturana-Estrela simplesmente se virou a sua incapacidade de controlar as forças do mundo e deixou tudo a merçe de sua divindade. Taturana-Estrela, que já era um merdão, não tem mais a capacidade de se virar sozinho. Ele se tornou a cristalização da incapacidade humana de resolver as coisas sem o uso do sagrado. E isso me abala, me preocupa, pois isso me deixa triste por ele. E me faz pensar se o meu anarquismo nas ações não é só teimosia de rebelde burguês.
Cutting the crap off, outro dia desses estava falando com Taturana-Estrela sobre aR tchuca da vida, certo? E, ele com o jeito boboca de ser pré-adolescente ( 6 anos após sair dessa fase), me falava dessa menina que ele gosta. Colocando-a numa porra de altar e coisas do tipo. Taturana-Estrela quer um amor concedido pelos deuses, então ele ora e espera que o divino lhe dê a força e os meios necessários para conseguir sair da paçoca e arranjar uma namoradinha.
Cara, como eu fiquei puto com Taturana-Estrela!
- Cara, tu devia parar de ser  babacão assim e beijar logo essa menina - soltei, meio muito emputecido. E ele respondeu - Não. Sou um homem de honra, quero um relacionamento provido pelos deuses. E a gente ficou discutindo assim por um dado período de tempo. Eu, tentando explicar a ele que o deus no qual ele acredita não condena o toque ou na "livre iniciativa" de ação. Ele, com os olhos arregalados, não conseguindo compreender o que estav escutando de mim. Quando eu percebi isso, essa falta de... não falta de diálogo, mas sim essa falta de codificação entre o meu raciocínio e o cérebro dele, deixei de mão. E falei  - Taturana-Estrela, faz o que tu pensa ser certo, que pelo menos quando der certo e quando der errado, você vai ter a certeza que você não foi culpado. Faz o que tu pensa ser certo e vai na fé. - Ele escutou. E agradeceu. E então fui embora.
Afinal, é assim que as coisas devem ser. Certo??

sexta-feira, 15 de março de 2013

Eins Tag



You don't need to think about the reasons why
You don't need to be upset if you don't try
You don't need to always get to the truth
You don't need to think that someday I'll not be with you

But if you do

I don't need to think about your past
I don't need to be upset if I won't last
I don't need to always hear your chat
I don't need to think that someday it will pass

But if I do

But if you do I'll be with you
And if I do I'll do with you

Yesterday.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Eins Woche



She likes to jump and dance and
She likes to curse the things and
She is like me: don't know the hell it's going on

Now I just show my feelings and
Now I know her feelings and
She was on drugs and I don't know what's going on

And now I'm riding the bus home
And I don't wanna go home
I wanna kiss her till I know what's going on

But I need get a chill out
But I need seriously pass out
Fill up with beer and someday name what's going on

Tomorrow.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Ô Benhê



Sabe, benhê, a gente nunca teve - e nem sei se teremos - uma relação. A gente já brigou, já ficou triste, já se presenteou (você me deu uns negócio do Judas Priest. E uma lhama. E cocaína em caderno. Eu só te dei textos sem destinatário), já nos demos carinhos, mas nunca amor. Não o amor que a gente via as pessoas se dando pelos cantos aí.
Eu já te falei da nossa ampulheta? É aquele prédio que começou a ser construído quando a gente se conheceu. Quando você era uma punk do Tim Burton e eu um assassino. Eu nunca te contei, mas eu sempre vi aquele prédio como o tempo que a gente tinha: seja pra resolver nossas coisas, seja para nós. Aquele prédio é a cristalização do tempo que nós possuímos para as coisas darem certo. Eu vejo aquele prédio - ou ampulheta - como o tempo que eu tinha pra construir minha vida ao seu lado. E enquanto o prédio não estivesse construído, nós também não estaríamos resolvidos. E por resolvidos, digo juntos ou separados, ou nem um nem outro, mas resolvidos.
Se não me engano ele já tem até espelho agora.
Eu realmente perdi muito tempo com você, por você e para você. O prédio tá lindo, tá em pé, quase respirando. E quando ele tomar o primeiro suspiro, nós morremos. Morremos porque as coisas funcionam assim mesmo. Sejamos a eternidade que tanto queremos conquistar, certo? E se der certo, sejamos na eternidade dos outros que viveram pra contar de nós.
E é isso, por mais que eu esteja longe, você te tornas eterna através da minha eternidade. E sempre será assim. Você é aquela que eu tinha mas nunca tive,e a Paralax zizekiana nunca fez tanto sentido quanto agora.
E por mais que eu ponha Hegel e seu discurso da montanha sobre o altar, não me conformo com a realidade que vivo.E quase não lamento. Lamento o fato de você ter sido somente uma lição. Porém saiba que eu aprendi, e já comecei a praticar o ensinamento. Por exemplo: esse texto. Ele é um conjunto de sentidos e significados de você, mas não você. E muito menos para você.
Esse texto é para outra pessoa.

domingo, 3 de março de 2013

PM de Brazólia



Fato Venério.

Um pai de família estava em casa vendo TV quando escuta alguém chamando:
- Ô de casa!
O pai de família logo se levanta e, pela janela, pergunta:
- Pois não?
- Gostaríamos de falar com o Johnatan.- Diz o dono da voz.
Nesse momento, o pai de família sai da sala e vai até a garagem ver quem estara querendo falar com seu filho varão. Neste momento, o pai de família percebe que quatro PMs estão na porta de sua casa, com dois carros bloqueando a rua e portando armamento pesado.
-O que vocês querem com ele mesmo? - pergunta o pai de família. E o policial responde:
- É que o Johnatan assaltou duas pessoas agora à tarde. Tamo aqui pra levar ele.
Confuso, o pai de família disse:
- Mas isso não é possível. Meu filho passou a tarde inteira aqui em casa. Ele é universitário, estuda na UnEsterco.
O polícial começou a ficar confuso também. - Vocês tão procurando por Johnatan? - disse o pai de família.
- Afirmativo - confirmou o policial.
Não conseguindo acreditar nos homens-da-lei, o pai de família pergunta : - Johnatan Sino Orvalho?
- Sim senhor. - O policial responde, porém meio sem jeito por não estar mais no controle da situação em que se encontrava. Falou:
- Ele mora com a vó... - disse o policial com relação ao meliante, pouco confiante no que iria ouvir.
- Aqui moramos eu, minha mulher e meus filhos. - retrucou o pai de família.
Ninguém mais entendia a situação. O mistério só aumentava até que o policial faz a pergunta de ouro:
- Qual é o endereço daqui mesmo?
- Quadra 23, Conjunto 45 Casa 78 - Rapidamente respondeu o pai de família.
Logo após, um dos policiais, mais afastado e com uma espingarda na mão, reclama:
- Porra! Tem que ver o endereço certo, pô! - disse o oficial indignado. E continuou - desculpe pelo engano!
Logo todos os policiais entraram em suas viaturas e sairam da rua. Surpreso pela coincidência, o pai de família corre para dentro da casa, abre a porta do quarto dos meninos e fala:
- Johnatan, tenho uma história louca pra te contar.




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Igualdade Normativa

 


Entende-se por igualdade o mesmo tratamento entre pessoas, mesmos direitos e deveres, qualquer merda desse tipo, e nos âmbitos de convívio se observa essa igualdade atuando constantemente. Afinal, é ela que rege todo o comportamento político-moral do mundo. Um modelo totalmente lógico, livre de preconceitos. Iluminado pela racionalidade.
   Agora, mesmo com essa igualdade pura sendo praticada ao redor do mundo, é evidente que precisamos de mais treinamento nesse jogo de igualdades. Ao acessar qualquer meio de notícia é possivel encontrar desigualdades não correlacionadas acontecendo a todo tempo. Por que isso acontece? As leis nos garantem a igualdade, a moral também. As pessoas são iguais errado, é isso?
É! Só que não.
  O que acontece é que é do senso comum pensar que só um tipo de coisa basta - para ficar saudável, só comer salada. Para ficar forte, só fazer flexão. Para ser alguém, só cursar direito. Mas é também do senso comum errar muito, como de fato acontece ao pensar a igualdade por essaa ótca. Por mais que a igualdade praticada pelas leis seja viável, ela não é a única igualdade na prateleira. Tem um monte de outras lá, mas acontece o famoso Efeito Subway: por mais que você tenha centenas de possibilidades em saduíches "naturais", você tende a pedir o bendito frango teriyaki com alface, tomate, picles, pimentão, cebola, adicional de bacon, barbecue e parmesão no fucking pão três queijos de quinze centímetros. O que voltando pra prateleira seria: você tem um monte de conceitos de igualdade à sua disposição, mas otário igual tu és, vai sempre na normativa porque tu gosta dela, acha bonita e tal. Tá na porra da constituição. Enfim.
   Respondendo a pergunta, as pessoas não são iguais errado, até porque elas executam a igualdade do jeitinho que seus pais lhes ensinaram depois de aprenderem com seus pais. Agora, nem sempre essa igualdade normativa e materialista serve para a promoção da distribuição de igualdades. As vezes é preciso pensar em meios desiguais para fins igualitários se for desejável a harmonia das coisas e tudo mais.

eu só queria escrever até aqui mesmo. Vão a merda, comente e obrigado por ler.
FALOU! o/
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Um conto.



  Eu lembro da primeira vez que ele apareceu. Lembro de estar ouvindo as palavras dos famosos escritos do livro-biblioteca quando me distraí e a vi criando seu próximo personagem quando na verdade deveria estar fazendo um relatório. E lá ele apareceu, admirando aquela imaturidade como se fosse a coisa mais bonita do dia. Como se fosse a coisa mais certa a se fazer quando se tem outras coisas na cabeça.
  Bicho, daí ele só piorou. Com o tempo ele passou a vê-la com mais frequência. - Bom, se ela estará lá toda semana, eu tenho que ir para lá também. - Disse ele em uma conversa. E foi assim para todo sempre (até os dias atuais).
  Com o tempo ele encontrou outras por aí. Umas meio (ou muito) mórbidas, porém não totalmente, por motivos morais que ao que me parece não se pretendem mudar. Apareceram também outras cheias de vida, e cheias até demais de vida. Umas que eram mórbidas mas ganharam vida, e outras que não se sabe o atual status vital. E as outras eventualmente foram embora, tanto faz se para nunca mais voltar ou só para comprar pão. Mas aquela, aquela irresponsável, ela não ia embora. Ela não ia de jeito nenhum! Ia comprar pão vez ou outra, mas sempre voltava. E voltava com pão fresquinho, do jeito que ele gostava.
  Ele ia embora quando, por algum motivo (que por algum motivo eram sempre dois motivos que quando não separados eram condicionais um do outro), ele ficava puto com ela. Ela não tinha muita esperança nele naquela época - penso eu porque ele era muito dicotômico dela, como se causasse algum distúrbio no equilíbrio de seu jeito de ver as coisas - então, por mais que ele tivesse bom coração, não rolava. Simples assim. Ele sempre voltava, e ela sempre estara lá.
  Mas acredito que toda vez que ele fica puto e vai embora, ele vê o quão inapropriado foi sair. Já o vi apanhar muito por aí. Existem cobras apaixonantemente traiçoeiras no mundo, e coisas que só podem ser curadas com um copo de álcool. E essas coisas mostram-lhe que ela não é aquela santa, que sempre traz o pão quentinho da padaria. Ela também chorava porque o dia foi uma bosta, e saía com as amigas para dançar. Ela beijava os caras também e, perdoe minha observação, ela parecia saber muito bem o que fazer - mas também, a menina que senta no colo do rapaz para com a finalidade de dar uns amassos sabe o que está fazendo -. Foi aí que ele percebeu que aquela irresponsabilidade não era porque ele tinha uma outra visão de mundo que diferia dela. Não era porque a banda tocava diferente lá no Olimpo de onde ela veio. Ela era irresponsável porque era tão humana quanto ele. Lembro que ele usou a seguinte expressão: Porra! Ela é como eu!
  E desde o que eu gosto de chamar de Dia da Revelação, do qual não me lembro a data mas foi memorável, ele começou a cair. E ele cai até hoje, num abismo sem fim agarrando qualquer coisa que possa prover abrigo até que um dia, de uma maneira totalmente concedida pelos anjos, ou anjo, ele consiga segurar a mão dela. E que ela consiga ter força suficiente para aguentá-lo por toda a salvação. Falo desse jeito porque tenho quase certeza de que se ela soltar-lhe a mão, ele cai de novo. E talvez caia tão fundo que ela não tenha braço suficiente para alcançá-lo. Talvez tão fundo que ninguém tenha braço suficiente para alcançá-lo.

Comenta esse. Sério mesmo.
FALOU!o/