sábado, 29 de agosto de 2015

O que eu aprendi com The Smiths



The Smiths é uma banda importante. Afinal, é o cobertor em que deprimidos e depressivos se cobrem, encolhem e usam para se proteger de viver. The Smiths é aquele abraço que te reconforta mas não faz a sua tristeza embora, é aquele homem charmoso que você quer para você. É o grito que você queria dar, não deu e reproduz no seu player favorito ao voltar pra casa depois de um dia exaustivo, terrível, em que você não fez o que queria fazer porque viver para você é complexo, difícil demais e frustrante demais só olhar outras pessoas não tendo problemas com isso. E só você tem problemas com isso. Pelo menos é só isso que você vê.

The Smiths é alguém que há mais de 20 anos atrás te compreendeu e te violou ao expôr a sua vida antes mesmo de você ter nascido. É aquele inglês que aprendeu com seu conterrâneo e herói como transformar tragédia em arte e o cotidiano em espetáculo.

E o que eu aprendi com isso tudo?? Aprendi que escutar The Smiths em momentos de fragilidade é tomar aquele gole que você sabe que vai te fazer mal, é abraçar a escuridão, olhar pro abismo esperando que ele olhe de volta.

Referências óbvias e um tanto quanto exaustivas porque claramente o texto perdeu a vibe que tinha ali em cima.

É reconhecer o quão mal você está e que dá pra melhorar, mas por agora, você prefere estar na pior. Só por hoje. É reconhecer que a piada dói e que por mais que você queira rir dela, ainda não consegue.

É fodido.

E se você leu até aqui, desculpa.