The Smiths é alguém que há mais de 20 anos atrás te compreendeu e te violou ao expôr a sua vida antes mesmo de você ter nascido. É aquele inglês que aprendeu com seu conterrâneo e herói como transformar tragédia em arte e o cotidiano em espetáculo.
E o que eu aprendi com isso tudo?? Aprendi que escutar The Smiths em momentos de fragilidade é tomar aquele gole que você sabe que vai te fazer mal, é abraçar a escuridão, olhar pro abismo esperando que ele olhe de volta.
Referências óbvias e um tanto quanto exaustivas porque claramente o texto perdeu a vibe que tinha ali em cima.
É reconhecer o quão mal você está e que dá pra melhorar, mas por agora, você prefere estar na pior. Só por hoje. É reconhecer que a piada dói e que por mais que você queira rir dela, ainda não consegue.
É fodido.
E se você leu até aqui, desculpa.
Dia desses eu estava cantarolando The Smiths quando, de repente, percebi que eu tenho o costume de me identificar e ser identificado com certas músicas. Geralmente são alguns versos soltos, mas também acontece de me identificar com a música toda, ou ficar procurando ser identificado ali. Foi lendo que "The Smiths é alguém que há mais de 20 anos atrás te compreendeu e te violou ao expôr a sua vida antes mesmo de você ter nascido" que eu percebi o impacto que isso tem na forma como eu gerencio minhas dores e angústias. Em algum lugar de mim há um certo agrado em localizar essa empatia artificial com as minhas dores. Vai ver o abismo que nos olha é só um reflexo. Esse vazio é só espelho... desculpa
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