domingo, 17 de outubro de 2021

Um Retrato da Tristeza.

   



 Tem hora que não consigo me conter. E então ataco. E vou atrás. Digo tudo que quero dizer, afinal sou tão melhor que você. Jogo mais gasolina no fogo. E me fodo por sentir frio depois. Vou lá e jogo mais. Da minha cobertura observo todo o movimento e os erros que você comete, pedestre e descoberto na chuva da desgraça. Fracassado. Fodido. Seu bosta. Sou juiz e você só mais um condenado que nem merece meu julgamento.
    
    Quer dizer, mal merece meu julgamento.
    
    É como se você estivesse pedindo pra tomar na cara. Você tá tão exposto que é impossível eu não te aplicar meu parecer, minha punição. Meu julgamento é absoluto. E então você se torna aquilo que julgo. Tudo. Não importa o quê, você não precisa saber de onde vem, pois você é só um alvo. Eu sou o acusador, o juiz e o algoz. E não tem nada mais importante pra mim do que deixar bem claro o que eu penso de você, pois alguém merece te colocar no seu lugar. E esse alguém sou eu. E eu vou até o fim com isso, pois não vou abrir mão de chutar cachorro morto, seu vira-lata maldito. Sua falsa coragem não vai te salvar da minha obliteração. Não vou abrir mão. Não posso abrir mão. Pois me apegar ao total desprezo e asco que eu tenho pela pequenez que é a sua existência podre até você quebrar é o que me faz seguir em frente.


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