tag:blogger.com,1999:blog-28998436978276175522024-03-12T20:07:41.975-03:00[~]DEATHECATOR►[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.comBlogger185125tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-83864356822455172532023-10-20T12:04:00.001-03:002023-10-20T12:04:14.602-03:00TODOS OS MEUS SONHOS #1 <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU9itJ29sPpNMgr_l4TJYzTQjnvcSYZMALIdj3idEZDS_7vLmpCApCdjgZaS7KcDawtDDOGMvQVmmwHDKU-rU_qvGdhRm2yxm61s6PNTJijJPavuBBLZyAoowiIcFyKJiySTemCyj6fKA3j2USqpGfGL9NHVh1ehaiGa0uZJD0Y8XGGEIh-tqK7_sZ8ik/s340/il_340x270.4577605936_nofv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="340" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU9itJ29sPpNMgr_l4TJYzTQjnvcSYZMALIdj3idEZDS_7vLmpCApCdjgZaS7KcDawtDDOGMvQVmmwHDKU-rU_qvGdhRm2yxm61s6PNTJijJPavuBBLZyAoowiIcFyKJiySTemCyj6fKA3j2USqpGfGL9NHVh1ehaiGa0uZJD0Y8XGGEIh-tqK7_sZ8ik/w400-h318/il_340x270.4577605936_nofv.jpg" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p> Você construirá seus sonhos somente para vê-los destruídos por outro alguém.</p><p><br /></p><p>Estantes sempre estiveram presentes na minha vida e sempre as olhei com admiração. A primeira foi a da minha própria casa, lembro dos Doze Contos Peregrinos do Gabo, os livros da faculdade da minha mãe, os chatos e os maneiros que tenho até hoje: Platão, Tomás de Aquino, Adam Smith e Kant -- o melhor deles. Nessa estante, que englobava a também um espaço pra fotos, taças, a TV de tubo 29", o estéreo e algumas gavetas, podia me entreter de alguma forma nos saudosos anos em que crianças pobres não sabiam direito o que era internet. Eu sinto falta dessas estantes sabe, elas escondem tesouros. Os hacks hoje em dia são tão broxantes, né? Fico bolado de que com muita dificuldade um neto será capaz de roubar Gabriela, Cravo e Canela da casa da vó. Só pra descobrir que na verdade ele foi roubado de uma faculdade de prestígio da cidade.</p><p><br /></p><p>Outras estantes que sempre mearcaram muito foram as das bibliotecas. Aproveitei o suficiente delas, eu acho. Mas queria ter aproveitado mais. Principalmente a da última escola particular em que estudei, a biblioteca era tão grande e clara. Gostaria de ter lido mais livros infanto-juvenis de amor. A biblioteca pública que eu frequentava também me apresentou vários outores como Montesquieu, Hemingway, e o melhor de todos: Jorge Amado, que despretensiosamente em seus livros se utilizou da ficção científica pra transportar o leitor ao passado.</p><p><br /></p><p>Por muitos anos nunca aspirei em ter minha própria estante. Duas prateleiras, talvez. Sempre sonhei raso. Raso e covardemente. Mas enfim tive uma. Uma grande, recheada de livros, gibis e mangás (meus favoritos). Também meus CDs. A minha estante reunia tudo que era de mais sagrado pra mim. E vi toda a sua grandeza cair com o próprio peso de seu corpo. Me reorganizei e adaptei. A minha estante reune tudo que é de mais precioso pra mim. Meus mangás, meus fones clássicos, meus iPods da adolescência. Presentes queridos de alunos, familiares e amigos, relíquias de artistas que admiro.</p><p><br /></p><p>Mas assim como você, eu construí meu sonho somente para vê-lo destruído por outro alguém. Me admira a facilidade em que tudo pode mudar. A morte é inexorável mesmo, né? Mas a gente trabalha com o que tem e se o que tá tendo é morte e destruição é com isso que iremos lidar. Reorganizar e adaptar. Estilo Nara. Não existe raiva, muito menos retaliação. Somente a claridade do que há e é. Sem ruído, sem noções de justiça que só fazem sentido na minha cabeça. É tempo de reconstrução pois Deus em Seu resplendor e glória já me reserva o próximo anaquilador de sonhos. A próxima será ainda maior, ainda melhor e mais cheia. E serei o vigia de sua opulência até que enfim possa testemunhar sua ruína.</p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-66260564500528129412023-09-03T03:28:00.000-03:002023-09-03T03:28:02.984-03:00Como me sinto sobre você - Parte 4:<p><span style="background-color: white;"><span style="color: #202124; font-family: inherit;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #202124; font-family: inherit;"><a href="https://i.pinimg.com/736x/d2/7b/ed/d27bed158fbbd6d2ec7dcbd758f277ca--charlie-hunnam-sons.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="286" data-original-width="480" height="238" src="https://i.pinimg.com/736x/d2/7b/ed/d27bed158fbbd6d2ec7dcbd758f277ca--charlie-hunnam-sons.jpg" width="400" /></a></span></span></div><span style="background-color: white;"><span style="color: #202124; font-family: inherit;"><br /></span></span><p></p><p><span style="background-color: white;"><span style="color: #202124; font-family: inherit;"><span style="font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space-collapse: preserve;">
O problema do coração partido é que ele continua se quebrando. Essa frase na verdade é de um texto sobre doenças cardiovasculares, mas como li a frase num papel com o seu nome, eu levei pro pessoal. Na ruptura no mundo você sabe bem que ousei te perguntar se poderia te mandar mensagem antes de dizer aquele 'até logo' com retrogosto de adeus. O que você não sabe foi o que eu escondi atrás daquele "mais pra frente". Como ainda estava viciado em esconder coisas de você, não pude resistir à ideia de esconder mais uma intenção minha: A de um dia de fato te procurar, mas um novo eu, melhor do que o se despedia de você naquele momento, talvez o mesmo eu de sempre, mas de antes da ruptura começar.
E mais uma vez e de novo, me joguei no mundo, carregando nada além de uma mochila nas costas e uma esperança no peito. Nada mais perigoso que um homem completamente iludido de que está fazendo o seu melhor, não é mesmo? E</span></span><span style="color: #202124;"><span style="font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space-collapse: preserve;">mbriagado</span></span><span style="color: #202124; font-family: inherit;"><span style="font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space-collapse: preserve;"> deste sentimento conheci novas pessoas, cortei meu cabelo, me abri à novas experiências, realidades, atividades. E nesse processo reconheço que, ainda que nada excepcional, me tornei alguém ligeiramente mais interessante do que eu era.</span></span></span></p><p><span style="color: #202124;"><span style="background-color: white; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space-collapse: preserve;">Mas a ciência fala mais alto: O </span></span><span style="background-color: white; color: #202124; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space-collapse: preserve;">problema do coração partido é que ele continua se quebrando</span><span style="color: #202124;"><span style="background-color: white; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space-collapse: preserve;">. E comigo não foi diferente. Eu conheci novas pessoas e você não estava lá pra comentar comigo. Cortei meu cabelo e eu tenho quase certeza que você nunca viu. E mesmo tendo aproveitado ao máximo todas as novas experiências e realidades e atividades eu ainda trocaria tudo pela pizza de 10 reais que a gente comia toda quinta depois do trabalho. Dizem que a prática leva à perfeição, né? Eu sei que sim porque nada era mais perfeito do que o hábito de falar com você todo dia.</span></span></p><p>Dizem que aceitar é o primeiro passo para a mudança. As melhores páginas sobre relacionamentos no Instagram me dizem "você tem medo de abrir mão do que sente pois isto é tudo que te restou!" Pô, é uma frase INTERESSANTÍSSIMA pra quem ela de fato faz sentido. A questão é que há anos aceitei que você não volta mais, eu alcançando o meu próprio Übersmansch ou não. E abrir mão do que sinto por você eu abro todo dia, o problema é que não tem nada melhor pra eu pegar. E ao invés de medo o que sinto é um leve desespero por você não ter saído da minha cabeça ainda. Então resolvi colocar o que sinto no bolso e simplesmente seguir minha vida. Eventualmente isso vai ter que passar, como tudo passa. Você passando por aqui ou não. E um dia eu vou esquecer como eu me sinto sobre você igual já esqueci de todas as outras formas que já me senti sobre você um dia. Um dia esse dia chega. Nem que eu tenha que morrer pra isso.</p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-22869241419848598012023-04-10T20:42:00.000-03:002023-04-10T20:42:17.132-03:00Eu Poderia Ter Te Amado<p> <span> </span><span> </span><span> </span></p><p><span><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://img.freepik.com/fotos-premium/moto-na-estrada_564276-11824.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="549" data-original-width="626" height="351" src="https://img.freepik.com/fotos-premium/moto-na-estrada_564276-11824.jpg" width="400" /></a></div><br /><span><br /></span><p></p><p><span><span> </span><span> </span><span> </span>Era o último dia do mundo, assim como havia sido o dia anterior. E como no dia anterior, não acredito que tenha feito nada além do que podia: trabalhei o que pude trabalhar, dormi o que pude dormir e comi o que pude comer, mas não consegui jogar o que pude jogar. Afinal, você havia chegado.</span></p><p><span><span> </span><span> </span><span> </span>E o lance sobre você é que você foi feita por Deus para mim. Disso tenho certeza absoluta. Afinal, tenho uma treta rolando com Deus há muitos e muitos anos, a qual ele joga um monte de merda na minha vida enquanto tento não dar pra ele o gostinho de que perdi. É um balanço muito complexo, pois ele também não pode ir além. Estamos falando de um ser onipotente aqui. Ele precisa manter um fino e equilibrado balanço de poder entre sua potência destrutiva total e meu livre-arbítrio. Mas falávamos de você.</span></p><p> Começando com o óbvio, ou seja, o físico, você reúne vários gostos meus. É morena, gorda, tatuada (adoro gibi), <i>metaller</i>, tem um gol -- carro de mulher gostosa -- e nunca lava ele. E com o tempo só pude me encantar ainda mais com as suas atitudes: cuida bem da avó, curte bichos na pegada de querer resgatar todos na rua, trata bem motoboy e ainda por cima você namora esquisitos.</p><p> <b>Então por quê não eu?</b><br /></p><p><span style="font-weight: bold;"> </span><span style="font-weight: bold;"> </span><b> </b>Lembro como se pudesse ver na rua ainda o dia que ele chegou. Muito burro, não soube achar a sua casa, então você teve que sair 22h da noite pela vizinhança pra achá-lo, de moletom e roupa rasgada, parecendo um imbecil. Sua avó já havia ido dormir, religiosamente no mesmo horário, e rapidamente pude perceber o que aconteceria. Não julgo, pois eu na sua condição teria feito o mesmo. E na minha situação estava fazendo muito pior.</p><p><span> </span><span> </span><span> Mas eu parei. E você não. Como me foi dolorido ver tão de perto o nascimento de tudo isso, as risadas, os fins de semana que logo viraram o dia-a-dia... Logo eu, um eterno advogado do amor, tão desgostoso pela felicidade alheia. Às vezes gosto de pensar que Machado de Assis me entenderia, mas no fim das contas, sei que o único que corresponde ao meu amargor é Bentinho. Aquele filho da puta.</span><br /></p><p><span><span> </span><span> </span><span> Um dia o ouvi te xingar. Coisa baixa mesmo. Um tipo de homem assim não merece nem a mãe. E vocês unidos pelo amor maior. O único que supera a própria morte. Bom, não demorou muito para que vocês se separassem, você à enfrentar todo o estigma da jovem inconsequente que escolheu errado. Ele, francamente, nós sabemos. Escondendo tudo direitinho logo logo estaria por cima, como um dia já esteve ao seu lado. Se nem no fim do mundo o mundo acabou, imagina sua desgraça.</span><br /></span></p><p><span><span><span> </span><span> Deus sabe que eu poderia ter te amado. E ter-lhe dado todas as músicas e ensaios, pinturas e poemas que me restam. Ter te ouvido sempre que quisesse falar,</span></span></span> te falar sempre que quisesse me ouvir; partilhar contigo todos os desafios, celebrando as suas vitórias e na mesma medida me compadecendo nas suas derrotas. Dando colo sempre que necessário. Te levantando sempre que preciso. É uma pena.</p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-25146999275843928232022-09-25T20:18:00.003-03:002022-09-25T20:23:37.960-03:00E Se A Borboleta...<span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static1.hotcarsimages.com/wordpress/wp-content/uploads/2020/12/blade-e1608640461291.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="418" data-original-width="800" height="209" src="https://static1.hotcarsimages.com/wordpress/wp-content/uploads/2020/12/blade-e1608640461291.jpg" width="400" /></a></div><br /> <span> </span><span> </span></span><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><br /><span> </span><span> </span><span> </span>É da condição humana criar uma linha lógica de raciocínio para dar razão à qualquer coisa que nos aconteça. Tá tudo uma merda um mês antes do seu aniversário? Inferno astral. Tá tudo uma bosta no trabalho? Foi aquele café que eu não tomei...</span></span><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><span> </span><span> </span><span> E como você explica as coisas que não são resultado de uma correlação direta? O vizinho bosta que te enche por nada. O cara que resolve ser um babaca com você no trânsito porquê sim. E as situações em que você faz tudo de certo e mesmo assim se fode? </span><br /></span></span></div><div><span><span><span><br /></span></span></span></div><div><span><span><span><span> </span><span> </span><span> Sinceramente não sei se é um lance de carma, ou se no panorama gigante e complexo do cosmo eu, tal qual uma borboletinha no Brasil, fiz algo ruinzinho no passado que gerou essa tempestade de merda atrás de merda, digna de um maremoto no Japão. Espero que no fim das contas isso tudo seja só um monte de coisas não relacionadas que minha vontade de justiça doente e viciada busca incansavelmente dar alguma razão. O que não me confortaria em nada também.</span><br /></span></span></span></div><div><span><span><span><span><br /></span></span></span></span></div><div><span><span><span><span> Enquanto me resolvo, continuo sofrendo o terror do cotidiano.</span></span></span></span></div><div><span><span><span><span><b><br /></b></span></span></span></span></div><div><span><span><span><span><b>"Viver é sofrer."</b></span></span></span></span></div><div>dizia Schopenhauer.</div><div><b>"Viver é terrível, meu filho!"</b></div><div>essa quem cunhou foi minha mãe.</div><div><br /></div><div><span> </span><span> </span><span> Enquanto me resolvo, continuo persistindo. E enquanto houver alguma esperança de ter um dia bom, vou continuar insistindo.</span><br /></div><div><span> </span><span> </span><span> </span><br /></div></div>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-49583635921599495132022-06-19T15:30:00.002-03:002022-07-06T11:44:25.162-03:00Discípulos Do Amor<p><span> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Elspeth_Beard.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="600" height="400" src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/11/Elspeth_Beard.jpg" width="300" /></a></div><br /><p></p><p><span><br /></span></p><p><span>Tenho uma certa questão com a narrativa do sozinho. O conceito mesmo. Como, por exemplo, a distinção entre solidão e sozinho. Solidão é algo que todo mundo já sentiu, já viu, já passou. É a mesma coisa do estar desolado, num grande e vasto zero, completamente distinto do um. Já o sozinho, apesar de num primeiro momento ser nada além de um predicado, é na verdade pura e severa tristeza. É </span>desafeto, pesar. Engraçado né? Solidão é não estar acompanhado, tipo ir na padaria; mas estar sozinho é não ter ninguém pra te acompanhar, tipo não ter como convidar alguém praquele compromisso insuportável, mas inevitável.</p><p><span><span> E justamente na inevitabilidade de se sentir muito mal ao constatar não a solidão, mas o estar sozinho, em nossas próprias vidas, que vem o desespero e o ímpeto de mudar. Assim como nos foi ensinado que estar sozinho é muito ruim e horrível, nos foi ensinado que pra acabar com a solidão a gente tem que avaliar opções, mandar umas DMs, voltar pro Tinder, aprender que é completamente proibido perguntar pras pessoas como elas estão, pois assertividade e criatividade em uma única frase são tudo que alguém precisa saber sobre você. Você tem que valer a pena uma resposta. E as pessoas tem que valer a pena as suas perguntas. </span><br /></span></p><p><span><span><b>Consegue ver a lógica por trás disso?</b></span></span></p><p><span><span><b> </b>Obviamente, ao lidar com o aspecto social da vida como se fosse somente mais um produto na prateleira do mercado, nossas próprias emoções e relações deixam de ser uma questão de saúde e bem-estar e se tornam uma questão de produtividade, gerenciamento de tempo, resultados, comportamentos... e não chega a ser uma surpresa quando vários de nós passamos a protelar uma conversa com o RH dos nossos próprios divertidamentes por estarmos sofrendo de um burnout cujo a causa é o medo do estigma do estar sozinho. Muita gente tem essa dependência pelo relacionamento, companhia, sexo,<br /></span></span></p><p><b>Essas paradas aí</b></p><p>e eu também achei que tinha, afinal sou um discípulo da Mulher Melancia -- tem solteira aqui hoje? risos -- Então aproveitei um fora que tomei em abril e (ler daqui pra frente como se eu fosse um paulista com mais de 15mil seguidores no instagram) decidi me reencontrar com o meu eu, sair mais com os amigos, novos hobbies, #DatesComigoMesma , a porra toda, porque sei lá, todas as blogueiras falam disso, as tirinhas de amor e tals... Até Kierkegaard já dizia que um dos pré-requisitos pra se religar ao Todo é o paradoxo do amor, aprender a se amar para então conseguir amar plenamente o outro. Mas como tudo na minha vida, o gosto foi de frustração, pois fiquei sozinho é foi o máximo, cara!!! E eu sou muito bom nisso também. Tenho hobbies que nunca pensei ter, amigos novos, rituais de solidão muito bem apreciados e reencontros ainda mais divertidos, mesmo na monotonia do cotidiano. E cheguei num ponto que beirou a arrogância, sabe?? "Como assim as pessoas não sabem ser sozinhas?? Vocês por acaso são idiotas???"</p><p><br /></p><p><span> </span>Meu problema sempre foi estar com os outros, na verdade. Acho que é comum de quem não é a coisa mais sociável do mundo lidar constantemente com a frustração do desencontro pós-se-encontrar. Mas a ficha só caiu recentemente. Partir pra próxima com leveza, independentemente da conversa ter sido legal ou não é um talento que nem todo mundo tem, mas qualquer um pode conseguir. E entender que não se deve nada a ninguém é libertador, tanto para os sozinhos quanto para os acompanhados. Um professor meu meio que disse uma vez, "ao comer uma banana, nós não comemos a banana em si, mas os significados embutidos nela". E, mesmo estando errado o que eu disse aí, faz sentido no que vou falar em seguida: a questão não é estar sozinho, mas sim os significados atrelados à estar sozinho. Quanto mais a gente se desprender dessa nojeira imposta e nos atermos ao que realmente temos em vista, mais satisfeitos estaremos com o que temos aqui. Mais felizes estaremos, e estar sozinho não será mais uma questão.</p><p><br /></p><p><b>FALOU!!</b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-29042250681821889142022-05-22T09:53:00.001-03:002022-05-22T10:00:09.619-03:00Você Sabia??<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.cscycleservice.com/images/46.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="644" height="294" src="http://www.cscycleservice.com/images/46.JPG" width="400" /></a></div><br />link para o texto em áudio: https://open.spotify.com/episode/2t5oy4xsOpjywGBNBNsiMA?si=16e98a4b68eb4f1d</div><div style="text-align: center;"><b><br /></b></div><div style="text-align: center;"><b>- 1 -</b> </div><div><br /></div><div><br /></div><div>Ontem descobri que não estou sozinho. E foi através de uma dessas pessoas famosas da internet, que claramente não sabe que eu existo, mas que passa a mesma coisa que eu. Talvez até de forma mais intensificada, pois dessas coisas pra mulher é sempre pior. Olha só, quem diria, </div><div><br /></div><div><b>o running alone</b></div><div><br /></div><div> olhando pro lado e encontrando alguém. Que loucura! Acho que por isso que ainda insisto em textos ridiculamente pessoais aqui, vai que ajuda alguém. Já recebi muitos relatos de gente que curte, que tira algo daqui. Muito hate também, mas não poderia ser diferente né? Como sou uma pessoa de convicção,</div><div><b><br /></b></div><div><b>a violência é inevitável.</b></div><div><b><br /></b><div style="text-align: center;"><b>- 2 -</b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><i> </i>Não quero ser um peso pros meus amigos, pra minha família, principalmente nessas coisas. Tá todo mundo passando por uma barra né, então busco guardar minhas derrotas e vitórias nesse sentido. Mas a vida tem seguido. Eu tenho mudado. Eu sofri um acidente de moto e precisei sair do mundo, e quando voltei você foi embora e isso acabou comigo. Já te disse isso. O que eu não te disse é que eu prometi mudar completamente pra melhor. Me tornar o uma outra coisa, melhor, pra poder ser digno de falar de você pros outros, tanto que quando as pessoas relembram com saudade o seu nome, minha boca se cala. Não mudei o suficiente. Você me disse que a gente ia conversar no futuro mas sei que essa conversa nunca mais vai acontecer. Toda semana eu sonho com esse reencontro, e mesmo nos meus sonhos não me permito me reencontrar contigo, pois sei que preciso mudar muito ainda. E quando meus pensamentos me traem e nos reencontramos, é exatamente como eu sonho que seja. Muita mágoa, muita raiva, muitas lágrimas, mas no fim nossas mãos estão dadas. Cê sempre soube de onde eu venho, eu sempre soube de onde cê vem. E de repente estamos voltando pra casa, no seu carro velho, eu te ouvindo cantar. Tudo que é verde sendo verde, o azul sendo azul, o amarelo sendo amarelo, o cinza sendo cinza. A gente estando onde tem que estar, tudo no seu lugar. <br /></div></div><div><span> Mas então eu acordo. O vermelho da luminária tá preto, o amarelo da cadeira tá preto, meu cobertor dourado tá preto. E o que é claro tá cinza. Você não tá lá.</span><br /></div><div><span><br /></span></div><div><span><b>Nunca esteve.</b></span></div><div><span><b><br /></b></span></div><div><span>E então vida que segue. Percebo que foi um ruído, e então olho para o que tenho. A manutenção da vida, a busca por propósito. Correndo sozinho. Se eu vejo tudo isso como um erro, terrível, me perco. Isso tudo é a minha verdade, e é aqui que tenho de estar.</span></div><div><span><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span><b>- 3 -</b></span></div><div style="text-align: center;"><span><br /></span></div><div><span> </span>Acho que finalmente entendi como que se escreve do jeito que tenho escrito nos últimos 12 anos. Demorou né? Mas em contrapartida, devo lembrá-los que não sou o cara mais esperto. Muito pelo contrário, estou muito mais pareado com o cara mais burro, um passo à frente somente por reconhecer isto. As pessoas adoraram o Órbita, e viram todos os meus acertos. Mas ninguém viu o quão feio foi o erro que cometi ali. Não sou eu quem dá a palavra final. Nem ninguém. Não posso fazer como fiz no Órbita, onde expus os fatos, os dados, dei os atores e a história como categoria científica. É errado da minha parte achar que posso dizer como algo aconteceu. Só quero transpor o que penso e sinto sobre as coisas que vivo, me curar das dores que me afligem a alma e, se me puder ser concedida tal generosidade, destruir tudo e todos que entram em contato com isso no processo. Mas no bom sentido. Preciso destruir todos vocês porque de nada adianta cês lerem o que eu ponho aqui se cês tão lendo ai de cima. Desce aqui, sente no peito o quanto a vida é terrível, e aí cê vai sacar o que quero dizer.</div><div><br /></div><div><b>FALOU!!</b></div>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-74855712692788749462022-04-02T14:15:00.000-03:002022-04-02T14:15:28.618-03:00Rid'Along<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdn11.bigcommerce.com/s-5m0fr/images/stencil/1193x795/uploaded_images/1970s-chopper-generator-shovelhead-motor.jpg?t=1551726692" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="654" data-original-width="800" height="328" src="https://cdn11.bigcommerce.com/s-5m0fr/images/stencil/1193x795/uploaded_images/1970s-chopper-generator-shovelhead-motor.jpg?t=1551726692" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><span> Um homem sozinho se espanta ao comtemplar um conhecido lhe acompanhando em seu lugar de solidão.</span><br /></p><p>-- Ué, você aqui?</p><p>-- Sim... Acabei voltando.</p><p>-- Mas como assim, o que houve?</p><p>-- Uai, bicho! O óbvio né?!</p><p>-- Claro, perdão... Eu não queria também ser insensível contigo.</p><p>-- Tranquilo. Eu entendo.</p><p>-- Mas assim, na moral, eu realmente achei que você demoraria pra voltar dessa vez.</p><p>-- Ah, cara. Eu também achei. Mas tu já viu The Mentalist? "<i>It's there... And then it's gone</i>" - foi desse jeito que acabou e eu voltei.</p><p>-- Porra, que merda, hein? E como você está com tudo isso? Mal, eu imagino.</p><p>-- Pô bicho chorei pra caralho, aquele choro de luto, manja? Tô estranho até agora, minha família, meus amigos veem isso, mas ninguém sabe ao certo o que fazer, o que perguntar. Nunca ouvi tanto "você tá bem?" quanto agora essa seman... Quer dizer, fora agosto do ano passado, né? Quando ela infelizmente se foi...</p><p>-- De fato foram tempos difíceis.</p><p>-- Ainda são.</p><p>-- Sério? Achei que tivesse finalmente chegado na Aceitação.</p><p>-- Cheguei, chegar lá cheguei. Mas aceitar é uma coisa. Sentir é outra. Aceitar é a parte mais fácil de tudo, na verdade. Ainda mais nesse tipo de partida, afinal, quando ela resolveu partir eu... Eu... Porra, meu mundo acabou naquele dia. Aprendi horrores, sobre a vida, sobre mim, sobre o amor, sobre sofrimento.</p><p>-- Cê chegou a morrer também?</p><p>-- Cara, não. Dessa vez não. Mas eu virei meu vô por um tempo, e perdi o rumo da vida, Caí num marasmo fodido, o mundo acabando, todos nós ouriços buscando resguardar os que amamos de se machucarem...</p><p>-- Ah, mas também acho que cê só morre uma vez né?? Tipo, ou tu morre ou tu vive pra sempre depois de morrer.</p><p>-- Hm.. Bicho, não sei. Acho que dá pra morrer mais vezes, sabe? Por exemplo, quando um filho morre, você morre também né? Já vi gente morrendo mais de uma vez. Mãe morreu pelo menos umas três vezes já. Mas pai, que eu me lembre, só foi uma mesmo.</p><p>-- E como é que eles estão? Tudo bem?</p><p>-- Tão bem. Acabaram de refazer a cozinha.</p><p>--Ah legal.</p><p>-- E você, bicho. Eu sei que eu sou a novidade aqui, mas e você? Como tem passado, o que tem feito?</p><p>-- Ah, cara, acho que vai ser menos sozinho agora né, com você aqui. E no mais, acho que bom, nada mudou. Aqui era do jeitinho que você tá vendo. Só o vazio e eu. O catálogo da Netflix é horrível, né, então acaba que eu acabo ficando comigo mesmo. Às vezes, toco um City Pop e danço com ela, quando ela aparece. Levíssima né.</p><p>-- É.</p><p>-- É! Então a gente acaba dançando bastante.</p><p>-- É bom quando a gente se mexe um pouco, usa o corpo pra pensar também, né?</p><p>-- Sim, e com ela é perfeito porque eu consigo espairecer totalmente. Se fosse com outra pessoa...</p><p>-- <i>Per Deos Obsecro...</i></p><p>-- <i>Per Deos Obsecro...!</i></p><p><b>Ambos riem.</b></p><p>-- Mas e agora, cara, que cê vai fazer da vida? Vai ficar aqui? O que houve que você veio pra cá dessa vez?</p><p>-- Bicho, não sei se fico. Eu tinha conseguido sair né? Precisava reparar o que fiz ano passado. Acabou que por algum motivo fui perdoado. Ai fui lá pra fora. Indo na calma, sem exigir demais, sendo o cara que eu queria ser. Gosto de ser. O que eu não fui pra...</p><p>-- De boa, eu sei.</p><p>-- Mas aí, bicho. Eu estiquei a mão pra ela, sabe? "Vem! Fica comigo!" - Eu disse.</p><p>-- E ela?</p><p>-- Foi embora e eu caí aqui de novo.</p><p>-- Porra, pelo menos cê sabe o porquê?</p><p>-- Sei.</p><p>-- ... E?</p><p>--... -- Após um certo tempo. -- Deixa quieto, bicho.</p><p>-- Foi ruim assim?</p><p>-- Foi.</p><p>-- Mas, cara, não entendo. Eu te conheço, ent...</p><p>-- Então cê sabe o que eu perdi.</p><p>-- Tá. É verdade.</p><p>-- Uma vida inteira morreu ali, bicho. Não tem como não sentir isso.</p><p>-- Não tenho nem o que dizer, cara.</p><p>-- Tudo bem. Só de cê vir conversar comigo já me ajudou horrores. Obrigado.</p><p>-- Tamo junto!</p><p>-- Também, pra isso "não tem jeito", né?</p><p><br /></p><p><b>Ambos riem novamente.</b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-71572819915426674582022-03-01T12:32:00.002-03:002022-03-01T12:32:41.640-03:00O Gênio Do Ska<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/736x/ac/3d/a3/ac3da357bcf1e343241f05880b95ca17--moto-collection-small-motorcycles.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="736" data-original-width="736" height="400" src="https://i.pinimg.com/736x/ac/3d/a3/ac3da357bcf1e343241f05880b95ca17--moto-collection-small-motorcycles.jpg" width="400" /></a></div><br /> <span> </span><p></p><p><br /></p><p>Nessa ******, ****** não nos busca contar uma história específica como em outras *******, como ****** e ******, em que temos personagens principais, alguma espécie de narrativa -- ainda que vaga -- que obedece a costumeira estrutura dos 3 atos. Em ***, ******* escreve um tipo de sermão para uma mulher, aparentemente. Ela parece estar passando por problemas amorosos, mas não sabemos ao certo se é com seu namorado ou só alguém que ela gosta. De acordo com a *****, a moça para quem é dirigida a bronca está completamente imersa numa mentalidade típica de protagonistas das comédias românticas adolescentes, tendo toda a sua atenção e esforços voltados para um amor, mas não um amor saudável, real. Ao que tudo indica, sua angústia provém do sentimento desconexo próprio da dialética entre o que ela tem -- que, segundo a ******, é simples e pura solidão -- e o que ela acha que devia ter:, uma paixão ardente e eletrizante de cinema. A ****** faz essa relação entre realidade e filmes constantemente para deixar claro a dicotomia exposta acima e segue, quase sempre, num tom de deboche, tratando, de certa forma, a garota como uma completa idiota.</p><p><span> </span>Na primeira estrofe, temos o narrador -- no caso, o cantor ******* ***** -- começando seu sermão, em tom de chacota, perguntando se ela não entendeu que a vida é diferente do que se passa na TV, se ela não sabia que na vida ninguém vai magicamente socorrê-la em um momento de sufoco emocional como este que ela está passando.</p><p><span> Ele segue satirizando a pessoa para quem ele direciona o sermão, ao pintar a imagem desta mocinha absorta na vista da própria janela, alheia à percepção dos próprios erros cometidos enquanto sofre copiosamente no próprio drama romântico a ponto de parecer que vai morrer disso.</span><br /></p><p><span><span> O refrão, assim como as duas primeiras estrofes, é bem simples mas comunica uma mensagem forte. O narrador retoricamente questiona se faz diferença o salvador da menina aparecer, como se dizendo que não importa ela conseguir o que quer ou não, pois isso não vai acabar com o problema. Parafraseando: "O problema não é o que aconteceu ou acontecer com você. Mas você. E só você. É só isso que tenho a dizer."</span></span></p><p><span><span><span> As próximas duas estrofes seguem com a mesma mensagem que seguiam as duas primeiras. A terceira estrofe, quase um reflexo perfeito da primeira, segue com a mesma pergunta, mas ressalta uma tragédia maior ao pontuar que não sobrou nenhum sonho para a mocinha e que todos, menos ela, percebem seu estado delirante. A quarta estrofe segue um reflexo exato da segunda estrofe, assim como o refrão, que se repete idêntico.</span><br /></span></span></p><p><span> Como vocês devem ter notado, o título da ****** -- *** -- não tem nada a ver com conteúdo da ***** ou mensagem desta. Embora não explícito na *******, é razoável supor que o nome vem do estilo musical no qual a ****** pode ser enquadrado. Ainda que tenha clara referência em bandas como The Police, segue um pouco atrás, cronologicamente, das terceira e pós-terceira onda do ***, dado ao ano de seu lançamento, 6 anos antes do grande boom destas ondas nos anos 1990.</span><br /></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-45352600532281996562021-11-14T11:31:00.003-03:002021-11-14T11:31:41.271-03:00Bem Calminho E Desesperador<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://ogden_images.s3.amazonaws.com/www.motorcycleclassics.com/images/2021/09/08145056/Harley-1-1100x795.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="578" data-original-width="800" height="289" src="https://ogden_images.s3.amazonaws.com/www.motorcycleclassics.com/images/2021/09/08145056/Harley-1-1100x795.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p><b><br /></b></p><p><b>Estou na espera de algo acontecer.</b></p><p>Paciência é uma virtude e aquele que à tem desfruta paz em sua vida. As coisas demoram tempo para acontecer, as pessoas precisam de tempo para mudar e as próprias mudanças precisam de tempo para ficar. O passo do mundo é muito rápido e nisso acabamos por não notar o verde das árvores, a permanência do que lá já está e uma mudança de perspectiva se mostra necessária para a reconquista da paciência, visto que o tempo, por sua vez, é tangido pela percepção. Estou na espera de que algo vai acontecer, mas enquanto ele não acontece, é na paciência que encontro a paz para apreciar a permanência das coisas antes do ponto de mudança. E é nela também que encontro abrigo quando mudar é o único caminho.</p><p><br /></p><p><b>Mas eu tenho sede.</b></p><p><b><br /></b></p><p>Eu tenho sede de tudo. E eu to morrendo de sede. Na pegada Earn "Eu preciso comer hoje, não em setembro", sabe? Então essas entidades, a paciência -- expressão da minha consciência e mesura -- e a sede -- o Ímpeto por aquilo que vai me saciar -- se chocam e nesse constante embate nascem não só o desespero frente a insoludibilidade do combate -- este fruto da sede -- mas também é criada a calma frente a constatação de que a prudência costuma ser o melhor caminho -- esta, por sua vez, fruto da paciência.</p><p><br /></p><p>Obviamente há de se pensar que, até por nossas experiências pessoais, eventualmente uma vence sobre a outra numa batalha para que eventualmente perca na próxima. É somente humano, natural. É assim que encontramos o equilíbrio em nossas vidas, aprendendo com as vitórias do desespero e da calma. Mas então lhes trago uma nova situação, um novo equilíbrio. Paciência e Sede não lutam mais. Seus frutos, Desespero e Calma largam suas armas e todos passam a somente existir no mesmo espaço, em paz. Não existe mais conflito, não existe mais o embate, e todas as forças opostas dividem o espaço do seu coração, eliminando assim qualquer expertise e experiência que possam te ajudar a se resolver. E tudo que te sobra é um pouquinho de bom senso e muita improvisação daqui pra frente. Todos juntos tomando um <i>brunch </i>no âmago da sua alma enquanto você segue o jogo, no ponto de surtar e perder tudo mas por algum motivo completamente em paz consigo mesmo, fazendo com que o mundo todo se torne exatamente assim:</p><p><b>bem calminho e desesperador.</b></p><p>Falou!</p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-3661491636564624792021-10-30T20:22:00.000-03:002021-10-30T20:22:08.757-03:00Você Acredita em Mágica?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.masslive.com/resizer/6ZXYkmWp6tn_3-Jf9mRwkKN8Mls=/800x0/smart/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/advancelocal/DQZWHOOKBBGVLINWPG5GQJ3TV4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="800" height="216" src="https://www.masslive.com/resizer/6ZXYkmWp6tn_3-Jf9mRwkKN8Mls=/800x0/smart/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/advancelocal/DQZWHOOKBBGVLINWPG5GQJ3TV4.jpg" width="320" /></a></div><br /> <span> </span><p></p><p><span><br /></span></p><p><span> Todos nós acreditamos em algo. Deuses, o Axé, o universo -- todos estes e muitos outros são objetos de nossas súplicas e graça. Não sou um cara muito religioso ou espirituoso, mais pela ignorância do que saber com certeza de que sou ou não sou algo. Mas não me iludo, não existe não crer. Todos nós cremos em algo e vivemos em prol dessa crença.</span></p><p><span><b>Uma das coisas em que acredito é em magia.</b></span></p><p><span><span> </span>Ok, podem rir. Até porque com certeza estamos falando de coisas diferentes. Quando falo em mágica, na cabeça de todos nós, minha inclusive, vem Harry Potter, vem Gandalf, ou sei lá o que é mágico na cabeça das pessoas hoje em dia. Quando digo que acredito em magia, tomo um conceito muito mais antigo e até mesmo broxante pra quem se encanta com a expectativa de se aprender uma nova teoria da magia. Sou fã de um velho barbudo, morador da Jerusalém do condado de Northamptonshire, Northampton. Ele mesmo, O Escritor Original:</span></p><p><span><b>Alan Moore.</b></span></p><p><b> </b>Alan Moore, ao contrário de mim, acredita na e pratica a magia. Fez disso seu ofício e é um dos magos mais poderosos da atualidade. Como ele relata em seu <i>The Mindscape of Alan Moore: </i>"Magia, em sua forma primordial, era de costume referenciada como <i>A arte</i>. Acredito que isso é completamente literal; que magia é arte e que arte, não importa a forma que tome, é magia. Arte é, como a magia, a ciência de manipular símbolos, palavras e imagens para alcançar mudanças de percepção, de consciência." Ele segue explicando: "Um grimório é só um jeito chique de falar gramática. Na verdade, conjurar um feitiço é somente manipular palavras para alterar a consciência das pessoas. Um artista, ou escritor, é a coisa mais próxima que temos no mundo contemporâneo de um xamã."</p><p><span> O que Moore quer dizer com essa ideia de magia é que as palavras tem poder. E me diz se isso não faz o maior sentido? Um discurso que te inspira a seguir em frente com muito mais ânimo nada mais é do que um encantamento de força de vontade. Essa caralhada de fake news nada mais é do que uma conjuração de área para prender o povo numa ilusão. Palavras carregam muito mais poder do que podemos imaginar a princípio.</span></p><p><span><b>E é por isso que eu levo as palavras muito a sério.</b></span></p><p><span><b> </b>Pode ser alguma disfunção psicossocial também, nunca saberemos sem investigar. Mas desde que passei a acreditar em magia, minha relação com a palavra dita mudou completamente. Quando digo uma coisa, não importa o que foi dito, pra mim, em um nível espiritual, uma magia foi conjurada. E tenho vivido assim desde então. Infelizmente ou não, acabo transferindo isso para as pessoas ao meu redor também. Palavras são ditas à alguém. Com quem você tá falando? O que você tá dizendo? Palavras são ditas com intenção. Qual será a intenção, então? Convido ao leitor que reflita: você pensa nas palavras que você diz? Nas magias que constantemente conjura? Ou você está somente soltando bolas de fogo a torto e a direito como se a palavra não fosse um artifício feito para ser lido? Como se um feitiço não fosse uma ação que parte do mago para seu alvo? Palavras são poderosíssimas e são capazes de mudar o mundo.<br /></span></p><p><b>São capazes de mudar você.</b></p><p><b> </b>Palavras são magias, encantamentos, feitiços que mudam e distorcem o que as pessoas percebem, pensam, esperam. Desde então tenho levado palavras muito a sério. E é claro que não é sempre que sigo isso. Mas sigo cada vez mais. E nessa crença, acho o propósito que busco para continuar em frente. Realmente não estava esperando que este texto fosse uma chamada para a consciência, para o momento presente. Mas agora ele meio que é, né? Eu mesmo queria que este texto fosse uma bola de fogo, como o ser de vingança que meu ímpeto gosta de ser. Mas da mesma forma que existem palavras que precisam ser ditas<br /></p><p><b>Há também feitiços que não valem a pena encantar.</b></p><p style="text-align: center;"><b><br /></b></p><p style="text-align: center;">---</p><p style="text-align: center;"><i>Mais uma vez agradeço por terem lido até aqui por favor comentem, se quiserem. FALOU!</i></p><p><b><br /></b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-12678004507584418832021-10-25T23:36:00.003-03:002021-10-25T23:36:49.857-03:00Sobre As Situações Onde Todos Perdem<p><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdp.azureedge.net/products/USA/HD/2020/MC/TOURING/ROAD_GLIDE_LIMITED/50/VIVID_BLACK_CHROME_OPTION/2000000029.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://cdp.azureedge.net/products/USA/HD/2020/MC/TOURING/ROAD_GLIDE_LIMITED/50/VIVID_BLACK_CHROME_OPTION/2000000029.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span> </span>Se você, assim como eu, tem um interesse particular em resoluções de conflitos, já deve ter ouvido -- provavelmente devido às séries norte-americanas que constantemente usam deste artifício para <i>plots</i> de <i>sitcoms</i> -- das famosas "<i>win-win situations</i>", ou situações em que todos ganham. Obviamente, ela busca solucionar uma questão de forma em que todos recebam algo positivo ou favorável. Assim como Carole Pateman se utilizou d'O Contrato Social para desenvolver a brilhante ideia d'O Contrato Sexual, venho com uma versão mais pobre e nada original da ideia propor uma conversa sobre as "<i>lose-lose situations</i>", ou as situações onde todos perdem.</span></p><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span> </span>Como exatamente elas funcionam: É simples, ninguém ganha.</span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><b><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;">Humor.</span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /></b><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span> </span>Para elucidar melhor, uma situação: Imagine que você está chateado com um amigo, ele anda distante, você sente falta dele, ele não parece ter tempo para você. Talvez o seu bom julgamento o diga para conversar com ele, mesmo que vocês não possam se encontrar. Talvez compartilhar um meme ou post, quem sabe entender um pouco da vida dele antes de dizer o que você gostaria que ele soubesse. Aqui temos bons fundamentos para as situações que alguém ganha, pelo menos.</span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"> <b>Mas não são dessas situações que estamos falando aqui, você tem vários youtubers para isso.</b></span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span> </span>Estamos aqui para as situações em que todos perdem. Você não gosta de se sentir negligenciado pelo seu amigo, não busca conversar com ele por se sentir desgostoso com a situação toda. Também escolhe não desabafar com alguém, ou trazer a discussão para uma terapia -- é ótimo trabalhar questões que temos com as pessoas na terapia, sabia? -- ou até para alguém que você pode contar nessas horas para te aconselhar. Você não está pensando muito bem nas consequências, afinal, seu julgamento está nublado pela raiva que você sente. Cê escolhe explodir na internet, com indiretinha no Instagram, Twitter, TikTok, sei lá. Seu amigo, embora distante de você, fareja quando o assunto é com ele rapidinho, e não gostou de tomar um sucker punch enquanto lê uns tweets na pausa para o café. O que pode ser ele desabafando sobre outra amizade, um crush ou trabalho passa a ser sobre você, que já tá virado de ódio. Você, do alto do seu cavalo, dono da razão, começa a tratar mal seu amigo, e já não sabe mais quais são as reais intenções de cada ação ou reação dele, silencia, bloqueia, responde mal, ele percebe tudo. Ele também já começa a não fazer questão da sua amizade e reage de forma fria à assuntos que tangem vocês. Eventualmente vocês conversam, expõem suas dores, ninguém se entende e uma amizade morre. Da pior forma ainda, pois morreu de morte matada. Você matou sua amizade com seu amigo, ele matou a amizade que tinha com você e o pior de tudo, como vocês nunca chegaram de fato a conversar sobre os atritos que levaram a relação a se desgastar, ambos abertos, com empatia numa mão e perdão na outra, uma amizade morreu por nada. E todo mundo envolvido aqui perdeu.</span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span> </span>Não me leve a mal, as coisas precisam morrer. Mas as pessoas não precisam perder com a morte (a não ser a vida, né? #humor), muito menos morrerem depois das coisas. Situações em que todos perdem são frustrantes por não levarem a lugar nenhum. São um esforço direcionado à um monolito que nunca moverá. Mas, como esperado, existe uma opção, acredito eu, para as situações em que todos perdem. Uma solução bem simples, eu diria, que seria a tomada de consciência. Acredito que para situações como essa é importante que tomemos plena consciência da situação, pois uma área que não costumo muito ver sendo discutida é o quanto se perde nas situações em que todos perdem. Às vezes, a perda entre as partes pode ser desigual. Você pode estar ai pegando o seu tempo valioso, tudo que você de fato tem no mundo, e tomar ações completamente estúpidas com ele de forma a fazer com as outras pessoas com quem você interage também percam. Mas será se elas estão perdendo tanto quanto você? Será se o dispêndio do seu lado tá menor? Será se as partes que perdem junto com você estão perdendo da forma que você esperava? Ou elas lidam melhor com isso do que você? Será que a satisfação que você tem com a sua ação é duradoura ou -- ainda melhor -- construtiva?</span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><b>Você tem certeza que só não tá perdendo o seu tempo?</b></span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><span> </span>O amargo das situações em que todos perdem é que tanto as nossas ações quanto as consequências delas saem pela culatra. Quando você busca ferir -- ainda que inconscientemente -- alguém, você acaba se ferindo. Ao buscar chatear ao outro, você acaba mostrando o quão chateado você está. Uso minha experiência mesmo, pois nela vejo cada esforço mal direcionado partir do ator como bumerangue somente para retornar na cara de quem o lançou pra frente. E de tanto ser o agente principal quanto secundário das situações em que todos perdem, acabo as percebendo com certa facilidade. Com certo carinho, também. É somente estatístico dizer que todos participaremos em situações onde todos perdem eventualmente. O quanto perderemos já é um âmbito mais cinza para previsões. Mas ninguém tem culpa de estar numa situação dessas, pelo menos na medida em que por ventura caímos nelas, visto que somos seres emocionais, fadados à cair em tentação. Para você que engajou, se meteu ou foi metido numa situação em que todos perderam uma vez ou outra, no mínimo você é um aprendiz, no máximo um azarado. Com método e prática tudo se resolve. Agora, se você ativamente engaja em situações em que todos perdem, é crucial que você seja não só sua própria ruína mas principalmente a ruína de quem perde com você, porque se você tá perdendo cada vez mais e as outras partes perdendo cada vez menos, a <i>lose-lose situação</i> se descaracteriza, e no fim do dia</span><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><br style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;" /><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><b>Você é só um perdedor fodido.</b></span><div><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: Roboto, Arial, sans-serif; font-size: 16px; font-variant-ligatures: none; letter-spacing: 0.1px; white-space: pre-wrap;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;">---</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Obrigado por ler até aqui. Não esqueça de comentar.</div>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-82657648249482784982021-10-24T12:31:00.000-03:002021-10-24T12:31:07.500-03:00Era de Movon<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://revistatorque.com.br/wp/wp-content/uploads/2018/07/IMG_9989.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="300" src="https://revistatorque.com.br/wp/wp-content/uploads/2018/07/IMG_9989.jpg" width="400" /></a></div><br /><span><br /></span></div><span> </span><div><span><br /></span></div><div><span><span> </span>Já era tarde do sábado, quase virando a zero hora, quando recebi a notícia que você havia saído de vez da minha casa. Era esperado, claro. Mas sei lá, mesmo sabendo o que você quis dizer, assim como Herbet, acho que não quis escutar. Na minha cabeça o que eu queria ter ouvido era melhor, sabe? E uma vez liberto pela confissão, o que me abalava se tornou somente luz que refletia ao tocar na minha pele.</span><div><span><br /></span></div><div><span><span> </span>Infelizmente, a luz refletida também me cegou para a realidade brutal de que o que me abalava te dominou também. Talvez até mais, não sei. E não saber faz nascente das esmeraldas, da nascente surge um rio, e deste rio, cachoeira. Uma cachoeira de rancor que flui forte como se fosse ancestral, pois a dor deste parto é tão ancestral quanto a primeira tragédia do mundo, dado que você caiu pelas mãos de seu igual.</span></div><div><span><br /></span></div><div><span><span> Não importa os motivos, realmente achei que poderia nos consertar se Deus me concedesse perdão. Ele de bom grado o fez, visto que seu Senhor é justo. Mas o fez somente para me mostrar que não é só de perdão que se melhora o mundo. Tem muito querer envolvido, muita confiança e, obviamente, pouquíssimo tempo. O seu tempo acabou, e por conseguinte o meu também. </span></span>É preciso saber muito para melhorar, e enquanto cruzo essa ave de argila branca que nós chamamos de pátria, percebo que de você não sei mais nada. Dizem que</div><div><span><span><br /></span></span></div><div><span><span><b>A esperança é a última que te mata,</b></span></span></div><div><span><span><b><br /></b></span></span></div><div>E agora que você saiu, acho justo tomar uma posição ativa para que me torne aquilo que prometi ser no reencontro. Mas por mim, não por você. Se um dia voltar, deixo esta carta aqui para que possa encontrá-la. E a partir de então me torno a esperança do que eu esperava de nós, pois se o inimigo do meu inimigo é meu amigo, a esperança da minha esperança é sua assassina.</div><div><span><span><b><br /></b></span></span></div><div><b>E parti.</b></div><div><b><br /></b></div><div style="text-align: center;">---</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Muito obrigado por ler até aqui, sinta-se livre para deixar um comentário.</i></div><div style="text-align: center;"><i>Falou!</i></div></div>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-64744384981393141132021-10-17T18:39:00.000-03:002021-10-17T18:39:51.404-03:00Um Retrato da Tristeza.<span> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/originals/92/75/5b/92755bcac9ecfba3a7058cca9d049901.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="689" data-original-width="750" height="294" src="https://i.pinimg.com/originals/92/75/5b/92755bcac9ecfba3a7058cca9d049901.jpg" width="320" /></a></div><br /></span><div><span><br /></span></div><div><span><br /></span></div><div><span> Tem hora que não consigo me conter. E então ataco. E vou atrás. Digo tudo que quero dizer, afinal sou tão melhor que você. Jogo mais gasolina no fogo. E me fodo por sentir frio depois. Vou lá e jogo mais. Da minha cobertura observo todo o movimento e os erros que você comete, pedestre e descoberto na chuva da desgraça. Fracassado. Fodido. Seu bosta. Sou juiz e você só mais um condenado que nem merece meu julgamento.</span><div><span> </span></div><div><span><b><span> Quer dizer, m</span>al merece meu julgamento.</b><br /></span></div><div><span><b><span> </span><br /></b></span></div><div><b> </b>É como se você estivesse pedindo pra tomar na cara. Você tá tão exposto que é impossível eu não te aplicar meu parecer, minha punição. Meu julgamento é absoluto. E então você se torna aquilo que julgo. Tudo. Não importa o quê, você não precisa saber de onde vem, pois você é só um alvo. Eu sou o acusador, o juiz e o algoz. E não tem nada mais importante pra mim do que deixar bem claro o que eu penso de você, pois alguém merece te colocar no seu lugar. E esse alguém sou eu. E eu vou até o fim com isso, pois não vou abrir mão de chutar cachorro morto, seu vira-lata maldito. Sua falsa coragem não vai te salvar da minha obliteração. Não vou abrir mão. Não posso abrir mão. Pois me apegar ao total desprezo e asco que eu tenho pela pequenez que é a sua existência podre até você quebrar é o que me faz seguir em frente.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">---</div><div style="text-align: center;"><i>Muito obrigado por ler até aqui. Deixa um comentário tbm!</i></div><div style="text-align: center;"><i>Falou!</i></div><div><span><br /></span></div></div>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-90492099642942578462021-10-12T21:51:00.000-03:002021-10-12T21:51:22.265-03:003 Paradas Que Aprendi Com A Escrita Terapêutica<p><span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://ryuyaamao.com/wp-content/uploads/2020/09/200829-kisarazu-28-2-1500x1000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="267" src="https://ryuyaamao.com/wp-content/uploads/2020/09/200829-kisarazu-28-2-1500x1000.jpg" width="400" /></a></div><br /><span><br /></span><p></p><p><span><span><br /></span></span></p><p><span><span> </span>A escrita terapêutica é simplesmente a prática de escrever deliberadamente por alguns minutos, podem ser 10, 20, 30... bicho tem gente que vai 1h escrevendo sem parar. O que se escreve é muito simples:</span></p><p><b>tanto faz.</b></p><p><span> </span>Pode ser o que aconteceu no dia anterior, o que você espera pra hoje ou pra amanhã. Como você se sente sobre determinado assunto -- família, relacionamentos, amizades, trabalho, futuro-- ou qualquer outra coisa que vier na sua cabeça, pois a meta aqui é justamente escrever sem qualquer julgamento, contanto que você escreva sobre algo. Com base na literatura, na psicologia e na minha própria experiência nessa prática, vou descrever 3 coisas que aprendi com a escrita terapêutica. Mas que experiência é essa? Eu te conto</p><p> Da primeira vez que ouvi falar desta prática, ela estava dentro da roupagem da <i>morning pages</i>, ou seja, atrelada à uma rotina matinal. Isso foi no final de 2018, quando num sábado eu cheguei do trabalho, capotei no sofá e quando acordei meu celular estava tocando vários vídeos da Amy Landino. Depois ouvi com o Matt DÁvella, depois com a Dafne Amaro... Mas só em um seminário de psicologia do trabalho descobri o nome <i>Escrita Terapêutica. </i>Tenho feito isso desde 2019, quando aceitei trabalhar em 2 empregos, o que me fez ter uma carga de trabalho de 50-60h semanais. Eu sabia que ia surtar, pois já sofri burnout anteriormente, então achei que seria interessante escrever diariamente como eu me sentia para que pudesse analisar melhor o meu estado mental. Na maioria das vezes, tem dado certo, e vou falar agora o que aprendi com isso.</p><p><br /></p><p><br /></p><p><b>1- Você se torna capaz de ver as coisas de uma perspectiva de fora.</b></p><p><b> </b>Ao escrever o que quer que seja no papel, você naturalmente consegue colocar uma distância física entre o que você está pensando -- e escrevendo -- e você. Com isso, muitas vezes você se torna capaz de enxergar a sua própria situação como se você não fizesse parte dela. Sabe aquela coisa de ser ótimo em dar conselhos, mas ser péssimo em seguir seus próprios conselhos? Quem sabe se colocando fora dos seus próprios problemas você não consegue se dar conselhos melhores, mais fáceis de seguir?<br /></p><p><b>2- Cê pode se surpreender com o que escrever.</b></p><p><b> </b>Como você, ao longo do processo de escrita, está constantemente se percebendo por uma perspectiva de fora, você pode se surpreender com o que pode aparecer ao longo do texto. Nós muitas vezes não conseguimos seguir uma linha de pensamento introspectiva de forma honesta, e quando nos damos a oportunidade de perseguir isso, nos deparamos com verdades brutais. Entretanto, nem sempre ruins. Quando digo que você pode se surpreender, digo que você pode ter momentos de muita empatia e gentiliza consigo mesmo. Vai me dizer que você não quer empatia & gentileza?! </p><p><b>3- #datecomigomesma.</b></p><p><b> </b>É um momento legal de colocar uma música, quem sabe ir num café, ou um restaurante maneiro... Ir num parque ou uma praça, caso você esteja sem grana. E simplesmente aproveitar o momento. Eu mesmo fazia isso nos dias que trabalhava nos meus dois empregos. Eu lembro que tinha exatamente uma hora livre entre chegar de uma cidade à outra e começar meu outro turno. Pô, eu tomava um suco, ou comia uma fatia de torta na padaria chique mais próxima. Às vezes até variava a padaria chique. No fim das contas, apesar de parecer idiota, eram momentos legais, dos quais eu me lembro até hoje.</p><p><br /></p><p><br /></p><p style="text-align: center;">--- </p><p style="text-align: center;"><i>Espero que tenha gostado do texto. Comenta ai o que você achou, se já conhecia a escrita terapêutica ou já pratica/praticou isso. Eu gostaria muito de ouvir de você que leu até aqui.</i><br /></p><p style="text-align: center;"><i><br /></i></p><p style="text-align: center;"><i>Falou!</i></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-54994835090328184412021-10-09T21:29:00.001-03:002021-10-09T21:29:10.143-03:00O Nuncapronto<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/originals/be/5b/85/be5b857853499e0710208bcf4f1dedd0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="400" src="https://i.pinimg.com/originals/be/5b/85/be5b857853499e0710208bcf4f1dedd0.jpg" width="400" /></a></div><br /><b><br /></b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b> É cansativo!!</b></p><p>Você corre, você anda, pra frente, pros lados, pra trás, de costas. Porra, cê até se arrasta. O foco é claro, a determinação também. Ainda assim, o que resta a se fazer fora ter paciência para se manter diligente? Ter diligência para caminhar nem que seja um pouco? Caminhar para limpar a mente? Limpar a mente para ter paciência?</p><p><br /></p><p><b>É frustrante!!</b></p><p>O sempremfrente, o semprumpouco, a semprepaciência nos deixam semprefocados e nuncadistantes do nosso propósitometa, e a mentafilosofia de que as coisas são semprepossíveis enquanto continuarmos nunquestáticos nos reconfoca mas também nos recoenforca numa corda preparada por nós mesmos. E o sempremfrente, semprumpouco se tornam o nuncapronto, o nuncafeito, o semprelonge. E não me leve a mal aqui, é importante estarmos sempratentos a nós e aos outros, mas nessa de "como posso estar perdido se não tenho nenhum lugar pra ir" a angústrospecção se torna "como posso estar seguindo em frente se eu nunca vou pra lugar nenhum?"</p><p><br /></p><p><i>Until you take action, you're standing still."</i></p><p><i>-Matt D'Avella.</i></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-58661316057826108692021-09-26T09:16:00.000-03:002021-09-26T09:16:21.205-03:00Aceitação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i2.wp.com/www.omachoalpha.com.br/wp-content/uploads/2016/12/motonas-O-Macho-Alpha-9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="419" data-original-width="650" height="258" src="https://i2.wp.com/www.omachoalpha.com.br/wp-content/uploads/2016/12/motonas-O-Macho-Alpha-9.jpg" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p> Tenho subido cada vez mais alto nesta montanha. O sucesso. O topo, o pico. Me tornei mestre do meu domínio e nada mais me fere. Não existe acaso que me abale, não existe golpe que me machuque. Aqui no topo da montanha, além do horizonte, não existe nada! Aqui no topo não existe resquício de história, nem natureza que não esteja morta. Não existe companhia. Tudo que existe aqui sou eu, e vivendo no momento plenamente, percebo que minhas únicas opções são ou me bastar ou desistir de tudo e descer. Voltar. Mas assim como Zaratustra se tornou incapaz de ressuscitar Deus em seu coração, me é impossível descer da montanha.</p><p><br /></p><p>Mas infelizmente, não me basto para ficar aqui, somente eu a montanha e o horizonte. Preciso descer, o que quero está lá embaixo, mas não posso mais ir lá buscar. Impossibilitado de voltar, impossibilitado de ficar. Neste momento me vem a própria e pura angústia. Dor de existir. O desespero de Johannes Climacus ao dançar com alguém que não fosse a morte. Johannes Climacus. Se a religião nada mais é do que um salto de fé, tiro a prova aqui mesmo e pulo na certeza de que encontrarei o que me ligará de novo com tudo e todos que deixei lá embaixo. Traindo o desejo de quem me amou mais que tudo no intuito de me salvar, percebo a perspectiva da linha do horizonte, antes tão baixa, caindo gradativamente, eu na altura do Sol, o vento cada vez mais forte, e toda a sensação de liberdade e excitação pela adrenalina... simplesmente não existe. Antes, somente eu a montanha e o horizonte. Agora, eu a queda e o vento. Já não correspondo como deveria as coisas que acontecem ao meu redor ou até mesmo comigo. E na corrida de subir a montanha, precisei pular do precipício para entender que eu sou a montanha agora. E agora só me resta viver neste momento, igual vivi lá em cima. Se eu tivesse pensado melhor, teria pulado de paraquedas para deixar uma mensagem lá em cima depois, não quero que outra pessoa precise mergulhar lá de cima pra entender que não existe escolha uma vez que você entende que você só pode se bastar para viver. Teria sido bom ter entendido isso antes, pois agora não tem mais jeito. Não que seja algo ruim ou bom, mas nada vai mudar. <b>É só isso.</b> Toda a nossa experiência é só isso, e na ignorância do pouco que vivi, sinto que já vi o que o mundo é e o que ele tem pra mim. Mesmo tudo mudando tão de repente aqui embaixo, aceito a condição e vivo cada segundo como se fossem uma vida em si até que o horizonte se torna sombra , minha chegada trovão, e finalmente do topo chego até o chão.</p><p><br /></p><p style="text-align: center;"><i>---</i></p><p style="text-align: center;"><i>Tenho um pedido: estou coletando feedbacks sobre os meus textos. Então se você se sente confortável em dizer o que sentiu deste ou dos outros escritos, por favor, comente!</i></p><p><span><span></span></span></p><p style="text-align: center;"><i>Muito obrigado.</i></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-23517677924487091662021-09-19T11:53:00.001-03:002021-09-19T11:53:49.682-03:00O Que Nos Cabe<p><span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><a href="https://d2r9epyceweg5n.cloudfront.net/stores/077/046/products/98574660_3074887505937427_6280317951505596416_n1-fb778c856a4c7e80a815899829755865-640-0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="483" data-original-width="640" height="302" src="https://d2r9epyceweg5n.cloudfront.net/stores/077/046/products/98574660_3074887505937427_6280317951505596416_n1-fb778c856a4c7e80a815899829755865-640-0.jpg" width="400" /></a></span></div><span><br /> </span><p></p><p><span><br /></span></p><p><span> As pessoas eventualmente falharão conosco. É inevitável. E essa falha vai doer na gente, talvez vá doer nelas também. Causará ansiedade, desânimo, até mesmo a perda do senso de propósito em dada relação.</span><br /></p><p><span><b>Pra quê que sigo insistindo aqui?</b></span></p><p><b> </b>Talvez, seja porque você se importa. Seja numa relação no trabalho, com amigos ou aquele <i>alguém especial</i> (me sentindo muito engraçado agora), você percebe que pode tirar muito valor dessa relação, e que a pessoa ou pessoas que você busca construir laços também podem tirar algo do que você tem a oferecer. E, ao falharem com você, é como se elas tivessem atacando a sua boa vontade e disposição em se oferecer à elas, afinal, é um sentimento tão genuíno, sincero, proativo. Por que fariam algo assim?? Porra, é um sentimento tão bom.<br /></p><p><b>Só que não acredito muito nisso, não. Pra mim, somos um pouco mais cruéis que isso. Egoístas. Pra mim, não somos tão altruístas assim.</b></p><p> Fora nos momentos em que somos tomados pela droga mais poderosa do mundo -- o amor -- eu acho realmente difícil se importar genuinamente quando falhamos com alguém. Mesmo quando o Deus-Sociedade nos obriga com sua força onipresente a nos importarmos com os outros, é mais pela coerção social do que por nós mesmos que praticamos o se importar. O motivo tá simplesmente na nossa gana, nosso ímpeto eu buscar satisfazer as nossas necessidades, a vida é uma constante busca por esta reparação. E quando a nossa expectativa de ter a recompensa não se paga, bom, é normal nos sentirmos frustrados. Não é um valor adquirido, mas um sentimento genuíno. A onda que a gente sente quando o que necessitamos dá certo é dopamina pura. Puro <i>ahegao.</i> </p><p><b>Mas, novamente, não acredito muito nisso também, não. Nos importamos somente com o que sentimos, sem qualquer consideração pelo outro. Mas o Egoísmo não é o único traficante que te dá o barato que cê precisa.</b></p><p><span> Sinceramente não sei te dizer em que medida isso é uma programação do Deus-Sociedade. Ou mesmo se é uma necessidade que ficou engendrada em nossos genes desde a época do homem das cavernas, como a ciência norte americana adora postular. Mas a real é que a gente só curte ser útil. E de alguma forma, acertar com os outros satisfaz nossa própria busca por prazer. É por isso que é legal ajudar alguém. Ver que alguém se abriu com você, ou confia na sua presença. Que alguém te admira por aquilo que te define como único com relação ao resto do mundo que vocês acessam. Quando tiramos nosso próprio valor do ter valor para quem nos importamos, satisfazemos não só o altruísmo inerente ao que aprendemos ser bom e recompensador, mas também ao egoísmo sádico que nos faz virar os olhinhos de prazer. </span> Em contrapartida, você deve entender o que é o amargor na boca quando falhamos com as pessoas para as quais queremos ser úteis, das quais precisamos contorcer para ficarmos bem. Não tem outro nome, não tem conceito,</p><p><b>É culpa.</b></p><p>Nós nunca somente falhamos em fazer algo. Falhamos também com as pessoas que contavam conosco. E conosco, uma vez que ao contrário dos elogios e glórias advindos do nossa solidariedade, recebemos pesar, chateação, resignação, traindo nosso prospecto de satisfação egocêntrica por não termos sido suficientes. Naturalmente, como a boa teoria psicológica ensina, à nós cabe, primeiramente, aceitar. Ficarmos confortáveis com a ideia de que nem sempre faremos o melhor. Às vezes, você vai querer machucar alguém, e vão querer te machucar também. Às vezes, mesmo você querendo se curtir e curtir o momento, você vai ferir alguém. E será ferido também, muitas vezes pelos motivos mais idiotas. O que não é necessariamente sua culpa, mas também, se você não se resolver, cara,</p><p><b>Quem é que vai?</b></p><p>O que nos cabe é justamente reconhecer que nós como indivíduos falharemos perante o Deus-Sociedade e seu rebanho, e também entender que não importa muito quem é que esquentou essa batata, se a música acabou e ela caiu na sua mão, ela é sua pra cuidar. E talvez seja interessante pensar em formas de mitigar a dor da queimadura. Tanto pra você, quanto pros outros.</p><p><br /></p><p style="text-align: center;">---</p><p style="text-align: center;"><i>Tenho um pedido: estou coletando feedbacks sobre os meus textos. Então se você se sente confortável em dizer o que sentiu deste ou dos outros escritos, por favor, comente!</i></p><p><span><span></span></span></p><p style="text-align: center;"><i>Muito obrigado.</i></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-14366752100482253632021-09-17T00:20:00.000-03:002021-09-17T00:20:14.704-03:00Inferno.<p><span><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.expressandstar.com/resizer/u_fv9Pa0GAMYhJZ6o-9--RkU9AY=/1200x0/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/mna/I4AUV37ZABCYHIGCNCFM2AKSQU.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://www.expressandstar.com/resizer/u_fv9Pa0GAMYhJZ6o-9--RkU9AY=/1200x0/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/mna/I4AUV37ZABCYHIGCNCFM2AKSQU.jpg" width="400" /></a></div><br /><span><br /></span><p></p><p><span><br /></span></p><p><span> </span><span> </span></p><p><span> </span><span> </span>Esse é o tipo de coisa que me leva ao extremo</p><p><span> </span><span> Que me dá vontade de correr de frente ao carro inevitável que vem de encontro ao meu ímpeto</span><br /></p><p><span><span> </span><span> Tamanha a raiva que me faz sentir</span></span></p><p><span> </span><span> </span>Tamanho é o inferno que me faz sofrer</p><p><span><span><span> </span><span> </span>Mas, Divina é a memória em nossos corações</span><br /></span></p><p><span><span><span> </span><span> O acaso da morte, o milagre da fé</span><br /></span></span></p><p><span><span><span><span> </span><span> A garra à vida, a constante angústia</span><br /></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span> </span><span> E só me é preciso um instante</span><br /></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><br /></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span> </span><span> Eu daria minha vida por você</span><br /></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Mas não posso abrir mão dela tão facilmente assim</span><br /></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Não pela sua ira</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Não pelos seus erros</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> O que esse inferno faria com você?</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> O que meu sacrifício diria de mim?</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> De você não sobraria nada</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Eu seria somente um desertor</span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Daquilo que me é mais precioso</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Por isso nos meus olhos se encontram a serenidade de quem daria a vida por você</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span> </span><span> Mas simplesmente não vai.</span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><span><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></p><p style="text-align: center;">---</p><p style="text-align: center;"><i>Tenho um pedido: estou coletando feedbacks sobre os meus textos. Então se você se sente confortável em dizer o que sentiu deste ou dos outros escritos, por favor, comente!</i></p><p><span><span></span></span></p><p style="text-align: center;"><i>Muito obrigado.</i></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-7795015276712579812021-09-12T15:09:00.001-03:002021-09-12T15:09:21.699-03:00Agora Eu Sei.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i2.wp.com/ytimg.googleusercontent.com/vi/zRHRTnzdu5Q/hqdefault.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="360" src="https://i2.wp.com/ytimg.googleusercontent.com/vi/zRHRTnzdu5Q/hqdefault.jpg" width="480" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p>Agora convivendo com as duas maiores pandemias da atualidade, acordei para uma nova percepção. Às vezes achar que sabe pode parecer suficiente, mas nada é mais valioso do que o saber. E na minha mente eu achava que sabia várias coisas. Eu achava que sabia o que o outro estava pensando, fazendo, achando de mim e dos outros. Achava que sabia lidar com a tragédia, caso ela ocorresse. E que sabia como me sinto. E numa viagem sem fim pelos universos paralelos, todos resultados dos meus múltiplos "e se...", me vi perdido dentro da minha própria cabeça. O mais preocupante:</p><p><b>Dentro da minha própria ignorância.</b></p><p>Acho graça do tolo que diz "ignorância é uma benção". E gostaria de falar dele mesmo, o mais famoso de todos, para ilustrar meu ponto: O El cananeu, e o Yavéh, dos semitas -- Deus. Particularmente, apesar de interessado, não sou stan Dele. Mas quem é, por exemplo, não é agraciado por ele por não saber de que ele existe, e que age na vida de todos que creem ou não. É justamente por saberem que são abençoados. Como eles sabem? Ah minha amiga, meu amigo,</p><p><b>Vai saber!</b></p><p>O que quis dizer com isso é que é justamente sabendo que podemos aceitar as coisas, ficando então em paz com sua constatação na existência. Foi sabendo que parti feliz de seus braços. E foi ponderando que quis voltar. Foi perdido em condicionais que nunca mais pude conversar com você. Mas foi vivendo o que aconteceria que pudemos dizer um "te conto depois sim" com gostinho de "até nunca mais". Foi vivendo na ignorância que me prendi num mundo onde só estava ao meu alcance aquilo que podia desenhar, foi supondo que me prendi. Mas agora, o mundo certamente está cheio de esperança. Pois agora, </p><p><b>Agora eu sei.</b> </p><p style="text-align: center;">---</p><p style="text-align: center;"><i>Tenho um pedido: estou coletando feedbacks sobre os meus textos. Então se você se sente confortável em dizer o que sentiu deste ou dos outros escritos, por favor, comente!</i></p><p style="text-align: center;"><i>Muito obrigado.</i></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-50686944518860356742021-09-05T03:35:00.002-03:002021-09-05T03:41:26.849-03:00O Vinte e Oito<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://cdp.azureedge.net/products-private/prod/1b432459-25c3-430e-8fca-c9c3fd7c820c/6ced42ee-ded2-476b-bb77-aab70134163c/00000000-0000-0000-0000-000000000000/5db5d33d-ad7f-458c-bee6-a66c00e3aadb/31ba647b-6e29-4582-b498-ad970140f19a/6000000001_480px.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="233" data-original-width="480" height="233" src="https://cdp.azureedge.net/products-private/prod/1b432459-25c3-430e-8fca-c9c3fd7c820c/6ced42ee-ded2-476b-bb77-aab70134163c/00000000-0000-0000-0000-000000000000/5db5d33d-ad7f-458c-bee6-a66c00e3aadb/31ba647b-6e29-4582-b498-ad970140f19a/6000000001_480px.jpg" width="480" /></a></div><br /> <p></p><p><b><br /></b></p><p><b>Não sou muito de acreditar no Céu. Mas não tem um inferno do qual eu duvide.</b></p><p><b><br /></b></p><p><span> </span>Escrevi essa frase ali há um mês atrás, mais ou menos, pois foi o dia em que começou o meu inferno astral. Não acredito em signos. Não acho que sou regido por estrelas mortas. Mas eu nunca vou ter a coragem de duvidar do inferno. E posso até peitar o demônio, mas nunca vou duvidar de sua maldade. Se você é brasileiro, sabe bem aonde nos leva duvidar da perversão alheia. Não acreditar no melhor, no bem me garantiu ficar mais um ano aqui. E por mais que este seja um caminho interessante para se abordar, vim falar de outra coisa: Do inferno em si.</p><p><span> Tem sido um mês horrível, um pouco mais de um mês de azar na verdade. E passei por todos os sofrimentos que você pode imaginar, isso sem contar as doenças e acidentes que tive ao longo desses 40 dias. Dormir foi um inferno, trabalhar foi um inferno, cair foi um inferno, levantar também. Ser eu foi um inferno, pois eu não acertei uma o mês todo. Fui insuficiente, infantil, egoísta, tomei por certo o que não devia ter tomado, regredi em comportamentos que já haviam sigo expurgados-- escrever às 3 da manhã apesar de super nostálgico e jovem, é uma das últimas coisas que eu queria pra minha vida agora -- e, pra quem prometeu destruir tudo que não podia ser curado,</span><br /></p><p><span><b>BICHO!!!</b></span></p><p>eu to só a Miley Cyrus. E ontem especialmente, puta merda, tudo que podia dar errado, deu. </p><p><br /></p><p><span> Ainda assim, mesmo começando meus 28 com os 2 pês esquerdos, acho que nunca me senti tão bem. Ao aceitar o que aconteceu, o que fiz, sem pesar pra cima ou pra baixo as coisas, só me resta acolher e seguir em frente. Ao olhar pra trás, percebo que boa parte do que plantei nos últimos anos foi queimado pelo fogo das minhas próprias incertezas, raivas, tristezas, desesperos. Mas, felizmente, nem toda planta queimou. Muitas dão frutos até hoje. E até mesmo consigo perceber brotinhos surgindo do chão ferido, trazendo vida nova pra uma plantação que já viu dias melhores. </span>Vai ver é a sina da castanheira nascida no cerrado, </p><p><b>precisa de pegar fogo pra florescer.</b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-76163414634576792082021-08-31T21:48:00.002-03:002021-09-28T00:19:00.353-03:00A retratação de Birgitta Lundblad<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://i.pinimg.com/564x/ae/41/cd/ae41cd5bf65c4e3f81b401dcd245fec2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" height="375" src="https://i.pinimg.com/564x/ae/41/cd/ae41cd5bf65c4e3f81b401dcd245fec2.jpg" width="500" /></a></div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Como eu não sei<div>Você acabou comigo</div><div>Me partiu o coração</div><div>Eu te salvei da morte</div><div>E você me matou em retribuição</div><div><br /></div><div>Eu realmente não sei</div><div>Mas de alguma forma juntei</div><div>Todo o amor que tive e te dei</div><div>Enquanto você em noites quentes</div><div>Metropolitanas</div><div>Se mostrava distante e ciente</div><div>Uraniana</div><div>De meu humor fez algo cative</div><div>E só posso esperar que cultive</div><div>De natureza obediente e crente</div><div>Aquilo que sempre contive</div><div>Profana</div><div><br /></div><div>Ainda que se mostre inútil</div><div>É cabida a retratação</div><div>Pois maior que o meu antigo obrigado</div><div>Se mostra o quanto eu me sinto obrigado</div><div>A retirar qualquer gratidão</div><div>Que já lhe dediquei em tom gentil</div><div><br /></div>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-19933260412954483432021-08-29T21:23:00.000-03:002021-08-29T21:23:41.193-03:00Até O Pescoço<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://static.wixstatic.com/media/664333_6bee668c121f4f4bb725023b85a78647.jpg/v1/fill/w_800,h_600,al_c,q_90/664333_6bee668c121f4f4bb725023b85a78647.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="300" src="https://static.wixstatic.com/media/664333_6bee668c121f4f4bb725023b85a78647.jpg/v1/fill/w_800,h_600,al_c,q_90/664333_6bee668c121f4f4bb725023b85a78647.jpg" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p>O que mais podemos fazer?? Nós não podemos achar nossa situação ruim, não podemos ter raiva, não podemos ficar tristes. Muito menos ficar revoltados com os outros. Não podemos dizer não. Mas não podemos agradar todo mundo também. Não podemos ser alheios às necessidades das pessoas ao nosso redor, não podemos julgar antes de conhecer, não podemos reagir explosivamente também, pois isso é um indicativo do quão despreparados e instáveis podemos ser para os outros. Não podemos ter o que queremos, nem o que precisamos. Não podemos esperar, muito menos não esperar. Não podemos comprar carne. Não podemos sair de casa, mas não podemos mais pagar o aluguel também. Não podemos não ter calma. E não podemos ter uma sexta pra encher a cara na internet. Não podemos ter finais de semana, nem um dia de descanso. Não podemos ter nosso próprio espaço. Não podemos não ceder. E a gente não pode desistir nunca. Nunca.</p><p><b>E ai eu te pergunto:</b></p><p>Como esperam que a gente continue vivendo com esse tanto de "não podemos" até o pescoço?? Eu sei lá a resposta, e francamente não poderia ligar menos pra ela. Afinal, se tem uma coisa que a gente não pode nunca fazer,</p><p><br /></p><p><b>É perder a cabeça.</b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-46257529134075900912021-07-28T22:32:00.000-03:002021-07-28T22:32:12.909-03:00Como me sinto sobre você parte 3:<p><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><a href="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/57f554b8c534a5277651c5ff/1504029861873-P32CB1CKK3M9FZ23IRO4/ke17ZwdGBToddI8pDm48kIhrCi-OR0tjWrGmEo6UW51Zw-zPPgdn4jUwVcJE1ZvWQUxwkmyExglNqGp0IvTJZamWLI2zvYWH8K3-s_4yszcp2ryTI0HqTOaaUohrI8PIJoJLSvVo4FUNDjaxjXwIoObuaWYombIBS_Xq0ssyFosKMshLAGzx4R3EDFOm1kBS/16016d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="677" data-original-width="800" height="271" src="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/57f554b8c534a5277651c5ff/1504029861873-P32CB1CKK3M9FZ23IRO4/ke17ZwdGBToddI8pDm48kIhrCi-OR0tjWrGmEo6UW51Zw-zPPgdn4jUwVcJE1ZvWQUxwkmyExglNqGp0IvTJZamWLI2zvYWH8K3-s_4yszcp2ryTI0HqTOaaUohrI8PIJoJLSvVo4FUNDjaxjXwIoObuaWYombIBS_Xq0ssyFosKMshLAGzx4R3EDFOm1kBS/16016d.jpg" width="320" /></a></b></div><b><br /> </b><p></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p><p><b>Basicamente, pesar.</b></p><p><b><br /></b></p><p>Porra, o que aconteceu sabe? Ninguém era melhor que a gente. Quem te entendia melhor que eu? Quem me entendia melhor que você? Como a gente se perdeu?</p><p><b>Eu tenho todas as respostas</b></p><p>Mas ainda assim, é meio difícil acreditar nelas, sabe? Ontem mesmo eu tava ruminando sobre esse luto e como nesse caminho até a aceitação eu sou só raiva. E tristeza. Eu não sei porque você mentiu pra mim, realmente não sei. Não sei o que você ganharia com isso também. Eu realmente achei que a gente sentia o mesmo um para com o outro. Amizade, parceria. Gostar de estar perto.</p><p><b>Amor</b></p><p>E é por isso que não consegui entender o porquê você deixou de me procurar. Eu te procurava. E você procurava todo mundo. O que será que fiz de menos?? Quem fez por você mais do que eu fiz?? Não importa. Nada disso importa nem nunca importou porque a gente antes de ter consideração sempre teve uma relação. Agora nem sei se isso importa mais, afinal,</p><p><b>Você já partiu daqui.</b></p><p>Mas eu ainda to aqui. E meu mundo está repleto de fantasmas seus caminhando pelos corredores, me olhando de relance enquanto sai da sala para cozinha. Enquanto eu volto pro meu quarto. E tudo aquilo que a gente teve parece um sonho desperdiçado. Tudo aquilo que a gente não teve é gosto de ferro. Tudo aquilo que a gente poderia ter</p><p><b>É um choro que eu guardo comigo pois tenho medo de não conseguir segurar caso o solte um dia.</b></p><p>Um dia, num velório, o corpo de um pai esperava a hora de sucumbir à terra. Aos pés do caixão, sua filha esperneava incrédula, chorava um grito de quem parecia estar sendo cortada ali mesmo. O padre em serviço, ao testemunhar a cena, dirigiu todo seu discurso para essa filha. E a disse como o desespero perante um morto nada mais é do que o remorso pela palavra não dita. Do perdão não concedido e recebido. Eu a olhava com certo desgosto na época -- pelo menos mostre respeito pelo seu pai. -- Mas hoje me vejo nela. Remoído e desesperado. Inconsolável.</p><p><b>Chiliquento.</b></p><p>Chega a ser engraçado né?! Puta merda... Como odeio passar por isso. Você é tão importante pra mim e agora nunca mais. Cê tava ali ontem. E hoje? Só sua sombra. Seu vulto. E a lembrança do último tchau que você me deu. Quem diria né? Foi só você partir que eu nunca mais te vi de novo. Eu não sabia que sentiria tanto a sua falta assim. Mas também,</p><p><b>Do que adianta agora?</b></p><p><b><br /></b></p><p><b><br /></b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-83711078664201567752021-06-27T21:31:00.000-03:002021-06-27T21:31:02.897-03:00O CHEIRO DO RABO DELA<p> <span> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span><a href="https://i.pinimg.com/originals/9c/82/28/9c82281f4b9ea3654e71808cccb7e3de.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="739" data-original-width="480" height="320" src="https://i.pinimg.com/originals/9c/82/28/9c82281f4b9ea3654e71808cccb7e3de.jpg" width="208" /></a></span></div><span><br /></span><p></p><p><span><br /></span></p><p><span><br /></span></p><p><span>Geralmente é pela manhã. Logo depois que eu volto das minhas obrigações. Digo bom dia, seguido da mesma pergunta de sempre</span></p><p><span> <b>E aí, cê tá boa?</b><br /></span></p><p><span>Ela me responde e pergunta o mesmo, por pura educação. A gente não é próximo, sabe? Mas ela sempre sabe dizer se eu tô bem ou não pelo jeito que a respondo. Nem sempre sei dizer como que ela tá e isso deixa a nossa dinâmica bem clara: Eu tô sempre disposto a compartilhar mais coisas do que ela. E tá tudo bem, pois quando não estou muito egoísta pra me importar com os outros, estou muito conformado em não ser a pessoa que os outros ao meu redor procuram para desabafar. Não seremos muito mais do que já somos, nem saberemos mais do que já sabemos um do outro. E por mim tá tudo bem, até porque ninguém no mundo pode me tirar</span></p><p><span><b>o cheiro que o rabo dela tem.</b><br /><br /><span> Posso me lembrar como se TIVESSE ACABADO DE ACONTECER. O cheiro fresco, direto da fonte. Pungente. Saudável. Não como um soco na fuça, mas como um empurrão na parede, seguido de um beijo. Pura luxúria, direto da fonte. Ela não me tem, nem nunca vai me ter. Mas se me quisesse me teria. Sempre que quisesse meter. E ela teve todas as chances de não me deixar saber, de não me apresentar o cheiro do rabo dela. Eu sei qual é o meu lugar, e sair dele eu nunca o faria. Nunca o fiz! Mas se eu sei algo tão pessoal como o cheiro do cu dela,</span><br /></span></p><p><b>foi porque ela quis.</b></p><p><span><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span>---</span></p><p style="text-align: center;">Muito bom poder escrever um texto sobre o mesmo assunto não só do meu poema brasileiro favorito, como também do tema de um bom filme nacional.</p><p style="text-align: center;"><b><i>O Deathecator é um espaço de exploração e escrita. Considere deixar um comentário para que possamos continuar a discussão a partir das suas considerações e impressões. Certamente será algo do qual eu encontrarei bastante valor, e espero que você que está lendo sinta-se assim também.</i></b></p><p style="text-align: left;"><b>FALOU!</b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2899843697827617552.post-89258305350325064972021-06-24T23:11:00.002-03:002021-06-24T23:11:32.865-03:00Mani Gavossi<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://scontent-gig2-1.xx.fbcdn.net/v/t1.6435-9/67184451_2210849622539548_3757968050377195520_n.jpg?_nc_cat=103&ccb=1-3&_nc_sid=730e14&_nc_eui2=AeG0Y0Q3DyVedjp20VcIfjaoG6UB09kGuXcbpQHT2Qa5d48fQ0wTDl02-dhdN85TQWtm5EBQxhwww_0O3YY-hx3b&_nc_ohc=5MfzwQmjNY8AX-w_GZs&_nc_ht=scontent-gig2-1.xx&oh=3d69420001ca050938525808c3fa9765&oe=60DAA170" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="213" src="https://scontent-gig2-1.xx.fbcdn.net/v/t1.6435-9/67184451_2210849622539548_3757968050377195520_n.jpg?_nc_cat=103&ccb=1-3&_nc_sid=730e14&_nc_eui2=AeG0Y0Q3DyVedjp20VcIfjaoG6UB09kGuXcbpQHT2Qa5d48fQ0wTDl02-dhdN85TQWtm5EBQxhwww_0O3YY-hx3b&_nc_ohc=5MfzwQmjNY8AX-w_GZs&_nc_ht=scontent-gig2-1.xx&oh=3d69420001ca050938525808c3fa9765&oe=60DAA170" width="320" /></a></div><i> </i><p></p><p><i><br /></i></p><p><i>Oi ***, tudo certinho? Então... A gente não se falou desde aquele dia e... Bom, queria saber como você tá. Cê tá bem? Como tá no projeto novo que cê ia fazer? Desculpa... É que você sabe como são as coisas né? Eu tava aqui do meu lado do universo tentando tocar a vida pra frente, fazer coisas novas, conhecer novas pessoas, me apaixonar de novo. Por quê não? Mas aí eu vi você na lista de pessoas que viam meus stories, e eu sentia muito a sua falta. Acho que nunca parei de sentir a sua falta, mesmo quando eu tava certo de que eu não queria mais te ver, nem falar com você. Nem ali eu deixei de sentir a sua falta. Cê se sente assim também? Eu tenho pensado muito no que eu to sentindo. Obviamente to muito cansado, né. Não são tempos fáceis pra ninguém. Ultimamente tem sido mais difícil e eu tenho buscado pensar no porquê. Acho que é porque sinto sua falta. Mesmo com tudo que a gente passou, eu era feliz ao seu lado e meio que sabia. Assim, acho que deixei você subir à cabeça também, entende? É meio idiota pensar que sem você eu não teria a coragem de te deixar, enfim... Eu tomei toda a coragem de te mandar esse áudio pra saber se você já tá com um outro alguém... Se sim, eu perguntaria como ele é -- mas sem a menor vontade de saber e com o coração completamente em pedaços. Se não, eu perguntaria se você gostaria de sair pra conversar comigo. Acho que não foi legal o jeito que a gente terminou as coisas e também acho que por mensagem a gente não passa tudo o que quer dizer. Mas ai também, isso seria justo com você? Eu sei que cê tem dado o seu melhor pra superar também. Será que eu voltar ia ser bom? Ou ia criar mais nóia na sua cabeça? Não quero isso pra você, também não quero que você se lembre de mim assim... Enfim, eu claramente to pensando mais em mim do que você e mesmo achando isso justo e digno, não acho correto te trazer pra confusão na qual eu me coloquei agora. Argh! Cê deve estar me achando um tanto quanto louquinha. Estaria, se eu eu apertasse o enviar. Adeus, nenen...</i></p><p><i><br /></i></p><p style="text-align: center;">---</p><p style="text-align: center;">Hoje eu não tava nem um pouco afim de escrever. Mas to fazendo o #100DaysOfWriting e não tem pra onde fugir, comecei a pensar no filme de quarentener da Moni Govassi e é isso. Foi bom ter conseguido me divertir.</p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: left;"><b>FALOU!<br /></b></p>[~] Sensei►http://www.blogger.com/profile/17693617786258270228noreply@blogger.com0