segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Desmagificação
Aqui de onde falo, o mundo ficou cinza. Ninguém morreu. Quer dizer, fora os negros assassinados pela polícia; as esposas pelos maridos; os gays pelos intolerantes e os pobres pela fome e marginalização provocada pelo Capital, ninguém morreu.
Preocupação social pra descontrair (risos).
Mas houve morte, ainda que de um sentimento ou emoção ou elemento religioso, depende do que você entende por esperança. Andando sobre a ponte e enquanto via a maravilha dessa estrada, dos carros passando por entre estes prédios de 200 anos de idade me vi na necessidade de buscar o que é certo, o que faz bem. De me purificar das coisas que me impediam de seguir em frente.
Tentei, talvez fui com muita sade ao pote. Mas tava feliz, tava mudando, negando os hábitos que me faziam vazio. Que me faziam sozinho no mundo. Lidei com meus demônios todos, com o medo, com a irresponsabilidade, com a imaturidade, ganância e mimos e orgulho. Me livrei deles, mas me custou um preço, claro. Todas as meninas que me buscavam voltavam vazias, desamparadas. E quem já teve da fruta sabe que é gostoso, que é difícil dizer não.
Tentei, mas tentei errado. Eu não era pra ela o que ela era pra mim.
Tentei, fiz tudo certo, mas deu errado. Ela não tava pronta pra mim.
Tentei, fiz tudo certo, mas deu errado. Ela me afastou. Emputeci.
Agora vejo tudo em 2D, pessoas são vetores e as coisas são... coisas. Isso não mudou muito. A não ser que elas estejam em movimento, daí são vetores também. E o encanto da tentativa e da esperança sumiu. Da graça sumiu. De graça, parece. Me livrei das correntes, estou solto. Estou desesperado que nem animal ferido. Só reajo, só ataco. Nada mais.
Veja mas não responda: a maior preocupação dx jovem adultx de 2014.
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