sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Inferno.





     

        Esse é o tipo de coisa que me leva ao extremo

        Que me dá vontade de correr de frente ao carro inevitável que vem de encontro ao meu ímpeto

        Tamanha a raiva que me faz sentir

        Tamanho é o inferno que me faz sofrer

        Mas, Divina é a memória em nossos corações

        O acaso da morte, o milagre da fé

        A garra à vida, a constante angústia

        E só me é preciso um instante


        Eu daria minha vida por você

        Mas não posso abrir mão dela tão facilmente assim

        Não pela sua ira

        Não pelos seus erros

        O que esse inferno faria com você?

        O que meu sacrifício diria de mim?

        De você não sobraria nada

        Eu seria somente um desertor

        Daquilo que me é mais precioso

        Por isso nos meus olhos se encontram a serenidade de quem daria a vida por você

        Mas simplesmente não vai.


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Muito obrigado.

domingo, 12 de setembro de 2021

Agora Eu Sei.




Agora convivendo com as duas maiores pandemias da atualidade, acordei para uma nova percepção. Às vezes achar que sabe pode parecer suficiente, mas nada é mais valioso do que o saber. E na minha mente eu achava que sabia várias coisas. Eu achava que sabia o que o outro estava pensando, fazendo, achando de mim e dos outros. Achava que sabia lidar com a tragédia, caso ela ocorresse. E que sabia como me sinto. E numa viagem sem fim pelos universos paralelos, todos resultados dos meus múltiplos "e se...", me vi perdido dentro da minha própria cabeça. O mais preocupante:

Dentro da minha própria ignorância.

Acho graça do tolo que diz "ignorância é uma benção". E gostaria de falar dele mesmo, o mais famoso de todos, para ilustrar meu ponto: O El cananeu, e o Yavéh, dos semitas -- Deus. Particularmente, apesar de interessado, não sou stan Dele. Mas quem é, por exemplo, não é agraciado por ele por não saber de que ele existe, e que age na vida de todos que creem ou não. É justamente por saberem que são abençoados. Como eles sabem? Ah minha amiga, meu amigo,

Vai saber!

O que quis dizer com isso é que é justamente sabendo que podemos aceitar as coisas, ficando então em paz com sua constatação na existência. Foi sabendo que parti feliz de seus braços. E foi ponderando que quis voltar. Foi perdido em condicionais que nunca mais pude conversar com você. Mas foi vivendo o que aconteceria que pudemos dizer um "te conto depois sim" com gostinho de "até nunca mais". Foi vivendo na ignorância que me prendi num mundo onde só estava ao meu alcance aquilo que podia desenhar, foi supondo que me prendi. Mas agora, o mundo certamente está cheio de esperança. Pois agora, 

Agora eu sei. 

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