terça-feira, 29 de julho de 2014
Does it really??
You know, we all talk bout it. Now it's my turn. I'm looking for it. But it's not like I don't have it, cause I do. But I - and everybody else - need it in all different ways, all sorts of. If you read this crappy blog you already should know what it is. Anyway, what I'm trying to point out is: does it exist? Not talking here about it in a way you get by the people you live and have a true bond, a concret bond, reguardless time and space. I'm talking bout it in a way Led Zeppilin sings in every song, the one me and my depressed friends use to create beautiful (in their cases) peaces of art. Even if I'm not sure if we use it itself, the willing for it or fall in it, or just the lack of it.
I'm talking bout it cause it's so hard for me to see it. Even to feel it. Not just in my life, but in other's lifes as well. There's war every single day, people killing each other in every way this verb reaches. Where is it? does it really exist?? Cause we have day and night, in which the day is for others and the night is for ourselves. During the day, we don't give it easy, we don't show it, we don't feel it. It's all about me, when it should be about others. But we don't have this problem when the night comes. During the night we have plane conscience that the night is ours, and we seek the heat it gives us everywhere: tv series, movies, music, books, friends, girls and such. At least we're not that out of role during the night. But the same problem that happens during the day repeats here: people won't show it to you. Just that, nothing else. It's like the world is hiding possibilites for you to be happy and at the same time you're hiding possibilites for the world to be happy as well. Why we do that? Is it the same of santa claus?? Is it just a creation of our minds to live confortable till we die?? And even so, why can't I have it? Why can't you have it? It's not like I'm looking for the truth of all...
And my question goes on: does it exist? Really??
domingo, 29 de junho de 2014
Do medo da descoberta do encanto
É essa a sensação que as pessoas sentem quando veem o mundo? Velho, isso é o bicho! É que eu acostumei a ficar no meu construto imaginado onde acabei por construir um deserto onde hologramas das minhas relações com as pessoas se mostram através de luz sólida ou algo assim. Algo que vai embora caso tente me agarrar de verdade. Sempre tive mais medo que força de vontade. Sempre tive mais raiva do que tudo no espectro, mas entre medo e força de vontade, sempre tive mais medo. De qualquer forma, a soma disso ainda resulta em esperança.
De qualquer forma - novamente - o que quero dizer é que fui tolo, assim como os idealistas de quem gosto, em pensar que chegaria onde quero chegar só com a força do pensamento. Fiquei um ano lendo que o mundo é feito das coisas concretas, das relações concretas, de tudo que se expressa concretamente e realmente acredito nisso. Só fui meio muito idiota de não pensar que poderia transpor isso pra uma esfera diferente da qual estou acostumado a enxergar esta lógica. Eu li de novo, não tá confuso.
Que descoberta genial essa que tive. De genial não tem nada. É mais um genial que explica coisas ocultas, coisas que as pessoas enxergam e sabem inconscientemente como ocorrem e quais são as consequências delas, mas nunca colocaram o óculos certo pra percebe-las de fato. Um exemplo concreto do que quero dizer seria perfeito neste espaço do texto, mas não me recordo de nenhum: esse é o mau de viver no mundo das ideias. Os filósofos clássicos estavam cegos demais pra ver isso. Ou encantados demais com a descoberta.
Estou encantado com outra coisa. Encantado com o mundo, com o quanto posso tirar dele (e não de uma forma que os outros fiquem sem) para fazer o que quero, para crescer como eu quero. Era uma coisa que eu sabia lá no auge da minha espertice, aos quatorze anos de idade. Fui esquecendo disso até que tal sacação incrível tivesse escapado de vez da memória. Odeio quando as pessoas dizem "gratidão" pra fora, mas agora entendo o que se passava na cabeça dessa gente tosca.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Psicótica
A verdade é que eu queria fazer disso um desenho. Penso que um negócio mais ilustrado é capaz de traduzir, descrever toda a merda que a gente foi. Com você foi a mesma coisa que aconteceu com a Alice, ela tinha muitos problemas, muitas vergonhas e eu um entendimento metafísico-teórico perfeito de tudo. Nunca entendi os sinais durante todos estes três anos e pouco que eu passei "junto" com a Alice. Junto aqui significa uma ideia de proximidade emocional, até mesmo espiritual, mas sem o comprometimento espacial que a palavra implica. De qualquer forma, você foi muito parecida com a Alice nesse sentido de ter muitas emoções, muito orgulho e não saber manejar isso de forma satisfatória.
Fora isso, tinha essa luta ideológica sua que necessariamente implicava a você a postura de se mostrar completa sem mim. Isso restritamente nunca me incomodou. O que me incomodava eram as viradas de humor que você tinha de uma declaração pra outra... de um "vem me ver" para um "como eu sou idiota" por causa dessa sua identidade. Me incomodava mais ainda o fato de você não me falar as coisas, como se eu não fosse confiável. Como se eu não merecesse confiança. Você parece muito com a outra lá que durou um mês, também. Uma insistência em ficar junto - daquele jeito ali de cima - mas ao mesmo tempo com o pé atrás com medo de tudo acabar e sei lá! Tu ficar sozinha em cima da cama, entre paredes, vendo a vida acontecendo graças a necessidade das pessoas em mostrarem suas felicidades vazias em redes sociais.
Daí a era glacial chega pra gente e, em tese, seguimos nossas vidas. Mas o calor da cachaça fala mais alto e você vira aquele fantasma desagradável em toda conversa rasa que eu tenho com outras garotas, aquele fantasma que do nada aparece e assusta a menina principal, cujo o roteirista deixou viver somente para que ela ajudasse e fosse ajudada pelo menino principal... Mas aqui no nosso filme ela morre. E eu no desespero tento me agarrar em você, mas você não deixa e vou embora. E numa tentativa ridícula de me fazer querer voltar, debocha da minha cara.
Um filme muito querido por mim fala "quando a vida te der limões, você detona eles e cai fora" e foi isso que eu fiz. Tu não deves ter percebido, mas ali no início falei que fiquei três anos com Alice, que se parecia muito com você. Então, se por acaso você se perguntar por que eu não insisti com você, a resposta é que eu não te amo o suficiente pra te ajudar com isso. Na verdade eu nem sei se eu tenho saco pra isso. Mas essa questão da paciência é simplesmente falta de amor pra suportar toda a merda que vem com ficar contigo. Falta de amor completada com raiva.
Quando eu fizer o desenho disso vai ser muito mais legal.
sábado, 26 de abril de 2014
Hoje
Mas hoje não é dia de pensar nas desgraças da vida, nesse monte de gente de merda que inferniza a minha realidade e me deixam bravo e triste. Hoje não é dia disso. Como falei anteriormente, hoje é dia de celebração. Tenho que deixar minha família na casa da tia, pois hoje usarei o carro. Tenho um programa especial para você. Primeiro almoço com sua família e amigos. Só to levando cerveja e o presente que minha mãe comprou para ti. O almoço está ótimo, agradeça sua mãe por mim. Os relatos sobre as viagens à Europa, pontos históricos de Portugal e Alemanha nunca me cansam, adoro ouvi-los, mas não tanto quanto tanto como as histórias dos vasos que quebraste, dos lençóis que recortaste ou sei lá.... de ser a primeira garota de quatro anos de idade a sair pelada pela escolinha por não suportar a roupa suja de tinta. Depois de muita conversa e risada com seu povo, é hora de irmos para o museu. Que conveniente né? Logo hoje tem a programação que você gosta: música pós-grunge com batida eletrônica e um tom a mais de depressão e solidão, cinema antigo e exposições de coisas sem sentido concreto que deveriam trazer paz e ordem emocional para o turbilhão de anseios que levamos na alma. The Wombats é a trilha sonora dessa noite, mas o DJ não está tocando isso. A gente vive uma noite para ser lembrada por todo tempo que tivermos nessa vida. Afinal, hoje é dia de festa, comemoração. A noite acabou, mas hoje não. A longa festa neste ponto jovem e cheio de vida da cidade drenou por demais nossas energias, e portanto, devemos comer. Hoje seria perfeito para um subway, mas o certo é pizza, que por sinal hoje estava melhor do que nunca. De fato, hoje foi um dia singular, tudo foi arquitetado para ser bom para você, afinal, hoje é hoje. Mas hoje não acabou, pois eu tenho ainda meu presente para te entregar, e meu amor para oferecer. Até que enfim durmamos e o hoje se acabe.
Este hoje ainda pode acontecer. Mas somente para você.
domingo, 15 de dezembro de 2013
De Jesus Cristo à Luta.
Direto eu vejo altas músicas, textos, quadrinhos, filmes em que, desmagificadas, pessoas deixam de ver na religião - em especial, a cristã - uma fonte de consciência de humanidade, amor ou solidariedade. Mas é justo dizer que elas estão erradas? Ora, é bem possível conectar a Igreja Cristã às maiores atrocidades da história do ser humano: cruzadas, perseguições aos racionalistas da era medieval, colonialismo, nazismo e até mesmo o capitalismo e os Estados Unidos da América (eu considero esse último uma atrocidade tremendona.) têm fortes laços com a religião cristã. O cristianismo teve o dedo metido nos maiores atos de terrorismo da história, e é do direito de cada um achar que a fé nisso vale a pena ou não.
Os cristãos, em suma, também são altamente conservadores com relação à temas ligados à sexualidade. Sexo só deve ser praticado com um parceiro conjugal e com a única função de encher a Terra com criancinhas. Homossexualidade, sodomia, amor livre são coisas profanas para qualquer um que pregue em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A Bíblia, também, justifica a colonização dos povos e sua cultura, quanto também justifica a escravização e servidão. Por isto, os teóricos do socialismo, comunismo, anarquismo, ou seja, da esquerda política, costumam ser prontamente contrários à religião. Ao cristianismo, já que, sendo a religião hegemônica, este é quase sempre referência empírica quando estes teóricos abordam o tema.
Este texto propõe uma outra alternativa ao pensar o cristianismo. Querendo ou não, existem semelhanças práticas entre as correntes revolucionárias de esquerda e o cristianismo. Também não é possível uma correlação lá tão grande, uma vez que estas correntes políticas surgiram em um contexto um tanto diferente do contexto em que se deu o cristianismo, portanto, abordagens dos temas mais analíticos socialmente, como Estado, economia, política não poderão ser feitas sem ponderações que... eu realmente não tô afim de fazer agora. Me atenho aos temas citados acima, que são do espírto. Portanto, falarei brevemente das noções compartilhadas que as teorias revolucionárias de esquerda e o cristianismo possuem ao falar de humanidade, amor e solidariedade. Ao falar de cristianismo, me refiro aos Mandamentos, que são as regras da prática cristã, especialmente aos mandamentos referentes à relação dos indivíduos entre si¹. Não quero abordar a relação do indivíduo com o divino, pois este é um mérito que não cabe a mim abordar.
Estas teorias revolucionárias vêem a sociedade como um conjunto de indivíduos que podem sim conviver economicamente, politicamente, respeitosamente numa coletividade que não tenha a exploração e a opressão como bases fundadoras das relações sociais. Uma sociedade onde as pessoas tenham consciência social para não praticarem má fé - tal como os teóricos franceses da administração pública pensam este termo - uns com os outros. Um lugar onde todos sejam, socialmente, iguais. O cristianismo pensa a coletividade da mesma forma, ou seja, um conjunto de indivíduos engajados num bem maior que seja de bom grado para todos. Uma sociedade sem quaisquer tipos de segregação, onde as ações sejam em prol da própria felicidade, mas também em prol da felicidade do próximo.
Com relação ao amor, o que penso ser o tema que mais causa divergência entre estes sujeitos de concepção de mundo, compreendo que a Igreja, como instituição da representação espacial do cristianismo, não ajuda nem um fucking pouco. As diversas proibições aos corpos e às vontades sexuais já geraram os mais diversos tipos de confrontos, em todas as esferas sociais possíveis, onde de um lado está a Igreja gritando repressão aos LGBTTs, apoiadores do aborto, usuários de anticoncepcionais e sei lá mais o que. Isto, por mais que os cristãos não percebam com clareza, é um pecado. Um pecado que fere no cerne de toda orientação dada pelo próprio Deus à Moisés lá no topo da montanha. Esta parte do "ame o próximo como você ama a si mesmo" está mais explícita no quinto mandamento, "não matarás". Esse "não matarás" não é somente uma versão ano x a.C. do não mete bala no fulado ou nada de facada no bucho do colega, mas sim uma espécie de não desrespeite, não prejudique o próximo, ou mesmo - para usar o verbo - um não mate as vontades do próximo, não mate os desejos, as liberdades do próximo. Mais uma vez, similitudes entre as teorias revolucionárias e a religião cristã são evidenciadas.
Por último, a solidariedade. Esta, que é a base da relação de produção de todas as teorias revolucionárias, está no cristianismo também. Mas foi traduzida historicamente de uma maneira em que trai todo o ideal da prática cristã: caridade. Essa palavra não condiz em nada com os preceitos da cristandade, pois ela supõe desigualdade social entre pessoas e, para piorar, a legitima. Tal como o anarquismo, comunismo, socialismo, o cristianismo também quer que as pessoas desfrutem de uma vida confortável, porém igual para todos os vivos, e a ideia de ceder uma parte de suas posses para que o outro viva com menos miséria do que vivia antes, por um curto período de tempo, é simplesmente ir contra a igualdade social, contra a confortabilidade universal dos indivíduos. Mas, mais uma vez, assim como em alguns movimentos de esquerda, as coisas deram errado na hora de por em prática a doutrina cristã. É preciso ressaltar que a Igreja, e a Bíblia também, são ferramentas muito fortes de controle social e podemos ver que historicamente foram configuradas para atender à ações prejudiciais para os humanos, nem sempre aqueles crentes no Deus, no Jesus. E é aqui que o cristão deve agir, de maneira revolucionária, para colocar esta coletividade no caminho certo, de amor à Deus e também ao próximo. Desvinculada da ganância e poder historicamente adquiridos, e agir tal como a escritura manda.
Ó, eu escrevi isso aqui para mostra que é possível sim ser combativo, revolucionário, sem largar do caminho de Deus. Mas, claro, assim como ser um universitário que gosta de frequentar cinemas, esta merda é difícil de se fazer acontecer, pois é preciso muita vontade de fazer a linha torta - esta escrita pela própria mão do homem - se retificar. O que dá mais razão para o cristão ter uma posição de crítica dentro da sociedade e dentro da Igreja. Nem sempre é preciso dizer adeus a Deus para que se faça a revolução. Para que se acredite que as coisas também podem vir da terra, e não somente do céu.
FALOU! o/
__________________________________________
¹Os mandamentos referentes à comunhão são: honrar teu pai e tua mãe, não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho contra teu próximo, não cobiçarás, encontrados nos Dez Mandamentos dados à Moisés; e os mandamento encontrado em Mateus 22:39, "ame os outros como você ama a você mesmo", que como Jesus disse, de acordo com o evangelho, é, junto com "amar a Deus sobre todas as outras coisas" (MATEUS 22:37), base dos Dez Mandamentos.
domingo, 20 de outubro de 2013
O trânsito entre os mundos.
Do coração
As que transitam entre os mundos não conseguem ser bem sucedidas em nenhum. Por transitarem entre os mundos, quando a vida fica desconfortável, monótona em alguns casos, estas simplesmente vão embora. Mesmo assim, toda pessoa tem um lugar pra chamar de casa. Um lugar onde reconhece seu lugar no mundo. No caso dos indivíduos tratados aqui, nos mundos. No caso das que transitam entre os mundos, o problema é que o corpo pode estar num mundo, o coração no outro. A amargura de ser corpo sem coração, em que não se tem concretude sem sentimento; de ser coração sem corpo, onde se encontra notas, sorrisos, verbos, olhares que não podem ser. Isso é o necessário para que as pessoas do mundo vivam de forma alegre, usem o óculos verde. As que transitam entre os mundos, incapazes de ver tudo verde sem ter a dúvida de que existe azul no mundo, possuem a consciência de que nada é de uma coisa só para ser um, mas elas não podem ser um pois em cada mundo são um, que no final não conseguem se juntar.
Da mente
As que transitam entre os mundos não conseguem compactuar com nenhum. Multifacetadas como são, pensam o melhor das coisas com muito mais propriedade do que aquelas que, incapazes de transitarem entre os mundos, tentam cogitar. Essa dialética aponta para uma solução calcada e objetivando somente o real positivo. Mas é sabido - se tu não sabe por quem, ninguém liga - que as soluções para os problemas do mundo devem partir do próprio mundo. As que transitam entre os mundos não são de mundo algum. E se são, são de mais de um. Carregam mais de um mundo consigo. Estragam o acordo vigente e, avulsos às coisas dos mundos podem muito bem sair fora quando o seu intrometimento sair pela culatra. Quando não isso, quando decidem não interferir nas coisas dos mundos, conscientes de que, por serem capazes de transitar por aí, trazem consigo ideias impuras, caem no abismo verdadeiro. Estão largados na não-matéria, porém largados no vazio onde possui gravidade. Este vazio dotado de gravidade é proposital: ele serve para que as que transitam entre os mundos tenham ciência de sua queda e os forcem a querer voar, querer procurar um mundo com chão para parar a queda, para andar.
Do ser
As que transitam entre os mundos são, portanto, não aquelas que não conseguem se misturar. São capazes sim de fazer parte das coisas, interagir com os mais diversos mundos. Elas são as que não conseguem pertencer. As que, por fazerem parte dos mais diversos mundos, não conseguem tomar pra si um lugar só, que comparam sempre, porque veem demais. Estão demais nas realidades. De tanto pertencerem as coisas, não pertencem a nada. De tanto pertencerem aos outros, não pertencem a ninguém.
domingo, 15 de setembro de 2013
Geladeira
Abre.
-Cara, o que eu vou fazer mesmo? Tenho que ler esse livro, escrever sobre os Rituais, tem bacon, não posso jantar essa carne, vou tomar café, acho que vou fazer isso e depois vou ver TV, mas hoje nem deve estar passando um filme bom, eu gostava da outra TV, tem amedoim aqui, será que eu pego o queijo? Orkut falava sobre isso, cara, muita coisa pra fazer, acho que vou esperar essa grana chegar pra chamar essa mina e tal, muita grana né? Dava pra ir pra Goiânia, podia ir pra Pirenópolis ficar um final de semana por lá, beber naquela rua legal vendo o movimento passar,ah mas na real tava querendo aquela camiseta, e essa menina que volta de 2010 pra me atrapalhar, e ela? Salada de ontem não, cadê todo mundo? Cara a ideia do Mark Wahlberg, queria ter mais filme pra ver, e essa TV que não ajuda tô puto, por que você não lê .mkv, merda? Semana que vem tem mais dessa violência, fiquei impressionado, queria ver esse filme agora, mas se eu ver sozinho vão me encher o saco depois, nem quero, acho que vou pegar esse queijo com torrada, mas vai dar um trabalhão usar a frigideira, não vou lavar isso depois, tenho que lavar os sapatos, calças, ela gostou da foto, já sei: vou comer vendo O Homem Que Copiava até a galera chegar.
Fecha.
Abre.
Pega o leite.
Fecha.
FALOU!o/
sábado, 3 de agosto de 2013
O valor da referência e a validade do discurso.
Toda a vez que comunicamos ideias, posturas, achismos, devemos nos certificar que os interlocutores possuam o mesmo nível de comunicação. Que possuam os mesmos valores, cultura e erudição - conjunto que chamarei aqui de bagagem racional - para que se estabeleça uma ponte entre eles. Quando isso acontece, tudo flui com mais facilidade, não se perde tempo e energia com desconfianças. A conversa acontece.
Mas o problema é quando o background dos interlocutores são destoantes. Pois, no jogo de refutações e postulados, é preciso saber se o que é dito se sustenta por si. Isso parte de todos os lados da conversa. Mas, nesse bate-e-rebate sofista, a conversa se torna debate, e debate é disputa. Portanto, nesse pequeno texto quero revelar o que penso ser o how to não se ferrar num debate.
Primeiramente, é preciso ressaltar as naturezas de um debate. Ao meu ver, existem duas, bem simples. A primeira seria algo que quero chamar de debate de construção. Nessa modalidade de debate, as pessoas - que não necessariamente devem possuir uma bagagem racional distintas umas das outras - argumentam visando uma resolução sobre algo ou iluminação acerca da única coisa que a maioria, ou todos, discordam entre si. A segunda modalidade de debate seria o debate de desconstrução, o que estamos mais acostumados a ver ou procurar saber. Aqui, os participantes do debate não procuram, em primeira instância, promover algo em prol do consenso ou coisa assim, mas sim impor a força de seu discurso sobre o outro. Desconstruir o que o outro tem pra falar. É o tipo que se procura ver ou saber mais, pois é "briga"!
Existem diversas maneiras para desconstruir a argumentação dos outros: pode-se apelar para o emocional, fazendo com que a resposta à sua argumentação seja tomada por um viés que a corrompe; pode-se também se apossar de uma oratória carismática convincente o bastante para tomar a razão para si; e pode-se simplesmente apresentar lógica argumentativa mais convincente que a contraposta. As formas para executar uma destas? As mais diversas possíveis. Entretanto, para melhor explicação da construção do debate, é possível reunir as maneiras para desconstruir a argumentação dos outros em dois grandes grupos. O primeiro grande grupo para tal é o que chamo de desconstrução por destruição. Este tipo de desconstrução se apresenta no argumento que tem o propósito de acabar com seu contra-argumento, demoli-lo. Os meios para tal são aqueles mais ofensivos, que sempre partem da negação total à validade do argumento contraposto. Reconhecê-lo como infundado, jocoso, insuficiente são exemplos de como podemos destruir. Porém, nem sempre é viável se utilizar de uma abordagem destrutiva num debate, pois é bem provável que surja uma situação desagradável decorrente disto. Como alternativa, pode-se optar por outro grande grupo que incorpora a desconstrução do debate. E este seria a desconstrução por desmontagem. Este tipo de desconstrução, por mais que pareça mais sutil, tem as mesmas chances de funcionar que a desconstrução por destruição. pode-se imaginar este debate como dois planos de construtos, um em comparação ao outro, em que seus planejadores estão com o plano adversário, a fim de corrigir o que está errado no plano do outro tanto para demonstrar a inviabilidade do construto quanto para afirmar a superioridade do seu próprio construto. Fugindo um pouco da anedota, é quando se pega as teses opostas e as reformula, desmontando destas quaisquer partes argumentativas ou premissas, deixando estar ou colocando outras, com a finalidade de mostrar a insuficiência do argumento adversário.
Olha, agora eu vou terminar esse texto porque ele tá pra sair desde o meio do mês passado e se eu enrolar mais perderei a vontade de faze-lo.
Agora que já está explicada a natureza do debate, pode-se presumir três elementos básicos para não se ferrar num debate. Primeiro de tudo: seja confiante. Não adianta muito se mostrar completamente plausível no discurso mas se portar como se estivesse duvidando de si. Se nem o dono do discurso bota fé no que fala, quem mais iria faze-lo?! Segundo de tudo: pareça estar certo. Também não adianta estar confiante e falar coisas absurdas crente que está indo bem. É preciso estar - ou pelo menos parecer estar - coerente ao argumentar, e a verdade pouco importa se a mentira puder funcionar de forma saudável num plano filosófico (isso pode parecer maléfico, mas é só porque pessoas maléficas costumam parecer certas para convencer os outros da certeza moral de seus atos maléficos). E terceiro de tudo: sorte. Afinal, o adversário pode ser melhor que você. E é sempre bom ter sorte.
FALOU! O/
quinta-feira, 20 de junho de 2013
O Protesto
O protesto, é o que há de melhor na democracia, na indignação do povo perante o sistema que este está submetido. Parece que o passado chegou para ficar, os preços estão subindo, os banqueiros não sabem se as coisas vão melhorar. Mas o jovem não liga pra isso, ou por não possuir interesse no que foi último dragão que esse Brasil viu ou por nunca ter visto nos olhos do velho que já viu de tudo um opaco tenebroso, só de pensar na possibilidade deste terror nos visitar novamente.
Não, o jovem está mais interessado na revolução, na ação solidária para com seus semelhantes. Isso é passado também. Um passado marcado por bacias que trancavam sonhos de liberdade, só os soltando para o pós-morte. Um passado marcado por filosofia germânica e vermelho para todo lado.
Mas o jovem não sabe o que faz.
Protesto, revolução, manifestação não é somente juntar com os amigos e ir para espaços públicos populares. Revolução é luta, é saber o motivo das coisas, é ler entre as linhas turvas do jogo da dominação, é organização. Portanto, revolução é leitura, estudar sobre a situação do que se quer destruir ou salvar, estudar soluções para os problemas que se enfrenta para vencer.
Aqui em Brasília isso não aconteceu
Pelo contrário, corações melancólicos se aproveitaram da situação político-econômica do Brasil e do mundo para, numa tentativa imbecil, viver momentos de glória uma vez já vividos por nossos pais, tios, foda-se. Mas como ressuscitar tal espírito, se a preocupação máxima é ficar bonito na foto, se produzir, se uniformizar, se encher de paixões e poesias que só fortalecem o inimigo que se quer combater?? Burgueses se dirigiram à luta como se fossem para baladas, carregados de vodka e energético nas mãos, pensamentos homofóbicos, racistas, machistas, que não condizem com a concepção de mundo por trás do protesto. Não tinham reivindicações - quiçá um país sem corrupção -, mas quem não quer isso??
E como essa massa de ignóbeis era majoritária no ato de hoje, os que tinham consciência do que deveria ter sido feito foram taxados de vândalos, baderneiros, coisas assim. Mal sabem os ignóbeis que são estes os indivíduos que realmente sabiam o porquê estavam lá. Pois o governo, espertão como é, vai dobrar ao povo. E este povo, em suma os jovens que tiram fotos maquiados no protesto e seus pais, tios, primos, irão subitamente se desencantar com a revolução, e os vândalos simplesmente irão continuar protegendo, na medida do possível, os índios, os negros, os LGBT, as mulheres, uma corrente de pensamento que não é baseada na conquista e submissão de outrem.
Você, subversivo-burguês escroto que destrói toda a história de revolução construída por aqueles que você condena também, é o pior. Você é aquele que mata, bate, rouba, estupra, odeia. Quando esse fogo da revolução apagar, essa bandeira do Brasil sair da sua cara virtual, voltarás a viver a vida boa que tinha antes de se preocupar demais. Esse Protesto é contra você. Você é o meu inimigo.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Essa Nova Onda da Política Brasileira.
Gostaria de escrever um pouco sobre isso que as pessoas estão chamando de Jesuscracia.
Só um pouco mesmo.
Pela pouca informação que consegui tirar da internet nestes últimos minutos, realmente não dá pra saber se a ideologia contida no conceito partiu de manobras partidárias, de cristãos fervorosos ou até mesmo de um grupo contra a influência religiosa na política, que com isto procura "dar a real" do que está acontecendo e causar revolta no coração dos diversos adoradores de Odin. Aqui me refiro aos ateus que creêm no panteão nórdico para sacanear qualquer tipo de doutrina cristã.
Mas já que deram nome para o que está acontecendo, de alguma forma o pensamento está cristalizado na sociedade. É preciso que reflitamos sobre a fim de entender o fenômeno e, à partir disto, agir da forma que cada indivíduo achar certo agir.
Já que o Brasil é regido sob um regime democrático, devemos pensar na representação igualitária dentro dos meios de deliberação e controle do poder. É preciso pensar em como uma maioria cristã dentro do jogo político influência a vida daqueles que são crédulos na religião africana, chinesa, escandinava, judia, jedi, tolkiana, nos que acreditam em algo e em nada. É preciso recorrer à história da civilização humana e consultar o retrato que temos de países que têm ou tiveram regimes políticos calcados em ideologias religiosas e responder este questionamento: é isso que eu quero para o meu país?
Dando um exemplo de resposta: Eu, como luterano (se não sabe o que é isso vai pesquisar), sou totalmente contra um Estado ideologicamente religioso. Cristão, judeu, jedi
Por mais que eu seja fã de Star Wars.
Tal concepção de Estado não condiz com a própria noção de Estado urbano-capitalista comtemporâneo. Isso dá em desigualdades quem sabe maior ainda do que a que vemos hoje no nosso querido Estado "l a i c o", o que traz revolta e guerra.
Guerra forte!
E na real, é muito cristão defender o Estado laico. Jesus já deu o caminho e vocês tão sabendo disso. Só não se ligaram ainda.
FALOU!o/
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