terça-feira, 3 de maio de 2016
Obrigado
Sabe, eu só tenho gratidão por tudo que você é pra mim, por tudo que me ensinou e por tudo que você suportou por mim. Não existe palavra pro sentimento que compartilhamos até agora, momentos após nosso último (mas não "o" último) tchau.
Ter você e estar com você me fez melhor do que eu sou sozinho. Me fez ver minhas limitações e talentos. Você despertou coisas que eu tinha adormecido em mim de uma forma muito linda e só Deus sabe o quanto eu sou grato por ter você na minha história. Inclusive, por termos sido o melhor shipp criado na história da humanidade. Ter você fez as coisas boas ficarem muito melhores e as coisas ruins mais suportáveis. E novamente, obrigado por isso.
Então, te soltei no mundo. Quero você boa, fazendo o que gosta com quem gosta, não aceitando o que é injusto com você e com os outros. Essa é uma das suas melhores qualidades. Quero que não desista de forma alguma de nada, nem de você, nem de mim, nem da gente e nem das pessoas e sonhos que você tem e carrega com você. Eu realmente amo você e novamente, obrigado.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Depois Que Elas Vão
Antes de tudo, duas considerações:
1- Eu escrevi outro texto outro dia e quase publiquei. Ele tá engavetado porque eu sei que a necessidade dele ser publicado vai aparecer muitas vezes ainda. A necessidade desse aqui talvez só ano que vem.
2- Eu não estou estável.
Pessoas marcam a nossa vida de todas as formas, às vezes forte e profundo demais. E bom, isso deve acontecer. E é bom que aconteça, pois estabelece as suas cores. Todos os quentes e frios e cinzas e totais. Mas acontece de as pessoas que marcam nossa vida profundamente irem embora. Às vezes por tempo demais, às vezes elas nem vão tão longe assim. E esse texto é sobre depois que elas vão.
Depois que elas vão, elas levam parte de você junto. Elas arrancam parte de você junto, te deixam sangrando agonizando de dor no chão e o máximo que você pode fazer é chorar que ela volte com o que ela levou. E que, se não for pedir demais, que fique mais um pouco.
Been there done that
E no desespero de ter você completo de volta, você se agarra à tudo que ela deixou, seja um caderno, um email sobre como você se parece com o Gregory House, músicas e datas. E não se engane, se foi recíproco você também arrancou algo de quem foi, e querendo ou não também foi embora. A dor é de ambos. E dói forte.
Been there done that
Esses apegos são excesso de passado no hoje. Aniversários de morte. Fetiches que te congelam na vida e que te impedem de abrir mão de coisas que você deve abrir. Pois as pessoas marcam nossas vidas de todas as formas, às vezes forte e profundo demais. E é bom que isso aconteça, de todas as cores possíveis. Mas não abrir mão delas quando elas já foram corrói. Destrói. E essa vida do jeito que é a gente só tem uma vez, ninguém no mundo merece isso. Especialmente você. A vida tem q ter de todas as cores e às vezes ela congela. Ela deve congelar às vezes. Mas ela tem que voltar a ser quente também, pois viver é estar quente.
O que faz a dor ser tão angustiante é a ilusão dela ser pra sempre. E, presos nesses genjutsu aí a gente perde de vista a certeza de que o sufoco passa. E tudo melhora. E piora também. Mas sabe, melhora de novo. Então... não tô pedindo pra você arrancar da mão tudo que você tem de quem te marcou, só que saiba que do mesmo jeito que as pessoas que marcam profundamente nossa vida às vezes vão embora, as coisas que elas deixam devem ir embora também. São cadáveres que se ficam tempo demais aqui em cima começam a feder e trazer doença. Saiba a hora de enterrar o que tá morto. antes que o fedor e as doenças se espalhem.
Been there done that. E espero que você também chegue aqui.
sábado, 26 de setembro de 2015
A Kitnet
A kitnet não é um imóvel, mas sim um lar. É onde eu ou nós moramos?? Não, mas bem que podia ser. É onde eu a conheci. É onde eu me apaixonei. É onde ela se encantou e eu -- de alguma forma (??) -- a conquistei. É onde eu compartilho meu dia, procuro encurtar distâncias e abasteço meu coração de alegria. Onde mesmo sendo imperfeito e repleto de derrota e vacilo, sou aceito. É onde "não vejo" filmes de terror e levo broncas, sou cuidado. É onde eu tento compreender e auxiliar, sempre que permitido. É onde busco paz e sorrisos toscos. Onde aprendi que por mais que tudo seja uma merda, nem sempre as coisas tem que ser ruins -- aprendi a ver que a vida pode ser melhor. É onde me esforço pra ser melhor, geralmente falhando miseravelmente antes de melhorar um pouco. A kitnet é uma escolha, uma promessa. É onde me apaixono todo dia. Onde moro com o futuro amor da minha vida.
domingo, 30 de agosto de 2015
Messed up
I run nightmare scenarios all the time
It is like i can't give my mind some proper time to rest
would probably be the best
is not like i'm sitting complaining didn't even trying
my plan is work and study until i die to get the cash
you're not like any gash
but sometimes i lost my shit while understanding that you got your things
and sometimes i seem so weird and sure you got your point cuz is me losing grip
and sometimes i feel so sad that i start writing songs in order to exorcise it
and sometimes i feel so mad and insecure that all i wanna do is cry
sábado, 29 de agosto de 2015
O que eu aprendi com The Smiths
The Smiths é alguém que há mais de 20 anos atrás te compreendeu e te violou ao expôr a sua vida antes mesmo de você ter nascido. É aquele inglês que aprendeu com seu conterrâneo e herói como transformar tragédia em arte e o cotidiano em espetáculo.
E o que eu aprendi com isso tudo?? Aprendi que escutar The Smiths em momentos de fragilidade é tomar aquele gole que você sabe que vai te fazer mal, é abraçar a escuridão, olhar pro abismo esperando que ele olhe de volta.
Referências óbvias e um tanto quanto exaustivas porque claramente o texto perdeu a vibe que tinha ali em cima.
É reconhecer o quão mal você está e que dá pra melhorar, mas por agora, você prefere estar na pior. Só por hoje. É reconhecer que a piada dói e que por mais que você queira rir dela, ainda não consegue.
É fodido.
E se você leu até aqui, desculpa.
sábado, 18 de julho de 2015
O quão tarde é agora??
You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way?
I am human and I need to be loved
Just like everybody else does
Você está perdido na vida há algum tempo, pelo o que me parece. Isso está correto?? Faz sentido, certo?? Percebo que você tem se preocupado muito com ser aceito pelas pessoas e até mesmo aceitar pessoas na sua vida. Ainda, que tens te questionado muita psicanálise, como se soubesse do que isso se trata. Você é arrogante, acredita saber como funciona o olhar do diretor nesse filme doido chamado vida. Vida social. Desdenha disso. "Eu não preciso disso", você falou, fala e certamente falará de novo, quando negar precisar de algo novamente.
Mas aqui a gente fala de amor. A gente fala de romance. E principalmente, do quão fracassado você é nisso.
Você teve uma vida muito ao avesso. Muito esperto para o mundo ao seu redor, desbravou de forma alternativa o que tinham a lhe oferecer. Sua vida era muito Californication e Cine Privê quando era pra ser Flipped. Sua vida era muito Californication e Cine Privê quando era pra ser Nick and Norah's Infinite Playlist. Não por não ter-lhe faltado opções, percebi ao longo dos seus relatos que você teve muitas opções. Mas você é diferente, certo?? Mas você não queria ser, está correto afirmar isso?? Ou pelo menos gostaria de fingir com mais desenvoltura que está aproveitando todo o roleplay da vida social ocidental. É mentira??
There's a club, if you'd like to go
You could meet somebody who really loves you
So you go, and you stand on your own
And you leave on your own
And you go home, and you cry
And you want to die
E a pergunta que fica: pra quem passou 20 anos vivendo como Hank Moody ainda existe um amor de 14 anos?? Dizem que só existe um na vida. Como você não teve, de fato, nenhum, talvez haja uma chance. Pelo menos é o que eu espero pra você.
When you say it's gonna happen "now"
Well, when exactly do you mean?
See, I've already waited too long
And all my hope is gone
Todos os trechos em inglês são da música How Soon is Now? da banda The Smiths.
domingo, 19 de abril de 2015
Quantos caras por dia dizem que te amam??
Era noite de sexta-feira e por algum motivo saí mais cedo do serviço. Ao sair do prédio do lugar onde trabalho, encontrei Aline. Ela é linda. Cabelos coloridos -- ainda que neste dia eles estivessem completamente castanhos -- e um rosto de francesa, ombros tímidos e um estilo otaku 2006 bem light. Me cumprimentou e perguntou de onde eu vinha. Eu não sei de onde ela veio. E depois de uma conversa trivial perguntei se ela me acompanharia numa caminhada até a parada de ônibus. Ela fez referência a um episódio do Friends e eu entendi. Embora agora eu tenha percebido que não exista nenhum episódio de Friends baseado na situação que aconteceu naquele momento.
Ao descer o trecho que passava por trás do Olimpo e no meio do bosque, conversávamos abobrinhas e irrelevâncias nerds tão simplórias e descartáveis que acabei esquecendo. Mas lembro que rimos muito delas. Chegando perto da faixa de pedestre, eu senti felicidade e gratidão traduzidas em contato físico -- Ela me beijou no braço. Eu nem cheguei a ver isso acontecer, nem previ. Imagino que ela tenha olhado para mim enquanto abria o sorriso grande e apaixonante que (por incrível que pareça) só ela tem e pensou um "por que não?" antes de me beijar. Depois do êxtase, a olhei e perguntei um estarrecido e desajeitado "você me beijou? No braço??" e ela concordou sorrindo. E eu sorri também. Um sorriso muito bonito e sincero que já me foi dito que possuo, por sinal. Num ato desesperado mas cheio de confiança e paz decidi pegar na mão de Aline ao chegar na parada. Ela se envergonhou feito garota principal de mangá shonen quando o garoto principal toma iniciativa. Eu pedi desculpas, mas ela negou, pegando na minha mão e dizendo que eu só tinha feito isso de forma errada. Percebi que estávamos do lado errado do universo e que eu deveria era estar do outro lado da rua para pegar meu ônibus. Atravessamos a faixa de pedestres de mãos dadas.
Coisas nerds foram ditas, sorrisos dados e a percepção de que meu ônibus iria atrasar era a cada instante mais condizente com a realidade. Lembro que em um momento nos deitamos, ela usando meu ombro de travesseiro, de costas para a parada e para a pista. Pontuei que daquele jeito não poderíamos ver meu ônibus chegando. Ninguém realmente ligou porque ela teria que esperar a irmã até mais tarde e eu estava tendo o momento mais feliz do triênio.
Enquanto estávamos deitados alguém me chamou de safado e jogou um casaco em mim. Era meu grande amigo Porcão. Corri atrás dele com o casaco que foi jogado em mim, desci uma porrada nele e após abraços e sorriso fraternos, voltei para Aline.
Quanto mais o tempo vai passando mais as memórias vão se perdendo, mais vão se esvaindo para que lembranças mais relevantes possam ser armazenadas. O ônibus já estava demorando demais e fomos junto aos emos e skatistas buscar informações. Aline fez um baita sucesso com sua bucha que parecia um cavanhaque robusto. Após conversamos sobre sua vontade de tomar LSD e meu medo de tomar LSD devido minha facilidade a desenvolver bad trips, nos afastamos dos emos e skatistas para ficarmos só nós, no meio do campo aberto, ao lado de um prédio histórico e uma pista interiorana no meio da capital do Brasil.
Acordo na cama, atordoado e começo a perceber que tudo isso, até o beijo no braço, foi um sonho. Até o beijo no braço. Nada aconteceu. Até o beijo no braço. Vou chegar na quinta-feira para encontrar Aline e não trocaremos olhares que querem dizer "eu ainda lembro do que aconteceu entre a gente na sexta-feira passada". Estarei num canto sendo irônico e reflexivo enquanto ela estará numa roda de conversa ao lado do cara que quer muito ficar com ela. Você se pergunta porquê eu não chego lá também e dou uma de "cara que quer muito ficar com ela" e eu respondo: ela demostra estar muito afim de ficar com ele. Mais do que demonstra estar afim de ficar comigo.
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Não saio de casa
Estou no lugar mais confortável pra mim, mas infelizmente é o lugar mais exposto da casa.
Sair de casa é mais do que passar do portão do lar, da porta do quarto ou até mesmo levantar da cama, não desmerecendo a força de quem faz essas coisas, independente do nível de consciência da ação. Sair de casa é mais ou menos como construir uma casa própria dentro de si, uma mistura de três porquinhos e deja vú em que a cada vez que seu lar é destruído e você morre, nasce de novo como se nada tivesse acontecido, mas com todas as lembranças do fracasso anterior, para que na próxima vez que você construir uma casa, não cometa o erro de criar um lar suscetível ao tombo por sopro de Lobo Mau.
Sair de casa é sabedoria. Quem não sai de casa perde conhecimento, saberes e fica estagnado num mesmo ponto temporal como se o tempo não estivesse seguindo seu rumo. Mas a gente sabe que o tempo tá é pouco se fodendo, então quem não sai de casa perde conhecimento e ainda fica preso numa sensação falsa de pause, como se o cotidiano fosse vídeo game.
Mas, ainda que tudo isso que foi dito seja muito ruim para uma pessoa devido a conjuntura mundial, o pior para quem não sai de casa é a incapacidade de entender e aprender direito com as coisas que acontecem ao sair de casa. Pois quem não sai de casa está iludidamente confortável com si mesmo e tem a fé na lei geral da física de que não precisa sair de casa e de que não vai sair de casa. Tadinho do bichinho, ele vai sair de casa e vai se foder. Quem não sai de casa e, por ventura, acaba saindo de casa é inevitavelmente acertado, agredido, violado por tudo e todos: propagandas, climas, geografia, culturas, palavras e -- a pior de todas -- pessoas. Assutado, quem não sai de casa constrói sua casa em si longe de vizinhos, se isola para sobreviver em segurança e acaba morrendo vítima da própria e limitada consciência. Isso é tristeza traduzida em dia-dia.
FALOU!
sábado, 15 de novembro de 2014
Misunderstanding
I was online wasting my time and then I thought I give a try
to ask her out for a white giant castle Boulevard
so I'd see how it goes watching warriors beated up like dead hoes
We seem to had a really good time I thought of give another try
I asked her out for a gig that was happening at the park
she just texted me no, let's keep it plan B see how it goes.
after cookies and sneaks out of class
during cookies and sneaks out of class
I was into her so it could not last
My lips can't lock with lips it remotely cares
Things have changed but didn't change for the best I lunched with her BFFs
and one day after that out of the blue she won't text back
we still spend time in chats I know I'm funny why the hell don't you laugh?
One day at night I was driving my car wondering why I like bipolars
and a thought came to me this happend twice this road so far
the first time with my ex-wife, also known as freaking hellish love of my life
but at the end she just worte me a text
bout taking blame of things I felt
that just made me laugh loud until mirrors crack
gash you're pretty great but you're just not all that
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Desmagificação
Aqui de onde falo, o mundo ficou cinza. Ninguém morreu. Quer dizer, fora os negros assassinados pela polícia; as esposas pelos maridos; os gays pelos intolerantes e os pobres pela fome e marginalização provocada pelo Capital, ninguém morreu.
Preocupação social pra descontrair (risos).
Mas houve morte, ainda que de um sentimento ou emoção ou elemento religioso, depende do que você entende por esperança. Andando sobre a ponte e enquanto via a maravilha dessa estrada, dos carros passando por entre estes prédios de 200 anos de idade me vi na necessidade de buscar o que é certo, o que faz bem. De me purificar das coisas que me impediam de seguir em frente.
Tentei, talvez fui com muita sade ao pote. Mas tava feliz, tava mudando, negando os hábitos que me faziam vazio. Que me faziam sozinho no mundo. Lidei com meus demônios todos, com o medo, com a irresponsabilidade, com a imaturidade, ganância e mimos e orgulho. Me livrei deles, mas me custou um preço, claro. Todas as meninas que me buscavam voltavam vazias, desamparadas. E quem já teve da fruta sabe que é gostoso, que é difícil dizer não.
Tentei, mas tentei errado. Eu não era pra ela o que ela era pra mim.
Tentei, fiz tudo certo, mas deu errado. Ela não tava pronta pra mim.
Tentei, fiz tudo certo, mas deu errado. Ela me afastou. Emputeci.
Agora vejo tudo em 2D, pessoas são vetores e as coisas são... coisas. Isso não mudou muito. A não ser que elas estejam em movimento, daí são vetores também. E o encanto da tentativa e da esperança sumiu. Da graça sumiu. De graça, parece. Me livrei das correntes, estou solto. Estou desesperado que nem animal ferido. Só reajo, só ataco. Nada mais.
Veja mas não responda: a maior preocupação dx jovem adultx de 2014.
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