domingo, 2 de dezembro de 2012

A prática da matilha feminina nas festas.



Desde os tempos mais remotos da sociedade, é praticada a "matilha". A matilha humana era usada muito na caça e no militarismo, sempre com o objetivo de proteção e/ou abater algo.
Como característica intrínseca da cultura, a matilha, como uma ação social, teve uma reformulação prática ao longo do tempo. E hoje, apesar de não manter-se restrita ao militarismo ou a caça, ainda carrega suas características primárias. Porém, hoje a matilha tem um contexto mais social e sexual, se concentrando na conquista afetiva entre dois indivíduos. Percebe-se aqui a mesma satisfação da caça- o status de abatedor - mas sem a caça em si. Geralmente vemos dois tipos de matilha; a masculina, onde homens se juntam para o "abate", ou seja, a conquista de mulheres; e a feminina, onde mulheres se juntam para proteção mútua. E essa interação se dá de maneira bastante interessante.
Geralmente, a matilha se forma com o princípio de abater ou se proteger de um indivíduo só, e não de outra matilha. A matilha masculina tem o costume de se formar para prover coragem a um membro na hora da conquista, e a feminina tem o costume de se forma para prover coragem a uma membro quando essa pressente a possibilidade de alguém tentar conquistá-la.
Esse texto tem como foco a matilha feminina
Particularmente fico muito puto com a articulação feminina de matilha, pois ela não é formada com artifício de negação ao "candidato" à conquistar a membro, mas sim como forma de teste afim de provar se o candidato está mesmo determinado a conquistar a membro. A matilha feminina aqui ganha um caráter de prova também, além da característica original de proteção. A matilha feminina é formada para ver se vale a pena conversar com o candidato sem de fato conversar com o candidato. E esse tipo de prática acaba sendo um tiro pela culatra pois ao se formar a matilha feminina com esse pretexto, dificulta-se a chance do candidato que quer se envolver com a membro da matilha e ainda faz com que algum membro da matilha masculina (que geralmente não tem nada a ver com o candidato A- aquele que começou o "efeito matilha") tente não conquistar uma membro específica da matilha, mas sim a primeira que ficar interessada no papo dele.
É essa inviabilidade da matilha feminina que quero ressaltar aqui, pois seu propósito muda demais ao longo da noite. A matilha feminina acaba tendo uma duplo significado: o primeiro, que quero chamar de ideológico, ou seja, o motivo que as membros da matilha decidiram se juntar; e o causal, que é o significado que acaba sendo inferido à matilha por sua interação social. E isso tudo dificulta mais ainda o entendimento do candidato A, pois daí pode se entender uma negação e/ou a necessidade de se formar uma matilha masculina afim de competir "de igual para igual" com a membro de interesse. Ou, no último dos planos, a primeira membro que se interessar! Uma merda total!!!
Pra quem achou que eu iria resolver esse impasse da matilha feminina eu só digo um "se fodeu!". Aderi uma proposta individualista justamente porque eu queria explicar o que acontece num sábado à noite e como me sinto sobre isso.
FALOU!!! o/

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