terça-feira, 8 de dezembro de 2020
Meditei
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Primeiras notas sobre o minimalismo
Há dois anos comecei algo que nunca havia pensado em fazer antes: ser o protagonista do rumo que a minha vida toma. E ao contrário do que você possa imaginar, não foi um evento traumático que me fez tomar essa decisão, muito menos uma chamada pra vida... Eu tinha voltado do trabalho num sábado depois de trabalhar 8h. Provavelmente tinha ido dormir mal na noite anterior e capotei no sofá vendo Youtube. Ao acordar, braço ainda rijo sustentando o celular naquela posição que todo mundo faz quando vê Youtube deitado no sofá, tava tocando um vídeo aleatório, que caiu pra mim depois de uns bons 40min dormindo ao som do Youtube. Era um vídeo da Amy Landino, provavelmente sobre bulet journal, morning routines ou qualquer coisa do tipo. Eu fiquei encantado, era tudo que eu queria ouvir, tudo que eu precisava saber. Daí o pulo pro minimalismo foi quase que instantâneo, e dela passei a ver os vídeos do Matt D'Avela, dos caras do The Minimalist e com eles todos os outros grandes nomes desse estilo de vida que prometia me dar justamente as duas coisas que eu mais busco na vida: controle e propósito.
Não sou um grande minimalista, na verdade. Eu tenho agora mesmo na minha mesa três livros, 4 cadernos, duas garrafas d'água, 3 fones de ouvido, 1 joystick, 1 copo e 1 lixo -- é isso mesmo que você leu. Talvez esteja na minha primeira grande crise minimalista, em que todos os princípios que me ajudaram enormemente ao longo destes dois últimos anos finalmente serão postos a prova pelo caos que deixei se instalar dentro e fora de mim. Eu não virei um minimalista por conta da clareza e sensação de viver o presente. Eu só gosto de espaços pequenos, e nunca pensei que na minha vida eu poderia arcar com ter muitas coisas, então a ideia de focar no mínimo me parecia muito prática. A ideia de ter o essencial contêm em si até hoje toda a sedução que sinto por uma vida em que os ruídos que o mundo e as pessoas fazem não me deixei acordado pra além da zero hora igual fazem agora. Mas assim como tudo na vida, tudo de bom e tudo de ruim, isso acabou. Me encontro cada vez mais parecido com o homem que eu tenho evitado ser, o homem que eu era. E não vejo outra alternativa senão me entregar ao mindfullness, ao agora. Afinal, o que mais temos se não o agora?
Eu não tenho nada.
Sempre quis escrever um texto sobre minimalismo, o que penso, o que acho legal e ruim. Nestas primeiras notas busco exatamente construir uma linha de raciocínio que faça você, leitor, enxergar os motivos pelos quais eu me rendi. Desisti de seguir o minimalismo que sigo até então. Passei todos esses anos fugindo da única coisa que detesto neste estilo de vida. E fora aquele dia em que eu estava completamente desesperado no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UnB, passei a vida inteira evitando. A partir de hoje, buscarei me aprofundar na prática da meditação como uma ferramenta de acalmar meus pensamentos confusos e coração acelerado. Não gosto da ideia. Mas o desespero nos faz fazer coisas que de outra forma nunca faríamos -- com a exceção de que, neste caso em específico, esse desespero chegou pra mim há alguns anos atrás, e agora na verdade sinto o desespero de tentar até mesmo o que não acredito, pois todo o resto que eu botaria a mão no fogo só tem me dado queimaduras.
Com sorte, escrevo outras notas sobre o minimalismo. Obrigado por ler até aqui.
FALOU
sábado, 28 de novembro de 2020
Continue
-- William Shakespeare
É um sério perigo se apegar demais as coisas. "O problema é amar demais", já dizia Professor Aquaplay em uma de suas centenas de palestras. Amar demais te faz egoísta, egocêntrico, orgulhoso, violento, inevitável. Apaga a luz dos astros, causa no Sol hipotermia e faz da mentira verdade. Quantas vidas já vi se apagarem no grande esquema das coisas? Quantas vidas, como cinzas, se esvaíram da mão daquele que amou mais do que deveria ter amado? O quão sozinho eles ficaram? O quão dolorido foi deixar de amar? E o quão mais dolorido foi a paz de finalmente conseguir se libertar de tudo o que mais amou um dia? Uma vida desperdiçada frente à uma vida nova.
"Carry on, my wayward son
There'll be peace when you are done
Lay your weary head to rest
Don't you cry no more"
--Kerry Livgren
O aperto que dá no peito é surreal, o choro de quem fica é o que comove. Afinal, a morte é só um sentimento. Uma vida desperdiçada frente à uma vida nova. E eu entendo a necessidade de seguir em frente. Mas o quanto dela será desperdiçada ainda? Será se vai valer a pena? Por quê não consigo entender?
Por quê não posso saber agora?
" So, carry on,
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Feliz aniversário, Larissa!
Eu tô com ódio de tudo. Tô com ódio de com você por ter me largado sem nem me avisar. Com você por ter desistido de mim, me deixando cada vez com mais medo de te ver. Com você por ter sido trocada pela namorada principal e ter vindo aqui buscar conforto, atenção -- vai se foder. Com você por não me amar como eu te amo, indo sair com ela como se tivesse esquecido de mim. Com todos vocês por terem esquecido o aniversário da Larissa. Comigo por não ser alguém digno da presença dos outros.
E eu tenho que abrir mão de tudo isso. Por mais que eu queira me segurar nesse ódio e deixá-lo me queimar enquanto eu queimo todos vocês, filhos da puta... eu só tenho que abrir mão de tudo isso. Toda vez que abro mão daquilo que me devora, eu cresço, me torno melhor, mais esperto. Ainda mais grato pelo que ficou. Eu tô me odiando. Tô odiando todos você. Mas vou abrir mão de todo o ódio. E espero que vocês sejam levados juntos também.
@koiparadox
quarta-feira, 5 de agosto de 2020
Diário de Sentimentos #2: O Deboche
terça-feira, 4 de agosto de 2020
Diário de Sentimentos #1: Desamparado
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Como me sinto sobre você:
Tenho quase certeza que te amo -- mas não desse jeito, calma lá.
Não é um "eu te amo", mas ao mesmo tempo é muito maior que um "eu gosto de você". Acho que "eu me importo com você" é mais apropriado que qualquer coisa. Eu te respeito e te admiro, e também estou sempre muito interessado em saber das coisas que você faz. Constantemente me pego pensando sobre o que você tá comendo, cozinhando, fazendo, quais coisas você comprou e se gostou delas, "o que você tá pensando?", "posso te ajudar?"
Eu amo passar tempo com você, ter nossos encontros, pilotar você por ai e ainda mais de pegar carona -- cê sabe que eu odeio dirigir. Eu quero muito te beijar e te fazer gozar, mas porra, é tão legal falar com você, conversar e ouvir sobre o seu dia que se eu soubesse que você diria sim pra qualquer coisa que eu falasse, só pensaria em perguntar:
vamo passear?
segunda-feira, 30 de março de 2020
Orobitchstopboros
Eu tava com saudade de ler a sua vida.
Eu tava com saudade de escrever dela também. Fiquei com saudade de muita coisa. Será se ela tá bem lá? Foda-se. Por que eu ainda me importo? O que esse corpo morto tá fazendo aqui??
O Sol tá lascando forte no cerrado da minha vida
secando e rachando minha nostalgia carcomida
sempre no outono é importante
perceber que vem da gente
o que nos deixa impotente
e o pensamento deviante
O vento frio sempre corta a minha paz, e a minha cabeça tá numa eterna nostalgia, e por mais que nós gostemos de magia, nós jogamos e eu to jogando com a palavra que me traz um pouco do que eu tinha lá atrás, antes da tosse que chegou em mim do oeste, e agora eu e eu mesmo tamo vendo quem dos dois a gente mata nesse duelo faroeste. Francamente, acho que pra mim tanto faz. Tudo que eu sei é que minha mente tá por um triz, me vejo preso numa espécie de matriz, repetindo os meus ciclos e impedido de aceitar a ideia de que eu também posso ser feliz.
deixar a ferida virar cicatriz.
riz.
FALOU!
domingo, 26 de maio de 2019
Rata
Kurt Sutter e Andrea Ciannavei
domingo, 30 de dezembro de 2018
Novas dimensões de solidão.
Eu to perdido e ninguém vai me salvar eu peço pra me salvarem mas ninguém vem me salvar eu vou me salvar mas eu não quero eu só quero ajuda mas ninguém vem me ajudar então eu me ajudo só e me salvo só mas não queria me salvar
eu só queria ser salvo.
Eu to perdido e to bem e eu to tão melhor do que já estive mas ainda assim
argh que preguiça.
Aceitar as coisas que não posso mudar e me empenhar nas que posso melhorar. Um dia de cada vez, sozinho sempre e surpreendentemente feliz com tudo isso.
Okay!