quinta-feira, 24 de junho de 2021

Mani Gavossi

 


Oi ***, tudo certinho? Então... A gente não se falou desde aquele dia e... Bom, queria saber como você tá. Cê tá bem? Como tá no projeto novo que cê ia fazer? Desculpa... É que você sabe como são as coisas né? Eu tava aqui do meu lado do universo tentando tocar a vida pra frente, fazer coisas novas, conhecer novas pessoas, me apaixonar de novo. Por quê não? Mas aí eu vi você na lista de pessoas que viam meus stories, e eu sentia muito a sua falta. Acho que nunca parei de sentir a sua falta, mesmo quando eu tava certo de que eu não queria mais te ver, nem falar com você. Nem ali eu deixei de sentir a sua falta. Cê se sente assim também? Eu tenho pensado muito no que eu to sentindo. Obviamente to muito cansado, né. Não são tempos fáceis pra ninguém. Ultimamente tem sido mais difícil e eu tenho buscado pensar no porquê. Acho que é porque sinto sua falta. Mesmo com tudo que a gente passou, eu era feliz ao seu lado e meio que sabia. Assim, acho que deixei você subir à cabeça também, entende? É meio idiota pensar que sem você eu não teria a coragem de te deixar, enfim... Eu tomei toda a coragem de te mandar esse áudio pra saber se você já tá com um outro alguém... Se sim, eu perguntaria como ele é -- mas sem a menor vontade de saber e com o coração completamente em pedaços. Se não, eu perguntaria se você gostaria de sair pra conversar comigo. Acho que não foi legal o jeito que a gente terminou as coisas e também acho que por mensagem a gente não passa tudo o que quer dizer. Mas ai também, isso seria justo com você? Eu sei que cê tem dado o seu melhor pra superar também. Será que eu voltar ia ser bom? Ou ia criar mais nóia na sua cabeça? Não quero isso pra você, também não quero que você se lembre de mim assim... Enfim, eu claramente to pensando mais em mim do que você e mesmo achando isso justo e digno, não acho correto te trazer pra confusão na qual eu me coloquei agora. Argh! Cê deve estar me achando um tanto quanto louquinha. Estaria, se eu eu apertasse o enviar. Adeus, nenen...


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Hoje eu não tava nem um pouco afim de escrever. Mas to fazendo o #100DaysOfWriting e não tem pra onde fugir, comecei a pensar no filme de quarentener da Moni Govassi e é isso. Foi bom ter conseguido me divertir.


FALOU!

domingo, 20 de junho de 2021

O Fantasma no Amor





Tenho visto fantasmas. Enquanto estou focado no trabalho, ouço um ranger de portas, e lá de dentro do barulho, ela sai. Pele branca e olhar frio como a neve. E com ela, todas as lembranças voltam. Tudo que vem junto dela. Todos as vezes que quase a beijei, todas as vezes que eu poderia jurar que ela queria ser beijada. Todos os beijos com gosto amarguinho de "até mais". Todos os abraços e passeios, todos os choros e segredos. Se ela estivesse aqui saberia do que estou falando.

O que ela não saberia é do quão grande é o tudo que vem junto dela. Com ela vem tudo que eu sei que ela espera de mim, e esperaria de quem eu poderia ser pra dar certo. Vem tudo que ela quer e eu não quero. Tudo que eu posso dar e que não serve pra ela. Vem tudo que eu estou disposto a dar por amor e justamente aquilo que não abro mão por ninguém também. Vem tudo de mim que ela tem. E tudo que agora é dela, mas que um dia já tive.

Tudo que eu abandonei.

E enquanto ignoro sua aparição, consigo notar seu olhar triste que assombra meus ombros. Olhar de quem se importa. Quem sente falta. E quase me deixo levar...



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Eu sinto fantasmas. Mas desse eu não falo pra ninguém. Vejo suas manifestações, mas nunca te vejo. Não sei se verei novamente. Falei de você antes, e é bem capaz que volte a falar novamente. Às vezes visito nossa antiga casa, dois quartos em Taguatinga Norte. Cara, eu adorava aquele apartamento. Simples, mas tudo de bom, né? Ainda passo por onde andávamos, claro... E você nunca tá presente, mas suas manifestações estão sempre ali. Aqui. Todo o futuro ao seu lado que, porra... Eu queria muito querer. Às vezes realmente acho que quero. Na quinta eu quase tive certeza. Vivo uma vida miserável, em que busco traumas passados imperfeitos, perfeitos e mais-que-perfeitos para me derrubar, mas ao seu lado tava tudo meio que bem. Porém, infelizmente, o dia fatídico veio, e ai você quis me matar, e eu não pude deixar. Já pensou que triste seria, amor? Matar quem se ama não é certo. E pra evitar isso deixei a gente morrer. Uma decisão acertada, ainda assim amargurada. Eu ainda sinto falta. Eu ainda sinto sua falta.


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O Deathecator é um espaço de exploração e escrita. Considere deixar um comentário para que possamos continuar a discussão a partir das suas considerações e impressões. Certamente será algo do qual eu encontrarei bastante valor, e espero que você que está lendo sinta-se assim também.

Muito obrigado.

FALOU!